MOMENTO DE APRENDIZAGEM EDUCACIONAL

                                                                           AUTORAS:

                                                                    LÉIA JOVIÔ DA SILVA

                                                SIRLENE DAVINA DA CONCEIÇÃO FREITAS

RESUMO

Este artigo tem por finalidade apresentar a importância do estágio supervisionado realizado no ensino fundamental para obter experiência acadêmica e profissional das práticas pedagógicas realizadas em sala de aula. O Estágio Supervisionado IV ocorreu durante o período de 10 a 14 de Outubro onde foi realizada a observação e do dia 17 a 21 de Outubro a regência. A experiência ocorreu na Escola Municipal de Ensino Básico ’’Tenente Octacílio Sebastiao da Cruz’’. A prática de estágio visa preparar o acadêmico para a realidade. Em momento que antecedeu à prática trabalhamos estudos teóricos com o intuito de melhor entendermos a realidade. Durante o estágio ocorreu a observação acompanhada de registro de dados,além do período de regência, onde foi necessário a organização prévia de elaboração de plano de aula. Todos esses procedimentos culminam neste artigo.

Palavras-chave: Estágio supervisionado. Práticas pedagógicas. Realidade. Sala de aula.

INTRODUÇÃO

Neste artigo relatamos o estágio de observação e regência que teve por finalidade nos orientar durante a vida acadêmica servirá para a vida profissional, adquirindo experiências que irão nos auxiliar em sala de aula, na relação entre professor e aluno e nos procedimentos pedagógicos em uma instituição de ensino.

Uma identidade profissional se constrói, pois, a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas. Práticas que resistem a inovação porque prenhes de saberes válidos ás necessidade da realidade (PIMENTA org. [ET AL], 2007, p.19).

A prática profissional do docente, deve partir de necessidades significativas, ligadas ao meio social e cultural da realidade em que se vive, buscando preservar tradições e culturas necessárias a vida dos discentes. O professor aprende ensinando e trazendo para si novas barganhas educacionais. A identidade profissional só é adquirida com a certeza da escolha, do conhecimento e daquilo que se quer transmitir. A profissão de professor deve abranger o aluno em suas necessidades cognitivas, sociais, afetivas e morais, daí a certeza da carreira a seguir, pois, o educar vidas depende do amor, da dedicação e da oportunidade de crescimento intelectual oferecida por esse profissional da educação.

Desta forma, o estágio é essencial à formação do aluno, enquanto lhe propicia um momento especifico de sua aprendizagem uma reflexão sobre a ação profissional uma visão crítica da dinâmica das relações existentes no campo institucional apoiados na supervisão enquanto processo dinâmico e criativo tendo em vista possibilitar a elaboração de novos conhecimentos (BURIOLLA, 2008, p. 17).

O estágio serve como ponte entre a teoria e a prática, oportunizando ao acadêmico momentos de análise entre a realidade e os métodos de ensino cabíveis em cada instituição de ensino, sendo responsabilidade do aluno o caminho para o dinamismo e a criatividade para pôr em ação  os conhecimentos adquiridos em sala de aula, dando  importância ao aprendizado dos alunos aprendizes em constante transformação no cotidiano e que necessita do professor como facilitador de todo o conhecimento que possibilitará a aquisição do saber fazer no processo de ensino-aprendizagem.

[...] uma atividade que pode trazer imensos benefícios para a aprendizagem, para a melhoria do ensino e para o estagiário, no que diz respeito à sua formação, certamente trará resultados positivos, além de estes tornarem-se ainda mais importantes quando se tem consciência de que a maior beneficiada nesse processo será a sociedade e, em especial, a comunidade a que se destinam os profissionais egressos da Universidade (TRACZ; DIAS, 2006, p.2).

