Renara Rocha de Oliveira                   - Sociologia
Mundo em descontrole.  Anthony Giddens.

Globalização, Capítulo 1


                A globalização não diz respeito somente sobre a distribuição em vários e muitos lugares do planeta para os mais diferentes indivíduos, as parafernálias tecnológicas modernas. Encontramos pessoas em pequenas aldeias assistindo televisão ou com aparelhos celulares, porém a globalização não é apenas isso, é um processo que vai além e que tem haver com esse período de transformações que está levando o mundo para uma nova ordem.  Acrescentando, graças á uma maior disseminação da informação, valores\conceitos e ideologias nas mais diferentes sociedades. A comunicação entre as culturas está como nunca esteve antes e nós estamos vivenciando essas transformações.

                A globalização é um conceito que surgiu após 1980 e que antes praticamente não há referência alguma. Percebemos discussões e dialéticas a respeito do assunto, sobre o que seria essa globalização, quais os seus efeitos e consequências. Hoje em dia é praticamente impossível falar seja de economia ou política sem falar no termo. Porém existe um grupo que Giddens chama de CÉTICOS, os quais são os intelectuais que acreditam que toda essa conversa de globalização não passa de balela, que a economia global não é muito diferente dos períodos anteriores e que a circulação mundial de moeda\produtos etc. não é realmente tão expressiva assim proporcionalmente á circulação intrarregional. Ou seja, ainda estamos em partes como sempre e não globais como julgam os que falam sobre globalização.

                Porém do outro lado da moeda temos os que Giddens chama de RADICAIS, que afirmam que a globalização é real e pode ser sentida em toda parte, que o mercado global está muito desenvolvido, que as fronteiras já não são mais respeitadas, que os lideres políticos perderam o controle perante o povo e que estamos saindo do modelo de estado nação.

                Os céticos se situam na esquerda política velha e percebem que a noção de globalização, é uma ideologia espalhada por adeptos do livre mercado que desejam demolir sistemas de previdência social e reduzir despesas do Estado. Mas temos que enxergar também que hoje com apenas um clique milhares de dólares são transferidos de um lugar para outro do mundo, de tal forma perante a facilidade que se pode desestabilizar economias antes sólidas e inabaláveis. Essa movimentação tem um fluxo intenso e é muito maior hoje do que na década de 1980, o que dirá então em períodos anteriores deste.

                Porém a globalização como enxergam isoladamente os céticos e radicais não é somente econômica, mas cultural, tecnológica e política, e foi influenciada principalmente graças aos avanços e desenvolvimento das comunicações. Morse no século XIX enviou por telégrafo uma mensagem que abriu uma nova fase na história do mundo, hoje em dia os satélites transmitem informação com uma facilidade e rapidez incrível que marca uma ruptura com o passado de forma drástica. O primeiro satélite comercial foi lançado em 1979 e hoje temos mais de 200 satélites em órbita, em 1999 o código Morse desaparece do cenário da comunicação, até mesmo embarcações podem ser localizadas com precisão graças aos satélites e a comunicação passou a ser transcontinental.

                A globalização pode ser sentida tão fortemente quando por vezes estamos habituados a achar mais familiar o rosto de um ícone como Mahatma Gandhi ao invés do rosto do nosso vizinho. Foram necessário quatro décadas para o rádio nos Estados Unidos atingir 50 milhões de ouvintes, quinze anos para os 50 milhões estarem usando computadores e apenas quatro anos  para a mesma quantidade estar usando internet e o fluxo de informação agora é intenso e exarcebado diminuindo cada vez mais o tempo para acesso da população.

                A globalização não afeta unicamente grandes sistemas, mas também os pequenos. Percebemos isso observando até mesmo os valores familiares que estão saindo dos modelos tradicionais, sendo uma notação interessante de mudança desse modelo o papel da mulher. Hoje vemos muitas explosões de reivindicações das mulheres para terem seu papel na sociedade fora do modelo mãe\dona-de-casa procurando tornar a mulher, aonde sua relevância social era ínfima, á uma parte importante da sociedade. Enquanto praticamente esta relevância em certos lugares era impossível por falta de referência. Essas mudanças geradas pela globalização vão desde o trabalho á política.

