NA A EDUCAÇÃO INFANTIL SERÁ QUE EXISTE RODA DE CONVERSA PRAZEROSA?
Publicado em 21 de maio de 2019 por Neide Rossi Luciana Rossi Nascimento
Beatriz Lindomar de Oliveira
Luciana Rossi
Neide Rossi
Tatiane de Souza Gil
Será que nossos pequeninos gostam de participar das rodas de conversas? E nós professores?
É frequente depararmos com momentos destinados as rodas de conversas nos planejamentos da educação infantil. É fundamental na opinião de professores e coordenadores que se estipule uma rotina de encontros para a pratica do diálogo. E com razão!
A dificuldade é que fazer da roda de conversa uma rotina não essencialmente a transforma em um recurso de aprendizagem. Sentar-se em roda é participar de uma situação favorável ao diálogo.
Mas o que significa a palavra dialogo?
A palavra DIÁLOGO tem origem no idioma grego, na junção do elemento dia, que quer dizer ‘por meio de’, e do elemento logos, que significa ‘palavra’. Assim, o significado original da palavra diálogo é o uso da palavra como meio ou recurso. Portanto, nas nossas rodas de conversa, como estabelecemos o uso da palavra?
Acontece que, sem uma finalidade, o diálogo perde o sentido. Vale lembrar que as conversas dos adultos têm finalidades específicas: trabalho, inteirar-se do dia a dia da família ouvir histórias divertidas entre amigos.
Isto é, alguns professores planejam uma conversa que não pressupõe a interação do grupo com o tema e consequentemente a participação.
As crianças muito pequenas possuem dificuldade para expressar-se por meio de palavras rapidamente se desconcentram isso é fato. E s maiores são corporais e inquietos e se desencantam das conversas.
Mesmo sendo tudo verdade! Há um porém, nestas observações frequentemente colocadas por educadores é que estão as repostas para desafio de trabalhar a roda de conversa com as crianças.
- Primeiramente é necessário pensar no sentido que vamos conceder ao tema escolhido para provocar o diálogo. O que vamos sugerir TEM QUE SER significativo e interessante para as crianças.
- Já que os pequenos vão os poucos aprendendo este comportamento, temos que compreender que não é fácil para eles permanecerem na roda de conversa. O mundo interior da criança quer se abastecer frequentemente do meio que a cerca, logo não devemos deixar os adversários nos vencer! Por isso cabe pensar nas escolhas dos ambientes para que favoreçam o foco do grupo, temas instigantes e recursos com objetos, sons e imagens.
- Uma vez que a criança muito pequena e “pouco verbal”, devemos construir um diálogo com o sua fala interior. Vigotski afirmava que a fala interior é uma linguagem mais desenvolvida e completa que a fala.O que nós faz perguntar: O que dialoga com a fala interior das crianças pequenas e promove a expressividade? A utilização de imagens, objetos interessantes, sons, gestos entre outros recursos podem aproximar os pequenos e cativa-los de maneira permanecerem atentos ao “dialogo” elaborado pelo professor.
Mas é indispensável lembrar que os “diálogos” devem ser curtos, individualizados e que não necessário prolongar a duração da roda por muito tempo.
Quanto aos mais velhos, a roda começa a contar com um movimento maior de palavras e capacidades para organizar o discurso. Mas mesmo assim o tema precisa ser interessante as crianças. É nesse sentido que a roda de conversa casar com os projetos desenvolvidos na unidade escolar. Discutir o objeto de estudo, os resultados das descobertas e a minúcia das pesquisas é muito instigadora. As crianças gostam da conversa por que sentem afeição por ela, e particularmente, porque tem oportunidade de serem ouvidas.
Vigotski mais uma vez contribui com uma orientação: a fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo. As crianças não ficam simplesmente falando o que elas estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para a solução do problema em questão (2003, p. 34). Assim sendo, ao instituir uma roda, não adianta aguardar que as crianças se sentem contido e comportado. De acordo com o autor, elas necessitam do corpo para se expressar e pensar. Com o tempo conforme se desenvolvem, a tranquilidade do corpo em função do interesse e da participação na conversa vão se expandindo... Mas isso é conversa para o ensino fundamental!
Referências Bibliográficas:
L. S. Vigotski – A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Martins Fontes, 2003.