No início dos anos 90 a tecnologia começou a abraçar nosso dia-a-dia, antes era um absurdo falar que cada residência teria um computador, hoje nossos celulares já são capazes de fazer quase tudo, como se fossem computadores portáteis, e a internet nos transporta para um novo mundo, o virtual.

Hoje em dia, não apenas recebemos informações, mas também interagimos com toda essa tecnologia, desde o envio de uma mensagem simples de texto de um celular, a troca de e-mail, participação em redes sociais e jogos virtuais. Todos esses dados podem alterar nossa forma de pensar e de agir em nosso dia-a-dia.

Simultaneamente, veio crescendo também os videogames, seu gráficos, músicas e enredos, hoje muitos deles estão bem realistas. Como esse crescimento, apareceram vários gêneros, em especial que vamos comentar nesse artigo, são os de conteúdo violento, personagens agredindo outros personagens, jogos que pedem para os jogadores cumprirem missões fora da lei, assassinatos, chacinas, furtos, entre outras coisas...

Hoje está indústria é altamente lucrativa, muitos jogos custam mais que filmes de Hollywood, e os consumidores correspondem, a Associação de Entretenimento (ESA) aponta que o setor teve um lucro de US$ 20 bilhões em jogos, equipamentos e assessórios.

Será que essa carga de violência pode influenciar nossas ações?

Os estudos ainda hoje são muito contraditórios, temos estudos que dizem que influenciam como um realizado pela Universidade de Brock no Canadá, eles publicaram um artigo na revista Developmental Psychology avaliando o comportamento hostil de jovens no mundo real em relação a jogos violentos do mundo virtual. Selecionaram jovens de 14 a 15 anos, e os estudaram durante 4 anos. A análise mostrou que os adolescentes que jogavam jogos violentos no decorrer do tempo tiveram um aumento de agressão no período do estudo.

Mas também temos estudos do Dr. Ferguson e Stephanie Rueda da Universidade A&M do Texas, colocaram 103 jovens ao teste de frustração, eles foram divididos em quatro grupos, os que não jogavam nada, os que não jogavam jogos violentos, os que jogavam na equipe do bem, e os que jogavam na equipe do mal. Os resultados mostraram que os que jogavam os jogos violentos eram menos deprimidos, propondo que os jogos violentos reduzem o nível de depressão e sentimento de hostilidade, isso significa que os jogadores conseguem liberar suas frustrações quando jogam. Essa pesquisa foi publicada no jornal Review of General Psychology.

Nenhum estudo oferece deduções definitivas sobre essa classificação de jogos, tudo aponta que muitas preocupações sejam desproporcionais ou equivocadas.

Minha opinião

Não existe diferença em chegar em casa e jogar The Walking Dead, assistir The Walking Dead ou ler o livro ou HQ (um estilo de revista em quadrinhos), não é por que eu leio, assisto ou jogo, que eu vou sair mordendo as pessoas, jogo PES desde o 2008 e nunca fui convocado pela seleção brasileira por causa disso. Como nos filmes existem classificações, a dos jogos também deveriam ser respeitados, a ainda completo dizendo que a maior censura não é a que vem na capa do filme e do jogo, mas sim os responsáveis.