O estágio supervisionado é um benefício que vem nos orientar em vários aspectos para transmissão do conhecimento em nossa carreira acadêmica, de forma positiva, buscando angariar saberes  para beneficiar nossos alunos em sua formação e preparando-os para integrá-los  em uma carreira profissional, inseridos  em uma sociedade com várias adversidades culturais, que precisam ser respeitadas e preservadas para a aquisição de instruções, favorecendo  o desenvolvimento que proporcionará ao indivíduo a criticidade, respeito as diferenças , cuidados com o meio e troca de informações agregadas as necessidades da sociedade em que estamos inseridos, para preservação de nossas raízes culturais e valores que precisam permanentemente trazer mudanças e integração em nossa vivência social.

Este artigo contém informações sobre o período em que estivemos  na Escola Municipal “Tenente Octacílio Sebastião da Cruz”, observando o espaço físico (salas, pátio, banheiros, parquinho), sala de aula (armários, carteiras, ventilação, iluminação, prática pedagógica da professora regente), Projeto Político Pedagógico (atendimento aos estudantes e a comunidade, missão, metodologia, diagnóstico, avaliação da realidade escolar contidas no PPP) e as atividades pedagógicas realizadas durante o período do nosso estágio, tanto na observação quanto na aplicação do planejamento na regência.

1 PERÍODO DE OBSERVAÇÃO

1.1 Espaço Físico

Durante o período de observação constatou-se que na escola estagiada há onze salas de aulas, sala da diretoria, sala dos professores, laboratório de informática, quadra de esporte coberta, alimentação escolar para os alunos, cozinha, biblioteca, sala de leitura, parque infantil, banheiros, sala da secretaria, refeitório, despensa, almoxarifado, pátio coberto e descoberto, área verde, sala de apoio, parquinho com pneus, sala de artes, sala de vídeo e bebedouros.


Na escola há setenta e sete funcionários efetivos e contratados, entre professores e técnicos, com quinhentos e quarenta alunos matriculados na educação infantil e primeiro ciclo, incluindo alunos com necessidades especiais.


As salas de educação infantil são separadas das salas do primeiro ciclo, devido ao tamanho das crianças que também saem para o intervalo e para a alimentação em horário diferenciado e apenas as suas salas possuem ar condicionado, banheiros e bebedouros separados.


Nas salas do primeiro ciclo encontram-se apenas ventiladores, lâmpadas, carteiras, armários, lousas e janelas grandes.


Há grande espaço coberto e descoberto para o livre acesso dos alunos no momento da chegada, saída e intervalos.


Todos os dias, na hora da acolhida, os alunos se sentam no pátio, assistem televisão, cantam músicas na direção das professoras, fazem a oração e vão para a sala.


A instituição é arejada, organizada, com cronogramas de atividades. Há professores de educação física e arte. Todos são cordiais na recepção com os alunos, familiares, comunidade e estagiários.


 


1.2 Observação Documental


 


Projeto Político Pedagógico EMEB “Tenente Octacílio Sebastião da Cruz. ”


Estratégias de Acolhimento ao Estudantes na Escola e Atendimento às Famílias. 


 


Acolhida aos Estudantes


 


 A escola tem como objetivo oportunizar ao estudante momentos de socialização, de construção de conhecimentos, atitudes e valores que contribuirão para a formação de cidadãos críticos, éticos e participativos. Desses momentos de aprendizagem, nos quais lhes é permitida a interação entre si e com os profissionais da educação, mediantes apresentações e reflexões que enfatizem a cultura, o civismo, respeito ao próximo, a si mesmo e à pátria. Os estudantes são organizados por turma com os seus respectivos professores no saguão de entrada da escola. Cada dia da semana um professor é responsável pela acolhida, onde são feitas apresentações: cantam músicas, cantam parabéns aos aniversariantes do dia, fazem oração e são dados os avisos, quando necessários, pela Equipe Gestora. O ciclo é encaminhado às salas de aula e a pegar o lanche. Essa acolhida é feita das 7:00 às 7: 15 h e das 13:00 às 13:15 h.


 


Acolhida da Comunidade


 


 Os pais são convidados a participarem das reuniões de pais, do Conselho Deliberativo de Unidade Educacional (CDUE) e da Assembléia Geral. Sendo atendidos, sempre que solicitadas informações acerca do processo de ensino e aprendizagem. Oportunizamos aos pais participação de todas as atividades que há na escola (aula de campo e festas comemorativas).


