YARA MOTTA [1]

 

 

 

RESUMO

O presente artigo procura salientar a importância da motivação nos processos de aprendizagem e no sucesso dos alunos em contexto escolar. O envolvimento dos alunos nas disciplinas curriculares parece variar em função de diversos fatores, individuais e de contexto, ligados à motivação. Pesquisas realizadas permitem concluir que a relação entre a aprendizagem e a motivação vai além de qualquer pré-condição estabelecida, ela é recíproca e, dessa forma, a motivação pode produzir um efeito na aprendizagem e no desempenho, assim como a aprendizagem pode interferir na motivação. Esta reflexão aponta algumas orientações para a prática educativa.

Palavras-chave: Motivação; aprendizagem; contexto escolar.

 

 

INTRODUÇÃO

Motivação é importante em todas as fases da aprendizagem, e não somente em seu momento inicial. Há muito professor que só se preocupa com a motivação no início da atividade, sem se lembrar de que esta tem de ser reforçada no decorrer de todo o processo, a fim de que a motivação não decresça a ponto até de extinguir.

Jean Piaget (1896 – 1980) diz que, aprender é agir e, por isso, cabe ao professor colocar os alunos diante de situações variadas para que eles próprios busquem soluções e construam seu conhecimento.

A motivação da aprendizagem não é apenas um passo preliminar do ciclo docente, mas uma constante que deve permear todo o processamento dos trabalhos escolares, através de todo o ano. Incentivar os alunos na sua aprendizagem não significa despertar apenas a curiosidade ou o interesse momentâneo dos alunos, mantendo-os atentos, mas passivos e inertes.  A conquista do interesse e da atenção dos alunos é apenas uma preliminar da motivação. Partindo do interesse e dessa atenção, é necessário levar os alunos a atividades intensivas e proveitosas e dessa atenção, é necessário levar os alunos a atividades intensivas e proveitosas, introduzindo-os ao estudo, à reflexão, ao esforço e a disciplina espontânea do trabalho docente.

SITUAÇÃO PROBLEMA

O processo de aprendizagem deve ser encarado como um sistema de melhoria contínua?

JUSTIFICATIVA

O tema abordado é importante, pois a falta de motivação nas instituições é um problema enfrentado pelos professores e alunos. Quando são encontrados alunos poucos motivados, tende-se a pensar que não lhes é interesse o que a eles é ensinado porque os momentos não entendem. Por vezes pensa-se que o motivo deste fato esta nas condições em que se trabalham não facilitam a aprendizagem, pois, programas excessivamente carregados, muitos alunos por sala, falta de materiais adequados, influência negativa da família, perspectivas de futuro negativas, etc. escapam ao controle, o que costuma dar ao professor uma visão bastante pessimista da possibilidade de motivar os alunos pessimismo este que aumenta à medida que a escolaridade avança.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Analisar o professor, o ambiente de trabalho e os alunos com a finalidade de motivar os indivíduos envolvidos para motivá-los nos processos de transmissão e recepção de aprendizagem.

Objetivo Específico

  • Apontar possíveis atividades através de estratégias e metodologias para despertar  no aluno curiosidade e interesse no processo aprendizagem;
  • Conhecer o aluno no seu contexto social para desenvolver uma atividade significativa;
  • Buscar explicações motivadoras, que os alunos ficam envolvidos e participativas;
  • Compreender o papel do professor nesse processo de motivação;
  • Identificar fatores que possam dificultar o processo de motivação na aprendizagem.

 

METODOLOGIA

A metodologia utilizada materiais didáticos específicos para ativar as percepções sensoriais e motoras dos estudantes. Tarefas voltadas para o dia-a-dia do aluno. Foi desenvolvido também trabalhos de desenhos, pinturas, escritas e os jogos desenvolvidos em oficinas específicas. Fazer com que os alunos montem seus próprios jornais, livros e aprendem técnicas de produção de papel e cerâmica, entre outras.

