“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (Paulo Freire)

Professora Wislene Rosa Oliveira

Interina - Contratada temporariamente

Escola Estadual Coronel Júlio Muller

Poxoréu-MT /2016

Justificativa

            Esse projeto tem como justificativa a diversidade na convivência em relação à realidade dos alunos e por acreditar que a família é a maior parceira para o sucesso do sistema educacional dos alunos. É ainda salientado os papeis de cada entidade nesse processo de educação quando a escola trabalha datas, prazos e resultados a atingir e precisa, portanto do apoio familiar. Do outro lado, a família quer que a escola assuma o papel de educar integralmente com tarefas que vão além do ensino. Esse trabalho concebe o homem como ser capaz de assumir-se como sujeito de sua história e da História, como agente de transformação de si e do mundo e como fonte de criação, liberdade e construção dos projetos pessoais e sociais, numa dada sociedade, por uma prática crítica, criativa e participativa ( Graciani, 1997, p.310).

A escola tem interesse de aproximação em relação aos alunos, mas a comunidade escolar não consegue estabelecer um canal claro de comunicação que promova um relacionamento mais estreito e de maior conhecimento escola X aluno. O Projeto vem justamente ao encontro desse objetivo: estreitar relações conhecendo a realidade do estudante e como é o seu modo de vida. Enquanto professora, eu não tenho obrigatoriedade, mas com o projeto certamente terei uma visão mais ampla de cada ser em minha sala de aula e, passarei assim, conhecer as particularidades que possam ajudar no desenvolvimento escolar.

Objetivo Geral

 

O projeto “Minha professora em minha casa”, com base no currículo dos sujeitos envolvidos, auxiliará na construção de uma identidade autônoma, que inicia pontuada por uma pré – adolescência sadia, revelada através da formação de sua conduta.

           

Objetivos Específicos

ü      Familiarizar-se com a imagem de seu próprio corpo;    

ü      Resgatar a história de vida do aluno, tendo como fator primordial elevar sua auto-estima, possibilitando que ele se identifique como sujeito da história;

ü      Identificar e reconhecer aspectos que o caracterizam;    

ü      Reconhecer a existência de diferentes modos de ser e  viver, explorado através da diversidade cultural;

ü      Relacionar através da seqüência lógico matemática sua idade e as idades de seus colegas, uilizando-se destes dados para problematizar situações diversas;

  • Obter a confiança do aluno quanto à intimidade que se cria em visitas familiares, trazendo assim, melhor desempenho no aprendizado e na disciplina do mesmo em sala de aula;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdos Procedimentais, atitudinais e conceituais

ü      Confecção de mural com fotos das visitas;   

ü      Construção de painel com todo o projeto;

ü      Analisando área e perímetro de todas as figuras planas do painel;

ü      Explorar o tamanho da circunferência, diâmetro e raio de figuras no painel;

  • Culminância do projeto com a turma;
  • Promover momentos de explanação do projeto com os outros professores;

 

Desenvolvimento do Projeto

 

            Esse Projeto alcançará uma turma de alunos do 7ºB da Escola Estadual “Cel. Julio Mullher de Poxoréu-MT.

A oficina é uma metodologia de trabalho que prevê a  formação coletiva. Ela prevê momentos de interação e troca de saberes a partir da uma horizontalidade na construção do saber inacabado. Sua dinâmica toma como base o pensamento de Paulo Freire no que diz respeito à dialética / dialogicidade na relação educador e educando.

Isso diz respeito a uma dinâmica democrática, participativa e reflexiva que toma como fundamento do processo pedagógico a relação teoria-prática, sem enaltecer a figura do educador como única detentora dos conhecimentos.

Em oposição à pedagogia do diálogo, Paulo Freire desnuda a concepção bancária de educação; é uma crítica à educação que existe no sistema capitalista. Nessa concepção:

O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição; o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos. (Freire, 1983, p.68).

            O papel da escola se concretiza pela ação educativa. Desse modo, o trabalho do educador é tão complexo e importante que não pode ser improvisado. Cada professor, conhecendo seus alunos tem de saber o que vai ensinar, para quê e como fará isso, estabelecendo saberes específico.

Partindo de que o sujeito de nossa ação tem sua história, e de que é marcado pelo meio social onde vive, é fundamental que o corpo docente pontue estas relações possibilitando processos de aprendizagem que alcancem os níveis de cada um.

            O autoconhecimento é a base para ampliar o conhecimento do outro como sujeito de importância, que age, interage e é capaz de modificar a sociedade, através de suas ações.

            O projeto “Minha professora em minha casa”, aproximam as famílias da escola e permitem que os professores conheçam melhor seus alunos. A oficina é um âmbito de reflexão e ação no qual se pretende superar  a separação que existe entre  a teoria  e a  prática, entre conhecimento e trabalho e entre a educação e a vida (Ander-Egg, Apud Omiste; López; Ramírez, 2000,  p.178). Portanto, as oficinas são unidades produtivas de conhecimentos a partir de uma  realidade concreta, para serem transferidas a essa realidade a fim de transformá-la. (Kisnerman, Apud Omiste; López; Ramírez, 2000,  p.178).

Durante a execução do Projeto, que será em contra-turno as atividades práticas ou em grupo na sala de aula, você pode aproveitar para conversar com os alunos sobre suas atividades fora da escola e conhecê-los melhor. É claro que todo o tempo disponível deve ser aproveitado de maneira eficiente, lembrando que os relacionamentos em classe são um dos pontos mais importantes para o conversar com os alunos sobre suas atividades fora da escola e conhecê-los melhor. É claro que todo o tempo disponível deve ser aproveitado de maneira eficiente, lembrando que os relacionamentos em classe são um dos pontos mais importantes para o aprendizado.