 


Históricos da Escola e Perfil Social da Comunidade Escolar


Data da Criação e Breve Histórico da Escola


 


A Escola “Tenente Octacílio Sebastião da Cruz” surgiu a Associação de Moradores do CPA III, da qual era setores 1, 3 e 4, junto à Prefeitura de Cuiabá, em 1987.


No ano de sua fundação a Escola funcionou, em regime emergencial, no Centro Comunitário “Aurélio Cândido da Cruz”, setor 03 do CPA 3.Em 14/03/88 foi inaugurada a Escola Octacílio, no local onde continua funcionando até hoje, porém, a escola continuou funcionando no Centro Comunitário por mais um ano.


O primeiro diretor, em 1987, foi o professor Luiz Cabral, sendo seus sucessores, professora Maria Madalena Fernandes, professor José Carlos Rodrigues, professora Nair Ribeiro de Jesus, professora Marinalva de Barros Neves e professora Josimairi Francis Herculano Rodrigues.


A partir de 2011 a Escola passou a atender somente a modalidade de Educação I e II e o 1º ciclo. Neste mesmo ano, a Escola foi contemplada com o Programa “Educa Mais”, que trouxe inúmeras melhorias. Em 2013 o Programa “Educa Mais” passa a denominar-se “Mais Educação”.


 


 


Informações sobre o Patrono da Escola


 


 


O Sr. Octacílio Sebastião da Cruz, nascido em 20 de fevereiro 1925 no município de Cuiabá, começou sua vida profissional no exército, no qual chegou a tenente; nunca trabalhou diretamente na educação, mas criou 8 filhos com maior dedicação, apenas 3 filhos frutos do seu casamento e 5 filhos eram crianças órfãs e abandonadas e a admiração do seu filho, sendo um entre os cincos órfãos adotados que na época era presidente da Associação de Moradores “Carlito Cruz” que levou a patrono desta escola.


O nome escolhido para a escola, em 1987, foi uma sugestão dada pelo 1º presidente da Associação de Moradores, mas em 1988, após a inauguração do novo prédio, foi feita uma eleição entre todos os moradores nome vencedor foi o que a Escola possui até hoje “Ten. Octacílio Sebastião da Cruz”.


 


Contexto Social da Comunidade


 


 


O surgimento da Morada da Serra se deu a partir da mudança do Centro Político Administrativo, do centro da cidade para a Avenida Historiador Rubens de Mendonça, e, também, por necessidade de expansão da cidade para esta região, em virtude de grande fluxo de imigração e migração.


A Grande Morada da Serra, hoje, está dividida em CPA I, II, III e IV. Como bairros adjacentes Mato Grosso, Jardim Brasil, Novo Paraíso, Três Barras, Altos da Serra, Dr. Fábio, 1º de Março, Vila Rosa, Nova Conquista, e entre outros.


No início da formação do CPA III, os seus setores eram administrados pela


Associação de Moradores, sendo hoje dividido, ficando uma associação para os setores II e V e outra para os setores I, III e IV.


O núcleo CPA III (Administrativo) foi entregue à população em 1982. Este núcleo está divido em 5 (cinco) setores.


Em cada um dos setores I, II, III, IV há uma escola estadual com uma quadra de esporte coberta. Algumas preservadas e outras depredadas. O único setor que não possui estes benefícios é o setor IV o qual possui apenas uma escola municipal, sendo a Emeb.Ten.Octacílio.


O bairro conta atualmente com um posto de saúde, escola e creches públicas e privadas, igrejas de várias religiões, farmácias, academias de ginástica, bares e restaurantes.


Supermercados, praças, ginásio de esportes, correio, bancos, posto de gasolina. Lar dos idosos, cartório, espaço cultural, biblioteca. DETRAN, Parque da lagoa Encantada onde funciona o escritório da subprefeitura de Cuiabá, Regional Norte.


