METODOLOGIAS ATIVAS: uma reflexão sobre a aprendizagem na atualidade

 

Bárbara Gomes Assunção 1

Josineide Teotonia da Silva 2

 

RESUMO

 

No início de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou a população mundial sobre a pandemia do novo coronavírus. Devido às suas características epidemiológicas da doença, medidas drásticas precisaram ser adotadas em todo o mundo para tentar barrar a infecção pelo COVID-19, dentre elas o fechamento de escolas e universidades para evitar propagação do vírus e circulação de pessoas, evitando aglomerações. Nesse contexto, podemos observar que a escola não havia se preparado, nem preparado o estudante para desenvolver uma aprendizagem de maneira que não fosse através da aula presencial. Por isso, surge a necessidade de aulas remotas e com elas a implantação de metodologias ativas nos planos de aula, a busca pela melhoria na comunicação e aprendizagem significativa, são grandes desafios enfrentados pelos educadores. Essas metodologias consistem em possibilidades pedagógicas que colocam o foco do processo de ensino-aprendizagem no aprendiz, envolvendo-o na aprendizagem por investigação, por descoberta ou resolução de problemas. A principal característica das metodologias ativas de ensino é que o aprendiz passa a ter o controle da sua aprendizagem, exercitando uma atitude crítica e construtiva podendo ajudar na construção de um sujeito aprendente com mais autonomia e protagonista da própria aprendizagem.

 

Palavras-chave: Metodologias Ativas. Aprendizagem. Ensino.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
   
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1Mestranda em Ciências da Educação (UNADES-PY). Graduada em Ciências Biológicas e Especialista em Coordenação Pedagógica – Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE). Coordenadora Pedagógica do Colégio Triunfo, Recife/PE. E-mail: [email protected] .

 

2Doutoranda em Ciências da Educação (UNADES-PY); Mestra em Ciências da Educação (Universidade da Madeira –PT); Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional (UNIVERSO-BR); Especialista em Formação de Professores da Educação Básica (UNINASSAU-BR); Licenciatura Plena em Pedagogia (UVA-BR). E-mail: [email protected].

 

INTRODUÇÃO

 

 

O cenário vivenciado desde o  início do ano de 2020 nos trouxe aocaos na educação, desde o momento da comunicação da Organização Mundial da Saúde (OMS), informou a população mundial sobre a pandemia do novo coronavírus. O vírus causador do coronavírus (COVID-19) iniciou na província de Hubei, na República Popular da China (VELAVAN & MEYER, 2020). Devido às suas características epidemiológicas da doença, medidas drásticas precisaram ser adotadas em todo o mundo para tentar barrar a infecção pelo COVID-19, dentre elas o isolamento social, fechamento de fronteiras, diminuição de transporte público, funcionamento apenas de comércios e serviços essenciais, como farmácias, hospitais, supermercados, entre outros, evitando a propagação da doença e ainda diminuindo o número de mortos. (SINGHAL, 2020; VELAVAN & MEYER, 2020). Dentre as medidas restrição, incluiu-se o fechamento de escolas e universidades para evitar propagação do vírus e circulação de pessoas, evitando aglomerações (JÚNIOR et al., 2020, grifos para essa pesquisa).

Nesse contexto, podemos evidenciar que a escola não havia se preparado, nem preparado o estudante para desenvolver uma aprendizagem de maneira que não fosse através da aula presencial. E mesmo com todo o agravante pandêmico e sabendo que a educação passa por momentos difíceis, foi possível contar com a articulação dos educadores buscam por métodos e ferramentas que possam auxiliar na construção do conhecimento de seus alunos.

A implantação de metodologias ativas nos planos de aula, a busca pela melhoria na comunicação e aprendizagem significativa, são grandes desafios enfrentados pelos educadores. Tornar as aulas remotas (online) produtivas e prazerosas, utilizando-se de metodologias ativas que auxiliam os educandos a participarem ativamente, executarem tarefas e formularem seus questionamentos e sua própria visão crítica foi um elemento que deu substância agregadoras para minimizar os danos causados à aprendizagem durante este período tão sombrio de pandemia.

Contudo, é possível perceber que é necessária a evolução em cada educador diante os métodos utilizados neste momento. Devendo mais do que nunca, focar no protagonismo dos educandos, fortalecer a motivação e oportunizar aos alunos momentos de troca como opiniões, questionamentos e por fim encorajá-los a investigar o ambiente que enriquece sua aprendizagem.

 

Diante de tantas tentativas, é preciso que pensemos quais as razões que levam a escola a não conseguir satisfazer os anseios dos estudantes, nem prepará-los para os desafios da vida cotidiana. O fato não vem de uma falha na alfabetização, mas de um conjunto de fatores que se agregam e tornam a vidaestudantil em um grande dilema para estudantes e professores. Em presença do que temos, desta angústia gerada em torno da escola, o que podemos fazer para gerar numa nova tentativa de atualizar esta escola e inovar as ações para que possamos fortalecer a mudança do quadro atual no qual estamos inseridos? (TEOTONIA; MOURA, 2020, p. 194-195).

