1. 1.      Introdução

Ao introduzir este tema de nacionalismo, a luta dos trabalhadores, também verificamos que a história de Moçambique é muito anterior à chegada dos portugueses e que, muito distante do que muitos divulgam, os povos que vieram por força da colonização portuguesa tinham sua organização em estágio, muitas vezes, mais adiantado que outros povos da mesma época e que, como consequência de uma colonização predatória, tiveram seus futuros interrompidos. Em suma, todo este saber nos tem sido negado fortemente aliado ao colonialismo anterior e ao neo-colonialismo actual.

  1. Objectivos

2.1.Objectivo geral

  • Compreender sobre a luta de libertação nacional

2.2. Objectivos específicos

  • Identificar o nacionalismo;
  • Explicar quais são as fases da luta dos trabalhadores;
  • Descrever o nacionalismo e Aluta dos trabalhadores
  1. 3.      Metodologia
  • Foi possível a elaboração deste trabalho através da revisão bibliográfica, internet e análise de ideias referentes a autores que abordam sobre este tema.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. A LUTA DE LIBERTACAO NACIONAL EM MOCAMBIQUE.

4.1. O nacionalismo, a luta dos trabalhadores

Segundo MONDLANE (apud. MAUSSE, 2008, P. 30), A luta nacional no seio dos assalariados, surge como consequência da concentração de mão-de-obra dentro e perto das cidades e as terríveis condições de trabalho e pobreza, o que estava submetidos aos trabalhadores.

Do mesmo modo no entender de MATSINHE enaltece que Aqui uma explicação, faz-se necessária.

"O sistema assimilacionista4 português recorreu a diversos tipos de retórica, de maneira geral, tendo como referência a superioridade atribuída à cultura portuguesa e sua conseqüente 'obrigação moral' de tutelar os 'povos atrasados'". E ainda, "Não obstante a enunciação grande eloquente da sua 'missão civilizadora', os portugueses estabeleceram obstáculos limitativos na carreira dos nativos que aspiravam ascender à categoria de 'assimilado', através da implementação de um sistema educacional direcionado para o trabalho braçal ou burocrático, com o propósito de treiná-los como auxiliares na administração e como mão-de-obra barata para os empreendimentos econômicos". Matsinhe (2001, p.182-183),

No período compreendido entre 1947 a 1948, verifica-se que o descontentamento em Lourenço marques era geral, nas plantações vizinhas tendo por isso havido greves a que o regime colonial respondeu com deportações para s. Tome. Do mesmo modo, MAUSSE 2008 enriquece que a posição do governo fascista português foi sempre dura, afastando a possibilidade de atendimento as revindicações. Só para ilustrar diz-nos que.

O regime de Salazar tomou medidas acautelatórias durante a década  de 1950, a PIDE, estabeleceu-se nas colónias em 1956 e começou a colocar sistematicamente sob vigilância de pessoas que sabia serem hostis ao regime .

Para adquirir esses direitos, conforme Silva (1984), o indígena deveria ser assimilado, ou seja, obter os hábitos civilizados, aprendendo a língua, sendo alfabetizado, exercendo profissão, tendo bom comportamento e não sendo desertor: não era o caso de Eduardo Mondlane.

Dentre as fontes consultadas, há que se ressaltar a sua concepção sobre a colonização portuguesa enquanto a responsável pela miséria em que vivia o povo moçambicano e, portanto, deveria ser exterminada. Para ele, o povo de Moçambique tinha deixado para produzir para si próprio, tinha sido reduzido à escravidão, com sua força de trabalho enriquecia a burguesia portuguesa (ligadas a outras burguesias). Moçambique teve suas riquezas naturais controladas e exploradas por invasores que não satisfaziam as necessidades dos donos da terra.

Nesta vertente, verificamos na historia de Moçambique principalmente (MONDLANE, p. 123), narra nos que nesse ano em Lourenço Marques  houve uma greve nas docas, que terminou com a morte de 49 participantes.

No entender de SILVA, traz-nos uma visão de que Segundo a “História de Moçambique” (1971), dentro de cada tribo uma divisão de trabalho foi aparecendo: mineiros, agricultores, pastores e comerciantes. Os chefes das tribos, estando unidos, podiam assim mais facilmente fazer face a toda espécie de exigências da população tribal, que começava a sentir que o antigo sistema igualitário de distribuição das riquezas ia desaparecendo. Era frequente ver os guerreiros duma tribo a lutar contra o povo duma outra tribo que se rebelara contra o seu chefe. Os chefes tribais começaram a dominar pela força e a antiga democracia tribal ia enfraquecendo.

