Transfigura tuas mãos em pedras róseas

E espalha em riso e cantos as fagulhas.

Move os montes e suga o orvalho doce

De cada lírio solto nas folhagens.

Transfigura teus olhos em paisagens

E fita o verde e o cinza,

Construindo horizontes entre os cílios.

Transfigura teus seios em miragens

E fontes temporãs.

Dessedenta os desertos

Viça os campos

Transforma em sinfonias teus sentidos

Rejuvenesce nas vertigens

E vive no sagrado

Das florestas viris, invioláveis.

Minera amor de todas as paisagens.

Porque tu és

A conclusão final

E a última impressão

Que a Natureza e a História sincronizam

Espalha meu sangue em teus cabelos

E constrói correntezas de mistérios

No delírio dos teus lábios redivivos.