Há também no entorno da escola várias Instituições Filantrópicas com as quais a escola sempre busca parcerias como: Instituto dos Cegos, Obra Kolping, Casa de Recuperação de Viciados “Lar Cristão”, Centro de Convivência de Idosos e miniestádio de futebol.


 


Missão e Perspectiva


A escola pretende ser democrática, atuante, parceira da comunidade escolar, partindo dos princípios políticos pedagógicos da Escola Sarã.


 Apresentando como missão proporcionar, aos estudantes, a possibilidade do autoconhecimento, favorecendo a construção cultivo de suas potencialidades, a harmonia interior e o saber científico, mediante um processo educacional inclusivo, atualizado, tecnológico e globalizado, valorizando os nossos profissionais, incentivando a elevação do nível da proficiência dos mesmos.


 


Metodologia de Projeto


 


A escola pretende formar cidadãos autônomos, críticos conscientes e participativos na sociedade para que possa transformá-la. Por isso essa autonomia, curiosidade, criticidade de ser desenvolvida desde a educação infantil.


Desenvolvemos, em nossa escola, o Programa União Faz a Vida, resultado da parceria entre a Cooperativa Sicredi, em conjunto, com a Secretária Municipal de Educação (SME), que são trabalhos com projetos, mas leva o estudante a ver, observar, experimentar e levantar hipótese com os assuntos de seus interesses.


O professor trabalha respeitando os direitos de aprendizagem e as capacidades contidas na matriz curricular.


O papel do professor é estimular o estudante a participar dos debates, dos trabalhos em grupo mediando e intervindo quando necessário.


Para construir o projeto o professor parte da intenção, traçando os objetivos claros conforme as necessidades de seus estudantes estabelecendo metas a serem alcançadas e problematizando o assunto. Depois prepara e planeja o desenvolvimento das atividades, traças as estratégias, dimensiona o tempo.


 


A EMEB Tenente Octacílio Sebastião da Cruz acredita que um dos critérios é analisar se o material a ser utilizado atende a necessidade da proposta pedagógica da escola, se o material é de boa qualidade, se esta compatível com a idade dos estudantes, como livros, jogos e banners.


 


Diagnóstico da Realidade Escolar


 


 


Para saber da realidade da nossa escola, contamos com a contribuição da Avaliação Institucional (AVI), que contribuiu de forma significativa na sistematização e análise das informações coletadas sobre a EMEB “Tenente Octacílio Sebastião da Cruz”.


A AVI oferece a oportunidade de a comunidade escolar discutir, analisar e refletir sobre dados de todas as dimensões (condições físicas e materiais da escola; gestão escolar democrática; profissionais da escola; acesso, permanência e sucesso dos estudantes na escola; currículo e práticas pedagógicas).


Partindo dessas dimensões que analisaremos os três eixos da escola:


Administrativo; Eixo Comunitário; Eixo Pedagógico. Assim partiremos para um Plano de Ação.


 


Avaliação Institucional e Atualização do Projeto Político Pedagógico - PPP


 


 O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento norteador nessa perspectiva, nossa escola buscou expor neste Projeto e deseja realizar, objetivos, atividades pedagógicas, como as funções administrativas.


 Para alcançarmos os objetivo e metas importante que esteja embasado em uma administração decisões sejam transparentes, democratizadas e que o seu processo de avaliação e revisão seja constante, oportunizando reflexões para possíveis estratégias de aprimoramento e/ou mudanças de direção e caminhos.


 


 


 


Avaliação do PPP considerando as dificuldades superadas e os novos desafios a serem enfrentados: periodicidade de acompanhamento do PPP ao longo do ano letivo


 


 A intenção é poder acompanhar as metas e objetivos contidos neste documento de maneira a transformá-lo em um planejamento para projetos de curto, médio e longo prazo; tornando este mais acessível a todos os envolvidos na comunidade escolar, e assim fazer suas atualizações bimestralmente.


 


1.3 Observação em sala de aula


 


O estágio de observação foi realizado de 10 a 14 de outubro de 2016, na Escola Municipal de Educação Básica “Tenente Octacílio Sebastiao da Cruz”, onde observamos o espaço físico e as atividades pedagógicas que contribuíram em nossa aprendizagem profissional e acadêmica, somando saberes para a nossa prática docente.