E, nos anos 40 e 50, fundam-se diversas associações de jovens e estudantes das colónias portuguesas. Na África, coube a Angola iniciar guerra de libertação em 1961, seguida por Guiné-Bissau (1963) e, depois, por Moçambique (1964). Em Moçambique, especificamente, dois acontecimentos são apontados como os tendo despertado: 1- O primeiro deles ocorreu em 1961, em Maputo, provocado pela greve dos estivadores que foi fortemente reprimida causando a morte de 49 trabalhadores. 2- O segundo foi o massacre de Moeda (norte de Moçambique), em junho de 1960, onde foram barbaramente assassinados 17 negros.

Como se constata, o povo moçambicano sofria e, consequência da sua história, feitas pela disputa pelo poder entre diferentes reis e etnias, que ignoravam sua origem comum e não conseguiam se concentrar contra o invasor europeu, por volta dos anos 50, ocorre a organização de três organizações nacionalistas

Só com a fundação da FRELIMO em 1962,e consequente infiltração de seus elementos nas zonas controladas pelas autoridades coloniais, foi possível organizar a acção dos assalariados nas três zonas do pais, sul, centro e norte respectivamente, porem nesta fase notou-se muito aprisionamento e morte de inocentes moçambicanos, verifica-se uma resposta d colonizador como foi a criação e divisão de contradições permanentes entre os trabalhadores.

Um dos fatos que mobilizou fortemente a população moçambicana nesta direcção foi o Massacre de Moeda.

Em seu livro Lutar por Moçambique, MONDLANE afirma que o “Massacre de Mueda” foi mais uma das respostas truculentas dadas pelos portugueses quando o povo moçambicano manifestava-se contra às suas condições de vida. Em 16 de Junho de 1960, agricultores reuniram-se em Mueda para exigirem do Governador a criação de cooperativas. Depois de longa discussão sem acordo, os portugueses fizeram uso das armas e assim: Esta manifestação, embora passasse despercebida no resto do Mundo, actuou como catalisador sobre a região. Nesta perspectiva, da luta pela independência, Mondlane teve um papel central na organização da FRELIMO, na medida em que, seus argumentos a favor da união das diferentes etnias da região resgatavam as raízes comuns das mesmas. A “Mensagem ao povo português” que encontramos em obra da própria FRELIMO (1975), deixa-nos perceber a influência de Eduardo: Para tentar destruir o nosso amor à liberdade, o vosso governo não hesita em massacrar o povo de Moçambique; Mueda em Junho de 1960, Xinavane em Fevereiro de 1961, são exemplos da bárbara reacção do governo colonial-fascista perante as legítimas aspeitações do povo do nosso povo (p. 20).

Segundo a obra Datas e documentos da história da FRELIMO (1975), em 25 de Setembro tem início a luta armada de libertação nacional.

  1. 5.      Conclusão

Ao concluir, constatei que o povo moçambicano sofria e, consequência da sua história, feitas pela disputa pelo poder entre diferentes reis e etnias, que ignoravam sua origem comum e não conseguiam se concentrar contra o invasor europeu, por volta dos anos 50, ocorre a organização de três organizações nacionalistas. De acordo com o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, o movimento emancipalista moçambicano sofreu forte influência das populações emigradas na Tanzânia, Malawi e Zâmbia, países independentes desde o início da década de 60, e cujos habitantes das zonas fronteiriças pertenciam, muitas vezes, aos mesmos grupos étnicos supranacionais. Os exilados da pequena burguesia nativa das cidades do Sul vieram a converter-se nos principais dirigentes do movimento A estes vieram a juntar-se, mais tarde, os exilados procedentes da pequena. São elas: Maconde African National Union, que mais tarde se tranformou em Mozambique African National Union ou União Nacional de Moçambique (MANU); União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO) e União Nacional para Moçambique Independente (UNAMI), termino assim com o meu trabalho.

  1. 6.      Referência bibliográfica

MAUSSE, H.J. ministério da função pública reacção de gestão estratégica e recursos humanos do estado: manual de história II. s/e. Maputo. 2008.

DA SILVA,   Nilce. Eduardo Chivambo Mondlane no século xxi e a luta continua. S/a.