PROJETO DE UNIFICAÇÃO DOS COMANDOS DAS POLÍCIAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Data: 05.01.2010, horário: 15:00 horas:

Enquanto isso, finalmente na Adepol surgem notícias de algumas movimentações:

“Adepol- SC recebe visita do Delegado Geral e do Delegado Maurício Eskudlark - Na tarde desta terça-feira (04.01.2011), a ADEPOL-SC recebeu em sua sede, a honrosa visita dos ilustres associados, os Delegados de Polícia Dr. Maurício José Eskudlark, o qual assumira o mandato de Deputado Estadual no próximo dia primeiro de fevereiro, e o Dr. Ademir Serafim, Delegado Geral da Polícia Civil. Nessa oportunidade, o Presidente da ADEPOL-SC, Delegado Renato Hendges, registrou agradecimentos aos ilustres visitantes por todo o apoio dispensado à nossa classe durante o período em que ambos exerceram as funções de Delegado Geral da Polícia Civil, e agora, ao Dr. Maurício que a partir de fevereiro passará a exercer o mandato de Deputado Estadual, antecipou o pedido de apoio irrestrito à nossa classe no trâmite dos projetos que atendam aos nossos pleitos. Somos todos conhecedores do esforço dispensado pelo Dr. Maurício para a conquista de várias melhorias da nossa classe e, sendo que o mesmo renovou seu interesse em continuar dando apoio e não medindo esforços em representar nossa classe junto a ALESC. Nossos sinceros agradecimentos ao Dr. Maurício Eskudlark e Dr. Ademir Serafim pelo que representaram a Polícia Civil, em especial aos Delegados de Polícia”  (Extraído do site da Adepol-SC – em 10.01.11).

Então, surgem os nomes, a maioria deles de “notáveis” da vez e que serão responsáveis pelo destino da Polícia Civil:

O Conselho Superior da Polícia Civil é instalado e seus membros empossados - Florianópolis -  O Conselho Superior da Polícia Civil, Órgão de deliberação coletiva e as­sessoramento da Instituição, integrante da estrutura organizacional básica da Polícia Civil, foi instalado hoje (13), em reunião realizada no Gabinete do Delegado-Geral, Aldo Pinheiro D’Ávila, na Capital. Durante a reunião, os conselheiros tomaram posse.  Membros do Conselho Superior da Polícia Civil  - Na qualidade de membros natos: Delegado Nivaldo Claudino Rodrigues - Diretor de Polícia da Grande Florianópolis;
Delegado Artur Nitz - Diretor de Polícia do Litoral;
Delegado José Rogério de Castro Filho - Diretor de Polícia do Interior; Delegado Cláudio Monteiro - Diretor de Investigações Criminais;  Delegado Antônio Alexandre Kale - Diretor de Inteligência da Polícia Civil; Delegado José Airton Stang -  Diretor da Academia da Polícia Civil. Na qualidade de membros eleitos: Delegado Valério Alves De Brito; Delegado Ademir Serafim, Delegado Márcio Fortkamp, Delegado Sérgio Maus, Delegado Renato José Hendges, Delegado Dirceu Augusto Silveira Júnior, Delegado Alfonso Becker.

Pensei: “E por onde andaria Julio Teixeira? Acho que realmente foi fritado de maneira irreversível e isso por quê? Não sei, mas acho que pesou muito a sua atuação no “impeachment” do governador Paulo Afonso na década de noventa, cuja turma agora está no poder e é muito forte, mesmo em se tratando do “DEM” (Partido dos Democratas)  o pessoal certamente não esquece o passado, só pode ser essa a explicação, sem desprezar possíveis outras leituras e releituras...

Data: 20.01.2011, horário: 13:00 horas:

Tinha acabado de chegar na DRP/Joinville para realizar oitiva de policiais num procedimento disicplinar e logo me dirigi até o gabinete do Delegado Regional Dirceu Silveira, em cuja ocasião fui recepcionado com um sorriso que misturava surpresa e saudação:

“Doutor Felipe, estava pensando no senhor neste exato momento”.

O assunto do momento era meu nome sendo cogitado para a presidência da Adepol, e Dirceu Silveira fez um desabafo no sentido que o Delegado “Renatão” à frente da Associação dos Delegados (Adepol) não tinha mais condições, ninguém aguentavamais  e acabou fazendo um relato da última reunião do Conselho Superior da Polícia Civil:

- “Olha, Felipe, chegou ao ponto que num determinado momento o Renato chegou com um monte de ‘TCs’ embaixo do braço e só queria discutir aquilo. Eu disse: ‘Renato não! Nós temos coisas mais importantes para serem discutidas, nós temos aí a reforma administrativa do governo’. Mas ele só queria discutir ‘TCs’, bom aí eu insisti: ‘não, Renato! Renato, não adianta!’ Bom, eu cheguei a me levantar e disse que se ele continuasse insistindo com aquele assunto eu iria embora, mas aí o Ademir mandou o ‘Renato’ calar a boca e disse que era só ele que falava. Felipe, tu vê, um assunto dessa importância neste momento que se está discutindo a reforma administrativa, deram vinte e quatro horas para nós darmos sugestões e estava lá o ‘Renato’ querendo discutir ‘TCs’, ninguém merece...”.