O contexto escolar é parte integrante dos conhecimentos dos professores e inclui, entre outros, conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, seus interesses, necessidades e dificuldades, além de um repertório de técnicas de ensino e de competências de gestão de sala de aula. (SBEM, 2003, p. 21).


O meio escolar fornece informações necessárias a vida dos alunos, estagiários, professores e família, ocasionando a sequência do aprendizado no decorrer dos anos passando ao professor e a família a grande responsabilidade do trabalho contínuo de auxiliar os alunos dentro e fora da sala de aula.


O estágio de observação constituí-se em momentos de reflexão sobre os meios de se ensinar em sala de aula, chamando-nos atenção para a realidade de nossa educação na atualidade, propondo-nos mudanças educacionais na preparação docente voltadas e significativas para nossas crianças que necessitam de atendimento afetivo, intelectual e emocional, exigindo do professor maior preparação cognitiva, estabelecendo uma boa relação com o aluno, para então, sanar as dificuldades que surgem durante a vida de transmissão de aprendizagens educacionais, oferecendo aos discentes uma educação de qualidade nos conceitos teóricos e práticos de ser, fazer e saber fazer, realizando o ato da inclusão em todos os aspectos de nossa educação que requer a aceitação das diferenças que vem surgindo com a modernidade.

Já o Parecer número 21, de 2001, do Conselho Nacional de Educação, define o estágio,

Como um tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário [...] é o momento de efetivar um processo de ensino/aprendizagem que, tornar-se-á concreto e autônomo quando da profissionalização deste estagiário.

Para adquirirmos experiências educacionais que nos servirão de base para socializarmos conceitos eficazes em sala de aula, propõe-se uma relação de professores com anos de realizações educacionais, passando informações para o aluno acadêmico que necessita de auxílio na construção de ideias e bagagens que serão repassadas teoricamente com ações práticas aos educandos.

Observou-se na sala estagiada do terceiro ano, uma clientela de vinte e cinco alunos entre meninos e meninas, em uma sala ampla com dois ventiladores, lâmpadas, janelas de vidro, mesas, cadeiras, dois armários de aço, lousa e cartazes (tabuada e sílabas complexas). Os alunos sempre atentos as atividades em sala, copiando, participando, mostrando interesse no planejamento da professora regente, sempre mediando o momento da construção dos fazeres pedagógicos atribuídos durante as aulas.

Neste período a professora regente trabalhou as disciplinas de Ciências: Alimentação (comentou sobre a atividade extra-classe que se realizou na Feira do Porto pedindo para que os alunos representassem em desenho, com exercícios de fixação na lousa), Português (trabalhou exercícios de revisão na lousa, preparando os alunos para a prova Ana: Sinônimo e Antônimo), Matemática (aplicou vários probleminhas envolvendo as quatro operações),Educação Física (atividades na quadra: correr, saltar, percurso) e Arte(ensaio de músicas para apresentação do Dia das Crianças com instrumentos recicláveis).     


 


2. RELATO DA EXPERIÊNCIA DURANTE A REGÊNCIA

Dos dias dezessete a vinte e um de Outubro, após o período de observação e orientação da professora regente da sala do terceiro ano vespertino, aplicamos o nosso planejamento em sala, acompanhadas pela professora titular. Fomos bem aceitas pelos alunos, durante as aplicações dos conceitos e das atividades tanto escritas como orais.

Para França (2003):

Há algo a ser aprendido pelos futuros professores no ambiente escolar, mas que não se ensina, pelo contrário, deve ser vivenciado no dia-a-dia de cada escola, de cada sala de aula. [...] Cabe, porém, uma parcela de responsabilidade, e não de “culpa”, a todos que estão diariamente em contato com a situação de ensino, seja na escola ou na universidade no sentido de tornar claros os propósitos desta prática. (p. 07).