                Porém a globalização realmente tanto tende a puxar para cima como empurrar para baixo. Submetendo-nos aquela ideia de que a globalização favorece principalmente os que tem poder na arena global o que de certa forma é verdade. Acaba fazendo com que os outros povos queiram ‘existir’ nesse cenário. Prova disso é a necessidade de que alguns grupos para se auto-firmarem no mundo ressurgem com suas identidades culturais que muitas vezes acabam por explicar o porque de suas atitudes: “eu sou brasileira por isso faço isso, por isso valorizo isso.” O nacionalismo começa  a brotar á medida em que o domínio de estados nacionais mais antigos enfraquece.

                Para muitos a sensação é de estar se ocidentalizando ou se americanizando principalmente quando não se mora no norte. As maiores empresas são norte-americanas, os músicos mais ouvidos no mundo são norte-americanos, a superpotência cultural, econômica e militar é os Estados Unidos que hegemonicamente molda o mundo. Para os países mais carentes a globalização grita como um autoritário cuspindo em sua face um modelo a ser seguido. E afinal, seria globalização ou uma modelização seguindo os que são mais poderosos?

                Para outros a globalização surge num inverso. Programas brasileiros sendo vendidos para serem exibidos em Portugal, ou a latinização em Los Angeles seria um exemplo de uma colonização inversa nesta época? Os problemas passam a ser de todos, principalmente os ecológicos embora a parcela de contribuição para os problemas seja maior dos países mais ricos.

                A globalização tanto abre discrepâncias na desigualdade social, observada sobre um modelo econômico, como une e desenvolve as sociedades seja tecnologicamente ou culturalmente como por exemplo, exigimos mudanças nas sociedades que ainda praticam ações que ferem os direitos humanos, etc.

                A globalização seja como for precisa ser entendida e controlada, precisamos tomar as rédeas da situação já que a globalização não é um acidente nas nossas vidas mas a mudança causada pelas nossas próprias circunstancias de vida.

Risco, Capítulo 2

                A palavra RISCO foi introduzida no inglês talvez pelo português ou espanhol, a origem da palavra vem do seu uso na cartografia quando riscavam as áreas ainda não navegadas. Com o tempo a palavra teve sua designação voltada para a economia e finalmente para o que nós conhecemos, que é a designação de alguma situação de incerteza.

                O risco é um conceito que não se vê nas sociedades antigas pelo fato de que é um fator calculável, ou seja, antecipamo-nos de uma situação prevendo suas consequências assim podemos acabar tomando o caminho das consequências boas e fugir das ruins ou pelo menos tentar e quando há 100% de chance de uma coisa dar certo não há risco e enquanto houver risco há necessidade do homem se planejar parar driblar essas adversidades. Como as primeiras sociedades e as antigas encaravam o infortúnio como vontade dos deuses ou magia etc... Era como se nada pudesse ser feito á respeito. Com a noção de que nós é que construímos e fazemos o nosso caminho, noção que advém com o avanço intelectual, antecipou-se assim nas nossas vidas o RISCO para tomarmos as melhores atitudes e ações. Embora hoje ainda muitos pensem sobre magia, cosmos, deus...  as pessoas sabem os riscos que correm seja até mesmo pelo fato de estar vivo, já que a vida em si é um negócio arriscado.

                O risco também é condição para o entusiasmo e aventura. A adrenalina de saber que há um risco de dar errado e nós conseguirmos fazer dar certo nos impulsiona para muitas coisas. Seja de caráter econômico como apostar na bolsa de valores ou nas nossas próprias decisões da vida particular.

                Foi então com tanto risco eminente que surgiu o SEGURO, para que apesar de que o risco aconteça estejamos protegidos dos seus males. Temos o seguro de vida, o seguro de saúde, o seguro salarial para quando estivermos incapazes - previdência privada - etc... O que acontece com o seguro não é que o risco suma, mas ao invés do risco ficar com a pessoa que o sofreria passa a ser da seguradora em troca de pagamento

                Na modernidade o conceito de risco sempre esteve presente, mas na atualidade toma uma importância nova e peculiar. Supomos até aqui que o risco seria uma maneira de controlar o futuro, dominá-lo, regulá-lo, mas as coisas não se passam bem assim.Nem sempre as nossas tentativas dão certo, nos fazendo procurar outros meios. Podemos então dividir o risco em duas categorias o risco externo e o risco fabricado.

