Não consigo fugir desse morcego.
Esta noite arrancou-me o cérebro.
Não nego que nada compreendo,
Este veneno que me enlouqueceu.
Escarro na minha própria sorte,
Fugindo dessa morte,
Que mesmo assim consigo ter.
Sai de mim, vá embora!
Pobre boca minha está sem piola.
Nem isso me satisfaz mais,
Essa desgraça que me enfeitiçou.
Joguem meu corpo ao lixo
Deixem que os bichos me corroam
Até que encontrem algo em mim
Porque esse morcego
Não quero mais alimentar.