PROJETO DE UNIFICAÇÃO DOS COMANDOS DAS POLÍCIAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Data: 06.05.2011, horário: 14:00 horas:  

Estava na DRP/Balneário Camboriú pronto para ouvir a Delegada Magali Nunes Ignácio. Pela manhã estive na Diretoria de Polícia do Litoral (Itajaí), onde ouvi o Delegado Silvio Gomes. Quando Magali me recepcionou em seu gabinete, como não poderia ser diferente, começamos a conversar sobre o período dos famosos “dez meses de governo Pavan, no ano de 2010”, tendo minha anfitrião feito o seguinte comentário:

- “Dotô Felipe, eu antes era amiga do ‘Pavan’, mas depois que  assumiu o governo eu não conseguia mais falar com ele. Agora eu falo sempre, ele está aqui na cidade. Outro dia eu disse: ‘Pavan, tu perdesse o momento de fazer história nas polícias’”.

Interrompi:

- “Mas, Magali, tu lembras quantas vezes eu conversei contigo sobre aqueles ‘dez meses de governo Pavan’, tu lembras?”

Magali confirmou:

- “É verdade, dotô Felipe, é verdade. Mas toda vez que eu conversava com um aqui e falava o que o senhor me dissia e essa pessoa comentava: ‘Isso é balela, é balela, é balela. Isso é história da ‘carochinha’ do Felipe Genovez”.

Depois Magali me confidenciou que essa pessoa era o Delegado-Geral Ademir Serafim. Procurando conter minha surpresa e decepção, na sequência conversamos sobre o governo Kleinubing e eu procurei consertar uma informação errônea, já que Magali tinha comentado noutra oportunidade que durante seu governo o mesmo tinha atrasado durante quase um ano a folha do servidor público. Na verdade o que Kleinubing fez foi atrasar só o pagamento, não efetuando os depósitos até o último dia do mês, fazendo isso apenas até o dia cinco do mês seguinte. Magali comentou:

- “Ah, mas é que o pessoal aqui comentava, eles diziam que ele tinha atrasado a folha”.

Insisti:

- “Não, o que ele atrasou foi a data do pagamento em cinco dias”. 

Dava para perceber que Magali estava bastante fragilizada, todos os Delegados da região estavam contra ela, a Delegacia Regional de Blumenau parecia um ninho de cobras, a começar pelo Delegado Colatto que segundo comentário dela queria seu cargo de qualquer maneira. Como ela própria me relatou, o ex-Delegado-Geral Ademir Serafim estava voltando para assumir a Delegacia da Comarca. Além, disso, vários outros Delegados da cidade estavam apostando na queda dela do cargo de DRP, o que era digno de pena, vírgula, aliás, naquela cidade poucos eram dignos de pena, todos pareciam anjos e demônios, e restava esperar que os novos não se deixassem contaminar pelas “velhas raposas”.

Deputado Maurício Eskudlark em evidência:

“Grave - Para o deputado Maurício Eskudlark, que entende do assunto pois é delegado de Polícia, os marginas, segundo ele, estão condenando a sociedade à pena de morte. O parlamentar do PSDB destaca que os marginais hoje temem muito mais os chefes de quadrilhas do que a polícia, citando como exemplo as execuções na Penitenciária de São Pedro de Alcântara. ‘Se a legislação penal não for atualizada com medidas mais enérgicas e juízes menos humanistas os marginais continuarão condenando a sociedade à violência’" (Paulo Alceu, 06.05.2011).

Ninho em polvorosa – A decisão do deputado Maurício Eskudlark em deixar o PSDB e ingressar no PSD não chegou a ser uma bomba entre os tucanos pela incredulidade que o fato ganhou entre as maiores lideranças do partido. Depois de um dia de especulações, Eskudlark confirmou, ontem à noite, que iria assinar a ata de fundação do novo partido depois de amanhã. E autorizou o presidente da Assembleia, Gelson Merisio, que estava no Oeste, a fazer o anúncio. Insatisfeito com o que chama de invasão de espaço pelo deputado Marcos Vieira, colega de bancada, Eskudlark encontrou no fato de não ser contemplado com o poder de indicação de cargos na Secretaria Regional de Maravilha, área de sua base, uma razão para deixar o tucanato. A decisão da bancada foi dar a Vieira, dono de mais de 2,5 mil votos, contra os 800 de Eskudlark na região, a primazia. Vieira, que já fez campanha casada com Eskudlark (deputado fedreal), em 2006, desmente a invasão. O líder Dado Cherem lamentou a decisão, enquanto desmentia a possibilidade de outro companheiro de bancada, Dóia Guglielmi, ir para o PSD. O destino de Eskudlark, suplente no exercício do mandato, parece não ter sido digerido por Leonel Pavan. O presidente do tucanato, que estava em Chapecó, afirmou que não acreditava que o deputado fizesse a troca, mesmo depois de confirmada. Pavan se empenhou na campanha de Eskudlark” (DC, Roberto Azevedo, 06.05.11).

O Nome - Maurício Eskudlark conversou com o secretário Antônio Ceron (Casa Civil), ontem, mas sua ida para o PSD circulava, de forma livre, bem antes na Assembleia. Falava-se em um tucano rebelado, sem declinar quem seria. O advogado Nelson Serpa, procurador-geral do Estado e responsável pela composição da sigla pessedista no Estado, já indicava a intenção de Eskudlark. O governador Raimundo Colombo disse, durante o evento de 25 anos do DC, que não havia conversado com o parlamentar, mas confirmava a possibilidade dele entrar no PSD”(DC, Roberto Azevedo 06.05.11).

O contrato - Ontem à noite, o deputado Eskudlark pretendia fazer a comunicação a Leonel Pavan e a Dado Cherem. Antes, afirmou que, no dia anterior, não teve coragem de tratar do assunto com Pavan, ao saber que o ex-governador fazia exames no Instituto do Coração, em São Paulo. – Não daria esta notícia a ele naquele momento – declarou o deputado Eskudlark “DC, Roberto Azevedo, 06.05.11).

“Aliás - Ninguém falou de forma direta, mas o governo do Estado, o futuro PSD e os tucanos estariam dispostos a entrar em uma batalha jurídica pela vaga de Maurício Eskudlark?” ( DC, 06.05.11).

PSD: Receptividade parlamentar - O deputado estadual Maurício Eskudlark assina no domingo a ata de fundação do PSD. A adesão já está consumada. O deputado Gelson Merisio e o secretário Antonio Ceron (Casa Civil) desempenharam papel estratégico nas negociações. Ontem à noite, o parlamentar conversou com Raimundo Colombo. Eskudlark e Marcos Vieira cruzaram à tarde no plenário da Assembleia e não se cumprimentaram. “É questão de sobrevivência política”, observou o futuro pessedista. O deputado Doia Guglielmi define hoje se também se filia ao DEM. Passou a quinta-feira conversando com interlocutores privilegiados em Florianópolis e Criciúma. O prefeito Clésio Salvaro está na Itália, mas acompanhando de perto as articulações. A estratégia está cristalina: Doia vai para o PSD, imobilizando a vereadora Romanna Remor, que ficaria sem condições de concorrer à Prefeitura de Criciúma, e Salvaro permanece no PSDB, recebendo o apoio do novo partido no projeto de reeleição. Clésio Salvaro que já conta com o respaldo do PP e do PDT, isolando o PMDB e o PT” (A Notícia, Prisco Paraíso, 06.05.11).