"Não vai dar, não vou fazer, não quero
ser igual a você...Não estou preparado pra ser o
que você quer que eu seja...Não espere nada, nada
de mim...? - (música boa: Projeto Peixe Morto).
-------------------------------------------------------------------------

Esta estrofe foi utilizada no fecho da exposição do Adriano Cordeiro, quando se apresentara ao grupo de novos alunos.
Lembrei disso quando me deparei com um texto sobre como utilizarmos a negativa correta em nossos relacionamentos.
O grande não, que deixamos de dizer muitas vezes sobra como traumas
difíceis de superar no momento futuro. Bem como, àquele não que recebemos, e que é inexplicavelmente rejeitado por nossa própria consciência, da mesma forma irá influir no modo de reagirmos diante dos
fatos. Com os quais nos deparamos no decorrer de nossas relações
com o mundo, com nuances extraordinariamente dinâmicas.
Não raro, nos deparamos com situações nas quais nossa razão pede um "sonoro Não", por julgarmos, precipitadamente, que estamos sendo ludibriados. Mas que nosso coração manda dizer um sim. Comumente quando paramos o carro em um semáforo e somos abordados por
crianças e adolescentes a oferecer produtos que não precisamos. Relutamos em colaborar com o que seria uma boa ação. Mas que no fundo sabemos, que a incentivar um ato nocivo, que levaria talvez a
alimentar um vício.
E o que dizer daquele amigo que vive nos pedindo dinheiro emprestado e que nunca paga? E da nossa atitude diante de um procedimento que julgamos prejudicial, de um de nossos filhos ou sobrinhos?
Como estamos por aqui sempre buscando nos aperfeiçoar para a vida, então que nossa negação seja genuína. Assim também como nosso
consentimento.
Este posicionamento serve também para a grande Mídia. Que nos sugere o tempo todo: compre isso, coma aquilo, assista esse, seja
magro, fique bonito, fique rico, leve vantagem, etc,etc...etc.

Muitas vezes, o DIZER NÃO, vai exigir de nós não só coragem e ousadia, mas sabedoria e honestidade.
Não há nada aqui de falso moralismo. Tem a ver com sermos verdadeiros. É termos consciência de que isso às vezes pode doer. Mas que necessariamente precisa ser feito, para o bem estar de todos.

"Diga sim sempre que possível e não sempre que necessário".