Neste dia (17/02) festivo para Capinzal (SC) ao completar sessenta e nove anos de emancipação politica administrativa, presto homenagem a terra onde nasci. Começo, lembrando o guerreiro, há sete anos encontra-se junto de Deus, um capinzalense fanático, meu Pai Brenno José Toaldo. Não havia uma vez que ao visitá-lo, ele propunha fazermos uma volta para ver o quanto sua terra amada tinha crescido. Este pequeno artigo demonstra o amor por este pequeno espaço da região do meio oeste catarinense e afirma a gratidão ao meu querido pai.

A história incrível e apaixonante de Capinzal (SC) continua inspirando muitos. Obviamente sou suspeito, pois para este que vos escreve, trata-se de um lugar fantástico, afinal é a terra onde obtive os alicerces da vida.

Cada vez que visito esta cidade, um filme passa pela minha mente e, como professor de História, posso assegurar: retroceder no tempo é a melhor forma de não deixar a mente apagar as vivências da existência! Quantas maravilhas vivenciadas neste torrão abençoado, onde se observa prosperidade, principalmente em relação a sua maior riqueza que é sua gente.

Em quase trinta anos não residindo nesta magnifica localidade, sinto uma emoção forte, de onde a lembrança se torna viva, este sentimento torna-se real ao visitar o cemitério municipal. Sim o cemitério, local sagrado, onde a verdadeira história pode ser rememorada!

Quando fazia o mestrado em história, aprendi que não se pode ter o cemitério como algo morto, mas sim na dimensão da preservação da memória. E quanta riqueza para rememorar, tanto no cemitério de Capinzal (SC) como no de Ouro (SC), cidades irmãs (separadas pelo rio do peixe). A geração mais nova ou de quem chegou a pouco tempo, deve ajudar a preservar e não desprezar os feitos dos mais velhos ou de quem partiu na tenra idade deixando seu legado. Não me refiro do prestigio econômico, político ou social, mas dos anônimos que no dia-dia deram contribuíram para a grandeza desta terra.

Apenas para elucidar, nesta história de 69 anos, tivemos a figura de Tia Bena! Você ouviu falar dela? Se não, converse com os mais antigos e será encantado com detalhes, muitos cômicos desta figura pitoresca.

Quantas boas lembranças de Capinzal: Frigorifico Ouro, rua Carmelo Zocolli, a vila operária deste frigorífico, estrada de ferro e o trem, pilhas de tábuas do Hachmann, chegada da Perdigão e início da construção, onde esta a BRF, bem como as primeiras construções neste bairro, os banhos no rio do peixe, as disputas de futsal no Padre Anchieta, as comemorações do dia da criança no cine glória, os magníficos desfiles de sete de setembro, as comemorações de 15 de setembro do Mater Dolorum, as festas de São Paulo Apóstolo (25 de janeiro) em frente a Igreja (...) enfim, as memórias que me fazem sonhar com Capinzal.

Parabéns Capinzal, parabéns ao povo capinzalense. Fica o apelo para preservar sua história, nunca esquecendo os mais simples e humildes, bem como dos pioneiros que chegaram neste chão, muitas vezes sem ter o que comer, mas nele fizeram prosperar toda uma riqueza que hoje é degustada por milhares de familiares.