PROJETO DE UNIFICAÇÃO DOS COMANDOS DAS POLÍCIAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Data: 01.06.2012:

“Em 01/06/12 15:48, Renato Hendges escreveu:

Dr. Felipe Boa tarde

Com muito respeito e admiração que sempre tive pelo colega e ainda vou continuar lhe admirando pelo seu conhecimento, pela sua sabedoria e pela ajuda que tem sempre prestado não só para a ADEPOL mas também ao seu colega RENATO, lembro que há poucos dias ainda lhe procurei e o senhor me prestou ajuda,  também tenho a liberdade de me dirigir através do mesmo "pc todos" para discordar um pouco do senhor, vejamos:

Na quarta-feira acompanhado de outro integrante da ADEPOL estive pessoalmente com o Procurador Geral do Estado, logo a seguir com o Secretário Derly da Casa Civil  e depois com o Vice-Governador entregando a possível redação final da PEC da Carreira Jurídica.

Logo a seguir já na Assembléia Legislativa estivemos com o Deputado Dado Scherem, líder do PSDB e relator da nossa de Carreira Jurídica que tramita na Assembléia e que já passou na Comissão de Constituição e Justiça.

Considerando que a PEC é um compromisso assumido pelo Presidente da Assembléia, deputado Gelson Merisio também estivemos com ele para ultimar o texto que seria aceito pelo Governo e aprovado pela Assembléia. A ótima notícia é que ele finalmente, ‘bateu o martelo’ e concordou com o texto que lhe apresentamos.

Caro colega eu não sou dono da verdade e por este motivo imediatamente e ainda na data de ontem iniciei uma reunião com os todos os colegas do Sul, pretendo me reunir com os demais colegas do Oeste, Planalto (previsto para 3ª feira) e região Norte, para discussão e pedir a aprovação dos colegas sobre o texto da PEC, além de informar-lhes todos os detalhes da negociação para implantação do subsídio.

Ocorre que mudamos um pouco de estratégia e as vezes a gente não é compreendido pois outro dia, num jantar oferecido ao deputado GELSOM MERISIO, Presidente da Assembléia e ao GAVAZZONI, ex secretário da Fazenda e atual Presidente da CE, apenas do nosso interesse, acabou sendo divulgado até pela imprensa.

Também quanto a PEC que tramita no Congresso sobre a exclusividade da Polícia sobre a investigação policial gostaria de informar que além da presença do nosso Vice-Presidente em Brasília em várias oportunidades para tratar da tramitação da PEC quando o MP apresentou uma emenda com mais de 170 assinaturas de deputados e  que acabou sendo depois rejeitada em razão da retirada de assinaturas quando também me empenhei pessoalmente através de vários contatos que fiz com deputados Federais de nosso Estado.

Penso que a  PEC possa ser aprovada na Câmara, mas as dificuldades maiores virão posteriormente no Senado.

Quanto à questão de sua sugestão em emitir nota sob título ‘CARTA ABERTA DOS DELEGADOS DE POLÍCIA’ entendo que não seria prudente  pois não gostaria de atrair para nós uma questão que está sendo bem tratada a nível nacional pela ADEPOL -BRASIL o que certamente poderia repercutir desfavoravelmente nas relações de nossos colegas com o MP. Renato Hendges - Delegado de Polícia”.

Data: 04.06.2012:

Respondi a uma carta do Delegado Renato Hendges postada na “rede”:

“Caro amigo, a admiração é a mesma, e dispensa comentários.

Ajudarei sempre...!!! 

A nossa causa e amor é pela instituição que servimos, o que exige humildade e muito trabalho!

No mais, minhas manifestações servem, em especial, para dar uma resposta às dezenas de votos que obtive no último certamente/Adepol, mostrando a todos que - sem pretender ferir alguém - estamos exercendo nossa missão de cobrarmos resultados.

Um grande abraço e não se apequene!!!”

Data: 05.05.2012, horário: 14:15 horas:

Estava na Corregedoria e liguei para o Agente de Polícia “Marquinhos” (Marcos Antonio Cordeiro) da Gerência de Recursos Humanos para tratar de alguns assuntos de interesse pessoal. Durante o curso da conversa perguntei como estava o Escrivão Osnelito, hospitalizado com câncer e num quadro de saúde complicado. “Marquinhos”, assim como Osnelito (“Litão”, “Litówiski” e outros...), pertencia à velha guarda que participou das lutas  classistas “Fecapoquianas” (Federação Catarinense dos Políciais Civis) juntamente comigo. “Marquinhos” comentou que “Lito” continuava hospitalizado, não sabendo o quarto. Argumentei que pretendia visitá-lo na próxima quarta-feira à tarde...

Data: 11.06.2012, horário: 16:15 horas:

Estava na Corregedoria (PC) e recebi uma ligação telefônica da Agente Grazziela do expediente, comunicando que o Delegado Jefferson estava em audiência com o Delegado-Geral da Polícia Civil Aldo D’Ávila e que eu tinha uma audiência às nove horas da manhã do dia seguinte. Fiquei preocupado, pois os ventos estavam mudando no órgão correcional, especialmente, em razão da mudança de comando (saída do Delegado Nilton Andrade).

O Delegado Jefferson era velho conhecido de alguns anos, desde a década de noventa quando ocupou uma gerência na antiga “Diretoria Central de Informações - DCI”, em cuja época o o Delegado Optemar ocupava o cargo de diretor. Depois disso Jefferson esteve atuando na Corregedoria. Depois disso, Jefferson deixou o órgão e foi para a Assistência Jurídica da Delegacia-Geral. Depois disso, Jefferson foi escolhido pelo Delegado-Geral Aldo para substituir Nilton Andrade que pediu para deixar o cargo alegando que já estava cansado e pretendia gozar suas férias e as  suas licenças-prêmios depois de quarenta anos de serviços.

Nilton Andrade talvez posso ter falhado por não ter dado maior gás nos projetos para se modernizar a Corregedoria e a própria Polícia Civil, mas ninguém poderá jamais negar que não procurou ser justo e não vestia a camisa. Aliás, desconheço que tenha usado do cargo para perseguir alguém, foi muito humano no trato com as pessoas, e sempre me pareceu sincero...

Já o Delegado Jefferson era uma incógnita, nunca tinha trabalhado com ele, mas lembrei dos Corregedores H. V. e S. M., quando a Corregedoria parecia um terreno árido, um lugar de almas confusas, do apego a lotação, aos cargos..., a autojustificação dos atos pelos interesses de bem servir a quem estava no poder, tudo parecendo permeado por um sentimento de messianismo para se exercer o controle externo e proferir decisões, além da visibilidade aos comandados como forma de autoafirmação. Tristes tempos aqueles!!!