                O risco externo difere do risco fabricado pelo fato de quê o risco externo não depende de nós e o fabricado nós temos ação direta com o seu risco. Por exemplo, um risco externo é o se haverá chuvas suficientes para irrigação da lavoura, e o risco fabricado se a lavoura irá morrer de pragas devido á nossa falta de cuidado com as mudas. O risco fabricado é atualmente o tipo de risco mais comum, pois de certa forma nós influenciamos de tal modo na natureza e os processos diários de outras categorias que acabamos por sermos os responsáveis pelos riscos que correremos.

                Quanto o mais o risco fabricado se expande, mas ficamos sem saber as dimensões dos riscos, pois o risco seria algo calculado, poderíamos saber qual a chance de uma pessoa sofrer um acidente toda vez que entra no carro, o risco fabricado não é assim por isso não sabemos as dimensões nem quando seremos atingidos por ele muitas vezes até quando seja tarde demais.

                Quando temos a notícia de que poderemos correr um isco, cabe a nós ou as autoridades competentes que ficaram sabendo do risco, alarmar ou não as pessoas que podem sofrer com o risco envolvido.  Muitas vezes alarmar sobre um risco pequeno ounão alarmar sobre um risco pois acha que não ocorrerá, pode causar muitos transtornos porém não dá para saber de antemão se estamos fazendo o certo ou não.

                Uma maneira de enfrentar o crescimento do risco fabricado é limitar a responsabilidade pelo “princípio do acautelamento” que diz que devemos agir sobre riscos naturais mesmo que as provas sobre isso sejam poucas. Mas nem sempre esse princípio é útil ou aplicável. O que dizer sobre os alimentos modificados geneticamente que não são mais ‘naturais’ e o risco provocado sobre eles? Dentre outras inúmeras questões.

                Nossa geração não é nem mais arriscada nem menos arriscada que as anteriores, porém vivemos em um equilíbrio de riscos mal balanceado, hoje grande parte dos riscos é acarretado por nós e saber dos riscos e debater sobre eles e tentar achar uma solução são atitudes amplamente necessárias na escala global, cada país precisa do outro para manter seu equilíbrio, e cabe a nós ser cautelosos ou não sobre o alarde dos riscos.

               

Tradição, capítulo 3

                Nesta parte Guidens nos mostra como a tradição muitas vezes não passa de uma invenção recente e não algo secularizado. Um exemplo é o kilt escocês e a roupa dos soldados indianos, que são vistos como tradições sendo que sua invenção é recente.  Enquanto a tradição era algo quase que inabalável, hoje em dia nos deparamos com tradições e costumes recentes relativamente comparados com os demais. Inclusive o próprio termo “tradição” é relativamente recente cerca de 200 anos.
                Achar obras que falem sobre tradições é muito raro e culpa disto foi o período do iluminismo que depreciou a tradição julgando todas aquelas coisas de religião, cerimônias etc... uma besteira. Porém para entender a tradição não podemos tratá-la como tolice.

                A tradição não é algo que aparece na nossa história assim gradualmente por ser aos poucos incorporada nas sociedades, mas a tradição é algo imposto pelo poder dominante sobre os demais, ou sobre o próprio poder no caso de um costume.  Assim a tradição é algo criado, fabricado. A ideia de que a tradição é impermeável á mudanças é um mito, são então inventadas e reinventadas ao só lentamente mas também repentinamente .

                O conceito de que para ser tradição tem que ser algo secular tem que ser desmistificado, já que a maioria das nossas tradições mesmo as seculares sofreram mudanças radicais, ou sofrerão e muitas são criações de menos de um século. Como a fala do monarca em rádio e televisão na Grã Bretânia todos os anos quando é natal.

                As tradições são posses de grupos nunca uma pessoa sozinha terá tradição, mas pode também ser vista isoladamente em indivíduos não como marca do comportamento individual mas cada indivíduo faz a sua parte para que a tradição seja estabelecida.