 

 

Motivação do Aluno no Processo Ensino-Aprendizagem

 

 A motivação humana é observada desde tenra idade, sob diferentes formas. O bebê que busca a satisfação de sua fome, somada ao aconchego de um colo quente e acolhedor, demonstra, ao sugar o peito ou uma mamadeira, possuir motivação de sobra, através de seu instinto e da fisiologia que lhe cobra a nutrição e os afetos, expressos pelo choro, por vezes intensos e fortes, e os movimentos mais bruscos de braços e pernas. Em outra época, cujo desenvolvimento permite certa independência de movimentos de locomoção e manipulação de objetos, vê-se outras possibilidades inerentes ao tipo de motivação na criança. No brincar, especial circunstância do cotidiano infantil, encontra-se rica fonte de informações acerca de seu mundo interno: suas emoções e pensamentos. Conforme Bzuneck (2000, p. 9) “a motivação, ou o motivo, é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso”. A motivação pode ser entendida como um processo e, como tal, é aquilo que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma atividade progressiva, que canaliza essa atividade para um dado sentido (BALANCHO e COELHO, 1996). Neste caminho, NOT (1993) afirma que “toda atividade requer um dinamismo, uma dinâmica, que se define por dois conceitos: o de energia e de direção”. No campo da psicologia esse dinamismo tem sua origem nas motivações que os sujeitos podem ter. Portanto, observa-se a forte presença de motivação por meio de determinada atividade, presente em uma criança de tenra idade, aos dois anos, por exemplo. Acompanhando o crescimento da criança, nota-se novo momento de se construir a motivação. Uma forma de exemplificar este processo na psicologia infantil ocorre por meio da análise das às competências adquiridas. Tornar-se competente em seu meio social, leva a criança à motivação. Motivação do Aluno Durante o Processo de Ensino-Aprendizagem. Habilidade motora específica nos esportes pode ser desenvolvida e este fator é capaz de acionar o desejo de se empreender tal atividade com determinado empenho. O reforço externo, relativo à performance das habilidades adquiridas vindo dos pais e conhecidos, possibilita o incentivo a motivação. Se a performance for percebida pela criança, ao adquirir um aperfeiçoamento, então, poderá levá-la a uma boa auto-estima, e também à motivação intrínseca ou interna. Por outro lado, a criança que pouco percebe as suas competências, necessita de maior estímulo externo, possui baixa auto-estima e demonstra-se ansiosa, e ainda, enxerga pouca perspectiva de melhora em suas habilidades. As pessoas podem perder a motivação, quando as necessidades básicas não são satisfeitas, desde fisiológicas até as do ego. Para Maslow (apud HERSEY e BLANCHARD, 1986) o comportamento é ditado por motivos diversos, resultantes de necessidades de caráter biológico, psicológico e social.

 

 

A MOTIVAÇÃO E O ALUNO

 

Segundo Burochovitch & Bzuneck (2004, p. 20) “não se pode contar ainda com uma teoria geral compreensiva nem da motivação humana nem mesmo da motivação do aluno”. O tema motivação ligado à aprendizagem está sempre em evidência nos ambientes escolares, impelindo professores a se superar ou fazendo-os recuar, chegando à desistência nos casos mais complexos. Porém, ela tem um papel muito importante nos resultados que os professores e alunos almejam. Hoje já se sabe que a motivação é algo visceral, um sentimento, ou se tem ou não se tem. Isso não quer dizer que não se possa fazer nada para que as pessoas consigam vivenciá-la. Conforme Bzuneck (2000, p. 10) “toda pessoa dispõe de certos recursos pessoais, que são tempo, energia, talentos, conhecimentos e habilidades, que poderão ser investidos numa certa atividade”. Os mesmos autores afirmam ainda que “na vida humana existe uma infinidade de áreas diferentes e o assunto da motivação deve contemplar suas especificidades” (BZUNECK, 2000, p. 10). Cabe, aqui, fazer uma diferenciação entre interesse e motivação. As coisas que interessam, e por isso prendem a atenção, podem ser várias, mas talvez nenhuma possua a força suficiente para conduzir à ação, a qual exige esforço de um motivo determinante da nossa vontade. O interesse mantém a atenção, no sentido de um valor que deseja. O motivo, porém, se tem energia suficiente, vence as resistências que dificultam a execução do ato. Quando se considera o contexto específico de sala de aula, as atividades do aluno, para cuja execução e persistência deve estar motivado, têm características peculiares que as diferenciam de outras atividades humanas igualmente dependentes de motivação, como esporte, lazer, brinquedo, ou trabalho profissional (BZUNECK, 2000, p. 10). Motivação do Aluno Durante o Processo de Ensino-Aprendizagem. Quantas vezes o professor prepara uma atividade que ele achou que prenderia a atenção de seus alunos, que os levaria adiante, que os faria.