O momento da regência é a certeza e a responsabilidade daquilo que estamos escolhendo para nossa vida profissional, colocamos em prática as teorias aprendidas na vida acadêmica no propósito de mostrarmos o que observamos e aprendemos durante o estágio, já que, demonstramos nosso dinamismo e criatividade diante dos alunos, a partir de experiências adquiridas com os mesmos em sua realidade de vida, planejamos a partir das necessidades desses alunos, cabendo um olhar de atenção e auto avaliação daquilo que aplicamos, dos pontos positivos ou negativos que surgiram durante esse período.

Aproveitamos todo o tempo das aulas para ensinar, explicar e orientar de maneira atenciosa cada aluno, com correções no caderno, sempre incentivando a capacidade pessoal de todos, não esquecendo de favorecer o desenvolvimento do raciocínio, integração, inclusão das competências que cada um possui.

Nas aulas de Português treinamos palavras simples e complexas, separação de silabas, formação de frases, textos, interpretação, leitura, cópia, aumentativo, diminutivo, plural. 

Em Matemática aplicamos números ordinais com operações de multiplicação, envolvendo a tabuada de dois a cinco, onde realizamos uma gincana de incentivo ao estudo da tabuada, para melhorar a assimilação e a facilidade em resolver situações problemas no dia a dia, tornando esse momento de grande significação.

Trabalhamos também um texto sobre “Humildade”, para melhorar a convivência e o respeito em sala, derrubando as desigualdades que surgem no ambiente escolar, precisamos aprender com as diferenças dos outros, porque não vivemos sozinhos, mas sim, necessitamos do próximo para estarmos realizados como cidadão dentro desta sociedade carente de respeito, amor, ocasionando a evolução do ser humano através da educação.

Fomos elogiadas pela professora regente porque promovemos através desse texto uma reflexão que foi de encontro com a situação, para evitar indiferenças e promover a interação e a união da sala.

CONSIDERAÇÕES

Durante o período de estágio adquirimos novos saberes e instruções com aqueles que ali trabalham e com a professora regente. Foi um momento de aprendizagem educacional que serviu-nos de base para a carreira docente. Aprendemos com os alunos a importância de uma boa preparação cognitiva que flua na relação de interação entre todos da sala. Entendemos também que há vários motivos para se trabalhar diversidades e a inclusão em sala, para sanar possíveis conflitos que possam surgir durante o ano letivo, trazendo soluções positivas de respeito, amizade e socialização entre alunos, professores e família.

Quando assumimos a sala, na regência, houve interação entre os alunos e estagiárias nos questionamentos, nas respostas das atividades, na amizade dentro e fora da sala e no momento das dúvidas.

Obtivemos grande aprendizagem educacional no momento da observação e da regência, não apenas com pontos positivos, porque, os pontos negativos servem para melhorarmos e ampliarmos o nosso conhecimento educacional, aquele que ensina nunca cessa de aprender e pesquisar, porque, vivemos em uma sociedade em que precisamos sempre nos atualizar.


O estágio trouxe-nos a certeza daquilo em que estamos nos formandos e é mais um degrau nesta grande jornada do aprender ao ensinar e do ensinar ao aprender, na certeza de formarmos cidadãos de caráter para transformamos a sociedade em um meio de respeito, igualdade, criticidade, oferecendo educação de qualidade, oportunidades e desenvolvimento.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BURIOLLA, Marta A.F. O estágio supervisionado / Marta Alice Feiten Buriola - 5° Edição revista e ampliada – São Paulo: Cortez, 2008.


FRANÇA, D. S. A realização da Prática de Ensino na perspectiva dos profissionais da educação básica. In: SELLES, S. E.; FERREIRA, M. S.; VILELA, M. L. (Org.) Formação docente em Ciências: memórias e práticas. Niterói: UFF, 2003.


PIMENTA, Selma Garrido, (org.) …[et. AL.] Saberes pedagógicos e atividade docente, 5° edição – São Paulo: Cortez, 2007.


TRACZ, M.; DIAS, A. N. A. Estágio Supervisionado: um estudo sobre a relação do estágio e o meio produtivo. 2006.


BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 21/2001.