MITOMANIA
Aquelas pequenas desculpas, que muitas vezes são usadas para nos livrar de determinadas situações inconvenientes, são como luzes de alerta mostrando que por algum motivo, estamos nos afastando da verdade. Aquela mentirinha inocente aparentemente sem maldade, ainda que, por bom motivo, pode ser uma fraqueza querendo se mostrar desde pequeno.
Tudo deve fazer parte do nosso policiamento de conduta, para discernirmos sobre o que é moralidade e imoralidade. Quando o caso vira um ato contínuo de estratégia para obter alguma vantagem ou atingir alguma meta, o que vemos é uma pessoa num círculo vicioso de mentira, que mente por qualquer motivo e para qualquer pessoa. A mentira passa a ser tão importante, que o mitomaníaco acha que aquele que não mente é que está errado. Então, ele passa a viver num mundo de fantasia e perigosamente, começa a acreditar nas suas próprias mentiras e vivenciar sua história como se aquilo realmente tivesse feito parte de sua vida. Rompe os limites da realidade, mergulha no mundo de fantasia, não difere o certo do errado e torna-se perigoso.
O mitomaníaco é um doente de gravidade proporcional ao tamanho da mentira que ele inventa e nessa hora a família e os amigos precisam de união, pois o mentiroso compulsivo precisa de tratamento, de ajuda profissional qualificada. Muitas vezes, por esse desvio de conduta, ele é tratado com desprezo. Essa doença não escolhe classe social, idade, sexo ou grau de cultura, todos podem ter passado bem perto dela, o que pode ter feito alguma diferença, são as imposições de limites aplicados pelos pais, na infância de cada um. Todos precisam respeitar algum tipo de regra de socialização, mas nem todos aceitam correções, por isso a dificuldade.
Resta apenas treinamento diário com a verdade, não importa a quem doer.
Difícil, mas não impossível.