MINHA TRAVESSURA

 

Era um domingo que parecia igual aos outros, mas o que aconteceu tudo ficou muito  fora do comum.

Minha mãe foi fazer a feira com meu pai e eu fiquei na casa dos avós. Minha avó, uma adoradora de gatos, estava com uma gata que tinha acabado de dar cria de três lindos filhotinhos.

Como eu também adoro essas pequenas criaturinhas, logo assumir a responsabilidade de ficar vigiado porque minha prima de seis anos queria brincar com os filhotinhos e a única coisa que consigo  lembrar era de que faria qualquer coisa para que nada os  machucasse.

Minha vó então foi à padaria comprar um pão para o lanche e eu fiquei sozinha com os gatos. Um deles estava se afogando em lágrima de tanto chorar e gritava como se sentisse uma dor incurável.  Eu querendo ajudar peguei-o em meus braços e o aninhei como uma mãe ao segurar seu filho em seu colo. Minha prima, atraída pelo choro dos gatinhos, também pegou um. Logo imaginei que ela iria apertar demais e pedi o gatinho. Ela não deu, então tentei arrancá-lo de suas mãos. Puxei com toda força suas pernas enquanto ela puxava na cabeça. Fato é que o coitado parou de chorar e foi colocado na caixa. Mas como minha prima era sapeca, logo pegou outro e aconteceu o mesmo que o primeiro.  

Fato é que passada a confusão, eles ficaram quietinhos e pensei  que  estavam apenas dormindo em um profundo sono.

Assim que minha avó chegou e contei do acontecido, seu queixo quase tocava o chão e seus olhos estavam tão arregalados que eu me espantei e fui para o quarto. Depois de alguns minutos, só conseguia ouvi-la chorando e  gritando, porém não entendia o  motivo. Quando meu pai chegou a casa ela contou tal história para ele, que  deixou-me de castigo por fazer uma coisa que nunca  entendi.