BARRA DO BUGRES

2019

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE Pedagogia

Marcia Batista de Souza


ARTIGO

Desafio Profissional apresentado à Anhanguera-Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento das disciplinas: Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança; Didática da Alfabetização e do Letramento; Didática da Língua Portuguesa; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica: Investigação Científica. 6ª série do Curso de Pedagogia.

Tutora a Distância: Paula Silva

 

BARRA DO BUGRES

2019

 

Artigo

Docente Responsável: Profa. Tutora Paula Silva

Marcia Batista de souza

1. INTRODUÇÃO

O presente desafio profissional apresenta um plano de ação em que o tema é “minha história”, logo, com proposta de intervenção e, contudo, estratégias. O que há também por objetivos claros a atingir após toda a prática da situação didática.

É diante um projeto de intervenção pedagógica que dispõe toda discussão que, por sua vez, aplica a publico da modalidade de ensino a jovens e adultos.

Todo o projeto tem por essência certa abordagem de ênfase aos conceitos leitura de mundo, variação linguística e, sobretudo, alfabetização e letramento.

O desenvolvimento organiza-se por itens que detalham pontos importantes ao contexto educacional de jovens e adultos e, contudo, articulação aos valores culturais e éticos do indivíduo do qual é participante desta modalidade de ensino.

2. Desenvolvimento

PLANO DE AÇÃO

- Tema: Minha história

-Objetivos a serem alcançados:

- Resgatar momentos históricos e marcantes quanto fatos ocorridos durante a vida;

- Explorar entre os alunos a reflexão sobre o valor que há em cada história, a fim de, despertá-los o interesse de conhecer a história do outro.

 

- Justificativa sobre a relevância do tema:

A importância da alfabetização e do letramento para o publico alvo da EJA está sob o pleno desenvolvimento do educando de modo integral que, por sua vez, implica numa articulação entre o conhecimento de mundo e, contudo, os que assim tem por aplicação nos espaços escolares.

Desta forma, é válido destacar que o perfil do publico alvo da EJA aplica-se por questões interligadas a condições de vida, de trabalho e, sobretudo, de seus próprios interesses, logo, o que assegura respeito e, consideração às particularidades de cada um. É diante de um público que não alcançaram certa conclusão na educação básica que o ato de alfabetizar há por necessidade estar atrelado a ideia de leitura de mundo que, no entanto, parte do princípio à prática freiriana.

Com isso, pode-se apontar que a alfabetização atua sob o contexto da decodificação do código, agora, quanto ao letramento implica nos saberes de aspecto social, isto é, situações do cotidiano, como por exemplo de tais seguimentos: socioeconômico, político e cultural. Portanto, Moreira e Souza (2019) acrescenta que é relevante também:

 

[...] possibilitar conhecimentos na área das ciências humanas e sociais que contribuam para a compreensão da realidade socioeconômico e cultural dos sujeitos da EJA, os quais, em sua maioria, são oriundos da classe trabalhadora e vivenciam em seu cotidiano diferenciadas formas de exclusão social (MOREIRA; SOUZA, 2019, p.4).

 

A modalidade de ensino como Educação de Jovens e Adultos há por relevância em um trabalho que valorize sua cultura e identidade, logo, é com relação a variação linguística que fatores da língua podem ser expostos de modo explicativo e, com isso, abordado de maneira contextualizada.  

Nesse sentido, é que faz por importante esclarecer aos educandos os aspectos linguísticos que presente estão sob a fala e vivência de todos, isto é, abrangendo fatores regionais, culturais, contextuais, profissionais e naturais. Contudo, aplica em relação as expressões de origem regional como Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Dessa maneira, vale destacar que a leitura de mundo é um conceito característico às situações de teor social e corriqueiro do público alvo da EJA. Contudo, é possível depreender que atividades de prática social agrega sob uma leitura de mundo que cada individuo traz consigo para o contexto de sala de aula.