Buscar as informações que eram necessárias, porém, ao executá-la, não conseguiu o envolvimento que esperava deles. A motivação do aluno, portanto, está relacionada com trabalho mental situado no contexto específico das salas de aula. Surge daí a conclusão de que seu estudo não pode restringir-se à aplicação direta dos princípios gerais da motivação humana, mas deve contemplar e integrar os componentes próprios de seu contexto (BROPHY, 1983 apud Bzuneck 2000, p. 11) Nem sempre os alunos percebem o valor dos trabalhos escolares, pois, muitas vezes, não conseguem compreender a relação existente entre a aprendizagem e uma aspiração de valor para a sua vida. O que faz com que eles não se envolvam no trabalho. Para Burochovitch & Bzuneck (2004, p. 13) “a motivação tornou-se um problema de ponta em educação, pela simples constatação de que, em paridade de outras condições, sua ausência representa queda de investimento pessoal de qualidade nas tarefas de aprendizagem”. E, ainda, “à medida que as crianças sobem de série, cai o interesse e facilmente se instalam dúvidas quanto à capacidade de aprender certas matérias” (BUROCHOVITCH & BZUNECK 2004, p. 15). Quanto mais avançada às séries, os problemas tendem a ser mais complexos e profundos, por terem raízes naqueles que se originaram nas séries iniciais e por sofrerem influência das novas exigências dos diferentes tipos de disciplinas, aliadas às características evolutivas do aluno (BUROCHOVITCH & BZUNECK, 2004, p.15). Do ponto de vista humanístico, motivar os alunos significa encorajar seus recursos interiores, seu senso de competência, de auto-estima, de autonomia e de auto-realização. Na motivação aqui vista, competência não é atributo de quem faz bem feito, mas sim de quem consegue despertar-nos outros a vontade de fazer.

  • CONCLUSÃO

O estudo de motivação focaliza-se em intensidades envolvidas na atividade, pois incluem fatores pessoais e ambientais, bem como fontes intrínsecas e extrínsecas de motivação.

Os professores então interessados em um tipo particular de motivação, a motivação do aluno para aprender. A motivação do aluno para aprender é tanto um traço quanto um estado. Ela envolve levar o trabalho acadêmico a sério, tentar tirar o máximo dele e aplicar estratégias de aprendizagem apropriadas no processo.

A motivação da aprendizagem não é apenas um passo preliminar do ciclo docente, mas uma constante que deve permear todo o processo dos trabalhos escolares, através de todo o ano. Incentivar os alunos na sua aprendizagem não significa despertar apenas a curiosidade ou o interesse momentâneo dos alunos, mantendo-os atentos, mas passivos e inertes.

  • REFERÊNCIAS

PIAGET, Jean. Psicologia: Desenvolvimento e Aprendizagem (1896 – 1980). Disponível em: https://prezi.com/oipydrv_lmjs/psicologia-desenvolvimento-e-aprendizagem-jean-piaget/.  

[1] YARA MOTTA DE OLIVEIRA, Graduanda em Pedagogia pela Faculdade de Estudos Sociais Aplicados de Viana-FESAV. Artigo publicado com avaliação na Disciplina De Didática I, ministrada pela Professora Doutora Monique Ferreira Monteiro Beltrão.