                Podemos perceber que estamos embasados na simbiose de tradição e modernidade. Que com o tempo principalmente depois do iluminismo algumas tradições foram quebradas, outras modificadas para se adaptarem ao novo, mas de uma forma ou de outra as tradições estão aí o que pode ser bem visto no exemplo da divisão entre os sexos que permanece baseado nas tradições: “isso é coisa de mulher, isso é coisa de homem”.

                As tradições atualmente não sucumbiram ou deixaram de existir, a verdade sobre as tradições é que agora quando surgem como por exemplo no fato de um período do hinduísmo bem recente aonde todos os indianos espalhados pelo mundo souberam que ao ofertar leite a um Deus fazia com o que o Deus ‘bebesse’ o leite já que o leite com pouco tempo sumia - logo foi necessário a confirmação científica para estabelecer tal milagre, e graças á globalização disseminou-se tão rápido esta prática ‘tradicional’ – que percebemos  que as tradições estão se tornando de caráter eventual.

“As tradições são necessárias e persistirão sempre, porque dão continuidade e forma á vida”.  Sem as tradições seria impossível ter-se a história documentada, seria impossível ser um acadêmico, seria impossível muitas outras coisas, não podemos viver de forma totalmente eclética, as tradições são importantes ressaltando que nem todas.

A tradição com o tempo vai deixar de ser tradicional e passa a tomar um lugar mais íntimo em nós com seus valores e preceitos. A tradição pode ser comparada com a dependência. Assim como temos os dependentes em álcool, em drogas, podemos ter os do amor, do trabalho, dependência aqui sendo tomada com o valor de ser um ‘viciado em’, a tradição pode aparecer aí, quando nos condicionamos a sempre fazer alguma coisa, a sermos depende daquilo, como alguns são a respeito de suas tradições religiosas. Desta forma a tradição aparece como um passado que rege o presente.

                 A luta pela independência de autonomia pode ser vista nos grupos de auto ajuda, como nos alcoólicos anônimos, são pessoas querendo mudar, romper com a dependência, com o vício, com a má tradição. Que se fundamenta num embate entre uma perspectiva cosmopolita e o fundamentalismo.  O fundamentalismo tem haver com a idiossincrasia a respeito da tradição estabelecida por cada um.

                 O fundamentalismo é um filho problemático da globalização. Assim como a tradição é necessária com  seu fundamentalismo moderno, a  moralidade cosmopolita  preisa ser ela própria movida por paixão. “ Não teríamos, nenhum de nós, algo por que viver se não tivéssemos algo por que valesse a pena morrer.”.

         Família, capítulo 4

 

                As nossas vidas emocionais e sentimentais muitas vezes se tornam problemas maiores que outros, e são os que nos tocam de verdade e causam a nossa insônia, depois da doença e miséria.  Há um grande embate sobre a sexualidade, futuro da família e igualdade sexual. As diferenças de um lugar para outro está embasado nas experiências tradicionais de cada local.

                Enfrentamos o problema do divórcio, que antes era algo impensável mas que hoje é tão natural quanto qualquer outra atividade e sem maiores problemas  dependendo da sociedade em questão pois fala-se muito da proteção á família que ainda é muito importante. Porém o modelo familiar já não quer ser mais o mesmo o da família tradicional. O papel da mulher ainda é desmerecido mesmo nas sociedades mais ‘desenvolvidas’ o que vem acarretando cada vez o crescente no movimento feminista.

                A virgindade era algo essencial para a mulher, inadmissível uma mulher corrompida antes do casamento. O homossexualismo sempre polêmico entre os conservadores.  A ideia de que o casamento tem que ser de exclusividade para reprodução, aos poucos vai sendo deixada de lado, a mulher passa a ter domínio sobre o seu corpo e o homossexual passa a manter relacionamentos afetivos e estáveis não em nome de reprodução mas do sentimento em si, ou seja nunca antes na história o casamento foi baseado na afetividade e não em laços econômicos ou tratado como um negócio.