 

-Definição das ações e estratégias:

- Primeiro passo: Será pedido aos alunos que reúnam fatos da sua história de vida através de fotos, desenhos, imagens, relatos de acontecimentos históricos marcantes, viagens, dados familiares entre outros fatos que julgarem importantes da sua história e, tudo isso, para montarem um portfólio com o título “Minha história”.

É valido ressaltar que não se trata de uma exposição da situação social de cada um e sim de uma rememorização e valorização das diferentes histórias. Este será apresentado para o grupo de modo que cada um contará sua história.

- Segundo passo: Em seguida será feito uma roda de conversa para socializar alguns fatos relevantes como as semelhanças das histórias, os diferentes tipos de formação familiar e suas culturas, aspectos de migração, mudanças locais e avanços ocorridos ao longo da história que podem ser percebidos de acordo com os relatos. Na medida em que se desenvolver essa conversa e quando necessário será realizado apontamentos trazendo novas informações pertinentes ao tema.

 

- Materiais a serem utilizados: fotografias, folhas de sulfite, imagens, computador, máquina copiadora, pastas catálogos com plásticos, lápis de cores, caneta, cartolina,

caneta, canetinhas, recortes de jornal e/ou revistas.

 

- Avaliação sobre as ações desenvolvidas: Haverá por seguintes procedimentos ao final da execução:

- Perguntas: o que consideram por significativo todo este trabalho desenvolvido? Isto é, com relação ao portfólio “minha história”.

- Registro quanto participação de todos desde a montagem do portfólio “minha história” até a roda de conversa.

- Aplicação de nota será: (7) para o portfólio e (3) de participação na roda de conversa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste desafio profissional nos contribuiu e muito ao aprendizado quanto abordagem pedagógica satisfatória ao contexto da educação de jovens e adultos.

Neste sentido, o que ficou claro para nós é que conceitos quanto variação linguística e leitura de mundo são precisos ao trabalho pedagógico do professor, isto é, junto ao processo de alfabetização e letramento que se aplica ao educando.

É diante do plano de ação que construímos que novas perspectivas quanto prática pedagógica forma entendidas e, contudo, serão relevantes ao nosso contexto profissional.

Referências

BRASIL. Resolução CNE/CEB no 1, de 5 de junho de 2000. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília, DF: Ministério da Educação. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB012000.pdf.>. Acesso em: 25. ago. 2019.

BARBOZA, L. da S. Variação Linguística e o Ensino de Língua Materna: Uma análise de livros didáticos na Educação de Jovens e Adultos – EJA. Revista do Centro de Educação, Letras e Saíde da Unioeste. V. 16, no. 2, 2014. Disponível em:<http://erevista.unioeste.br/index.php/ideacao/article/view/7879.>. Acesso em: 25. ago. 2019.

DIOGO, E. M.; GORETTE, M. da S. Letramento e Alfabetização: uma prática pedagógica de qualidade. X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação. Disponível em:<https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5806_2767.pdf.>. Acesso em: 25. ago. 2019.

FEITOSA, S. C. S. Educação de jovens e adultos: memorias e lutas. Direcional Educador, São Paulo, ed. 122, ano 11, p. 24-25, mar. 2015.

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre Alfabetização. São Paulo. Cortez, 25ª Ed. 2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

JULIÃO, E. F.; BEIRAL, H. J. V.; FERRARI, G. M. As políticas de Educação de Jovens e Adultos na atualidade como desdobramentos da constituição e da LDB. POIÉSIS – Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, v. 11, n. 19, p. 40-57, Jan/jun. 2017. Disponível em:<http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Poiesis/article/view/4725.>.

Acesso em: 25. ago. 2019.

MOREIRA, R. M.; SOUZA, M. das D. A. A leitura de mundo como ponto de partida para a leitura da palavra: desafio da formação e prática de educadores de programas de alfabetização de jovens e adultos. V Seminário Nacional – Formação de Educadores de Jovens e Adultos. 13 a 15 de maio – Faculdade de Educação – UNICAMP, Campinas, SP. Disponível em:<http://sistemas3.sead.ufscar.br/snfee/index.php/snfee/article/view/209.>. Acesso em: 25. ago. 2019.

SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: contexto, 2016. 384p.