Enquanto Dirceu fazia seu relato sobre os acontecimentos fiquei pensando:   “Puxa, se dependesse de mim eu mandava a tal ‘reforma administrativa’ pro saco, como é que pode, o filme se repete, eles fazem uma reforma e mandam a gente dar sugestões em prazo de horas, parece que é para pegar todo mundo de surpresa, fazer engolir goela-abaixo o que o governo quer, mas o Delegado Regional de Joinville estava coberto de razão, o assunto era relevante naquele momento e o Conselho tinha que se posicionar urgente...”. Depois, Dirceu fez um outro relato:

- “Tu vê, Felipe, outro dia eu fui para a Assembléia Legislativa conversar com os Deputados naquele negócio de carreira jurídica e acabei passando vergonha com o ‘Renato’, tu imaginas, eu passei vergonha, meu Deus, cheguei lá na Assembléia ele só queria mostrar o ‘holerits’ dele reclamando para os deputados quanto é que ele estava ganhando, nós fomos lá para conversar em alto nível, era para tratar de assuntos relevantes e ele ficou mostrando o contracheque dele para os Deputados dizendo quanto é que estava ganhando...”.

Com relação a minha candidatura à presidência da Adepol argumentei que isso forçosamente tinha que passar pelo nome do “Julio Teixeira” por uma série de fatores. Dirceu conteve a surpresa com indicação do nome desse Delegado e ex-Deputado Estadual, mas deu para perceber que tinha peso e que eu estava coberto de razão. Perguntei para Dirceu Silveira qual seria o perfil de um presidente da Adepol, isso considerando os Delegados da região norte do Estado e ele respondeu que o pessoal queria um presidente que estivesse presente na entidade, que acompanhasse projetos, reivindicasse, especialmente porque a ‘PM estava bastante articulada, a começar pelo Comandante-Geral (Cel. Nazareno), um profissional preparado. Durante o curso da nossa conversa lamentamos que a “turma” que era amiga do Governador Leonel Pavan deixou passar um momento tão vital para a instituição, especialmente, os Delegados Maurício Eskudlark, Ademir Serafim, André Mendes de Oliveira, Magali e “Renatão”, e que perdemos um tempo precioso para aprovar algum projeto importante para a instituição.

Horário: 12:00 horas:

Marilisa Bohem me aguardava para almoçarmos juntos no “Shopping Garden” de Joinville. No intervalo para um café me comprometi com ela que pensaria seriamente na proposta que me fez...  Marilisa fez algumas revelações importantes e me mostrou que a nossa amizade tinha muito peso e que nossas conversas não foram em vão. A seguir me confidenciou:

- “Eu estava muito perdida naquela época, tu me salvasses...!”

 Fiquei intrigado, pois aquilo parecia mais um “lance” emocional, e ela foi mais além:

- “Eu tenho que te agradecer, estava muito perdida, tu não imaginas como é que eu estava, mas tu me ajudasses muito...”.

Argumentei:

- “Bom, acho que você estava muito perdida mesma, fiquei com muita pena de ti naquela época, mas que bom te ver assim agora, forte, renovada, centrada...”.

Marilisa comentou que estava filiada ao partido do “DEM” e que pretendia ser candidata à vereadora nas próximas eleições. O assunto que seguiu foi à questão da minha candidatura à presidência da Adepol. Marilisa relatou que estava em campanha para o meu nome em Joinville e que eu era uma unanimidade. O resumo da ópera era que eu não estava me sentindo muito seguro, mas me comprometi a pensar seriamente  no assunto. Comentei que a minha ideia era colocar Julio Teixeira como primeiro vice e ela como segundo vice-presidente. Marilisa argumentou:

- “Contigo eu trabalho em qualquer situação...!”

Durante o transcorrer daquele mesmo dia e no seguinte ouvi vários Delegados (Isaias, Gusso, Bini, Fernando, Rafael, Alves, Marilisa, dentre outros), e a voz era corrente, queriam me ver candidato à presidência da Adepol. Respondi que pensaria no assunto, mas o clamor, a pressão, a expectativa era muito grande e senti na carne o peso da responsabilidade em concorrer com “Renatão” para liderar a classe. Os Delegados que ouvi falaram que iria haver um encontro de Delegados na Capital para discutir o momento da Polícia Civil e quais eram as metas a serem alcançadas, e que queriam indicar um nome para a presidência da Adepol, esperando somente que eu sinalizasse nesse sentido... Fiquei de pensar sobre a proposta, mas que se houvesse possibilidade de aprovar um projeto institucional certamente que não hesitaria. 

Data: 22.01.2011, horário: 18:30 horas:

Estava no Posto de Gasolina Ferreti – às margens da BR 101, em Barra Velha-SC, onde tinha feito uma parada para consertar o ar condicionado do meu carro e durante a espera li na rede (Polícia Civil) e-mail de membro da diretoria do Sintrasp que mencionava meu nome..., razão porque resolvi fazer um agradecimento por meio da rede de acesso eletrônico: “PC-todos”.