                O significado de casamento também passou por transformações, casar-se não significa necessariamente ir á igreja e fazer todo um ritual, mas passa a ser o momento em que passamos a partilhar o mesmo lar com a pessoa amada. A posição das crianças nisso tudo está muito diferente da de épocas atrás, aonde eram seres desmerecidos, deixados pra lá, hoje esforços não são medidos quando se trata do condicionamento para criar e cuidar das crianças.

                Guidens salienta que caminhamos rumo á uma simbiose do relacionamento puro, onde há um a mistura entre Eros, ágape e philia. Onde o diálogo é importante, o amor é revolucionário, e a família essencial - não nos modelos tradicionais . De certa forma está falando sobre a democracia emocional. Todos são passíveis ao amor, a melhor desfrutá-lo e administrá-lo conforme a vontade.

                A democracia das emoções, não faria distinção entre tipos de relacionamentos, ou níveis de relacionamentos.  Mas este tipo de democracia é visível no ocidente, e esperamos que chegue ao oriente, para romper com os modelos tradicionalistas e trazer a verdadeira felicidade pessoal sobre a administração dos seus sentimentos pessoais que devem não ser mais embasados em outros motivos senão os sentimentais.

Democracia, capítulo 5

               

                Atualmente todos os países são movidos á base da democracia, muito difícil é se encontrar um país que mesmo não se intitulando democrático como algumas poucas monarquias semifeudais, que ainda assim não fogem de algumas características democráticas. Mas o que seria esta tal de democracia? Giddens explicita que é “ Um sistema que envolve competição efetiva entre partidos políticos por cargos de poder. Numa democracia realizam-se eleições regulares e limpas, de que todos os membros da população podem participar. Esses direitos (...) são acompanhados de liberdade civil. (...) A democracia não é uma questão de tudo ou nada. Pode haver diferentes formas, bem como diferentes níveis de democratização.”

                A democracia de fato só se estabeleceu realmente após a segunda guerra mundial quando as diferenças ficaram nítidas entre o que era democracia e o que não era, foi ela quem inspirou movimentos revolucionários antes desta época, foi por ela que os ‘inferiores’ lutaram em seus movimentos, é pela democracia que se morreu e que talvez se morrerá, mas não em nome de uma democracia utópica, mas na que iguala as diferentes massas mas só talvez, pois talvez tomemos outro rumo.

                Muitos países ainda estão em uma transição pela democratização. Logo conseguirão. A democracia de fato é o melhor sistema comparado á todos os outros que falharam ou não obtem um bom desempenho diante da globalização da democracia. Porém a democracia não é as mil maravilhas, muitos estão ficando desiludidos com este modelo de poder o que talvez possa acarretar em um novo modelo.

                Antes se brigava sanguinariamente em prol dos objetivos. Hoje graças á maior disseminação das informações, um escândalo publico soa muito mais alarmante, principalmente se seguido da disseminação das informações que favorecem os objetivos a serem buscados. Assim a globalização ajuda nesta disseminanação mundo afora,  o que faz com que medidas sejam tomadas sem a necessidade de se haver um processo realmente violento, paulatino e trabalhoso. Muitos problemas estão passíveis de correção apenas pelo bom uso da informação como foi o caso do Apartheid.

                Nunca antes os jovens denominados alienados e da geração x mostraram-se tão interessados na política e em seus rumos. E está sendo necessária a democratização da democracia. Levar os conceitos não apenas á um fundo nacional, mas transnacional que ultrapasse fronteiras e seja global.

                A democratização vai ter que contar principalmente com novas medidas a serem adotadas pelos partidos como assumir os riscos levados a tona pelos grupos de causa única, antes que seja tarde demais, só através de uma mídia que comunique globalmente sobre os mais diferentes assuntos fazendo todos saberem dos problemas enfrentados seja por uma tribo no amazonas ou por um grupo guerrilheiro na Austrália, é que viveremos talvez um mundo descontrolado mais confortante, mais regulado, mais perto de se ter os problemas resolvidos graças á democracia das emoções, da democratização da democracia, das igualdades entre os valores sexuais, emocionais... globalização da informação, de valores... Devemos então chegar perto de controlar esta confusão toda...