Modinha

Virou modinha nas cidades do Brasil os dissidentes das categorias fazerem greve. Sabemos que toda greve feita pelos representantes das categorias são válidas e legítimas diante da Constituição Federal em seu 9º artigo da Lei nº 7.783/89: “asseguram o direito de greve a todo trabalhador, competindo-lhe a oportunidade de exercê-lo sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

O difícil de entender são as manifestações de protesto muitas delas feitas não pela categoria que a representa e sim por parte da oposição por não concordar com o acordo coletivo fechado entre o empregador e o seu sindicato.

Não existe no Brasil um conceito do que é oposição, geralmente é formada por um grupo fechado que ao invés de fiscalizar aqueles que estão momentaneamente no poder visando a garantir transparência em negociações e gastos, agem como um bando de meninos emburrados que perderam seu doce, se opondo a projetos e negociações só porque não foram de sua autoria.

Vemos o quão forte é o voto e como tudo pode mudar com apenas um gesto, se for para o bem, méritos daqueles que souberam aproveitar o tempo que estavam no poder e fizeram as melhorias necessárias, se foi para o mal, cabe a “oposição” fiscalizar e cobrar medidas de forma justa e organizada.

Estamos a poucos dias da Copa, chegou a hora da modinha da greve para exigir dos nossos governantes e empregadores uma remuneração justa e melhores condições de trabalho.

A Copa irá passar, a modinha perderá o fôlego durante algum tempo e assim como a programação da tarde na Globo, teremos o Vale a Pena Ver de Novo, pois estamos certos que daqui a 2 anos quando as Olimpíadas se aproximarem a modinha irá voltar e seus dissidentes irão voltar pedindo greve outra vez.

 Bruno Dias Chagas