 

Nesse momento encontramos a metodologias ativas, como disse Diesel (2017) há uma possibilidade de deslocamento da perspectiva do docente (ensino) para o estudante (aprendizagem) e nessa perspectiva se justifica essa pesquisa, que conta com uma abordagem qualitativa, em estudos bibliográficos, contando com autores como Paulo Freire (2015), que salienta ao referir-se à educação como um processo que não é realizado pelo próprio sujeito, mas que se realiza na interação entre sujeitos históricos por meio de suas palavras, ações e reflexões, José Morán (2015) em seus estudos em metodologias ativas, bem como Teotonia e Moura (2020), dentre outros que fortalecem o pensamento de uma construção autônoma e protagonista para o desenvolvimento da aprendizagem.

 

 

  1. COMPREENDENDO MAIS SOBRE AS METODOLOGIAS ATIVAS

 

As metodologias ativas consistem em possibilidades pedagógicas que colocam o foco do processo de ensino-aprendizagem no aprendiz, envolvendo-o na aprendizagem por investigação, por descoberta ou resolução de problemas. Criando situações de aprendizagem cujo os aprendizes possam Pensar, fazer coisas e conceituar o que fazem, construir conhecimentos sobre os conteúdos abordados nas atividades que realizam, além de desenvolverem a capacidade crítica, refletir sobre as práticas que realizam, interagirem com professores e colegas e estudar valores e atitudes pessoais.

Metodologias ativas já é um tema abordado por diversos pesquisadores ao longo da história. Dewey (1950), Freinet (1975), Freire (1996), Rogers (1973), Bruner (1978), Vygotsky (1998), Moran (2000), Piaget (2006), entre outros têm mostrado como cada indivíduo, de diferentes faixas etárias, aprende de forma ativa, a partir do contexto em que está inserido.

É possível perceber que as metodologias ativas em cenário híbridos, integram as tecnologias e mídias digitais realidade virtual e aumentada, plataformas adaptativas, trazem mais mobilidade, possibilidade de personalização, de compartilhamento, de design de experiências diferentes de aprendizagem, dentro e fora da sala de aula, dentro e fora da escola. Permitem combinar e integrar de forma equilibrada a aprendizagem individual, onde cada estudante percorre e escolhe o percurso que quer percorrer e avança no seu ritmo; a aprendizagem em grupo, através de projetos, problemas, debates, aprendizagem por times, instrução por pares, jogos, narrativas em momentos presenciais. (BACICH, et. al., 2015).

 

É preciso parar para notar que, [...] o estudante como o sujeito participativo na construção da sua aprendizagem e o professor atento a intervir e chegar mais próximo ao sujeito aprendente, buscando compreendê-lo em sua complexidade.(TEOTONIA; MOURA, 2020, p.195).

 

As plataformas digitais se adaptam às necessidades dos estudantes e dando visibilidade tanto ao aprendiz, respeitando o ritmo, os avanços e dificuldades de cada um, o que contribui para que os docentes possam planejar melhor as atividades em sala e desenvolver melhor seu papel de orientação. Morán (2015, p. 17), acrescenta que:

 

As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa.

 

 

Muitas escolas, no entanto, se encontram em um estágio inicial, utilizam as metodologias ativas de forma pontual, dependendo de iniciativas isoladas de alguns docentes, tendo ainda enraizado na cultura escolar o modelo antigo, tradicionalista. É importante dizer que a mudança começa a partir do que fazemos de nossa prática cotidiana. Como pontua os autores Teotonia; Moura (2020, p.196):

 

A escola mudou, o mundo mudou e não poderia ser diferente com os estudantes. Mas, se tudo mudou, por que os professores continuam os mesmos? Não seria a hora de mudarmos também? Mas, como mudarmos se em nossa formação não fomos conscientizados de que precisaríamos mudar? Se formados fomos e nesta concepção estávamos prontos e acabados?

 

 

É de fundamental importância, que o professor deseje o processo de estar vinculando as metodologias ativas na sua abordagem em sala de aula e busque atuações que não teve em sua formação, mas a formação do professor precisa ser contínua para que em situações como essa que estamos vivenciando, não torne a aprendizagem mais um tormento na vida do discente. É preciso buscar a atualização e inserir na formação pessoal novos elementos que possam fortalecer e dinamizar a maneira de aprender.

Ver um aluno como protagonista de seu aprendizado significa, dentre outras coisas, oferecer-lhe autonomia, estimulando-o a busca por informação e a construção conhecimento caminhando com as próprias pernas. Isso não significa deixá-lo só, mas sim mediar o processo de aprendizagem, acompanhá-lo em seus projetos desde o início até o processo final. Nesse formato, o professor abre os caminhos para que o aprendiz pesquise os conteúdos e descubra a melhor maneira de absorvê-los, mas, para que o professor possa fortalecer isso no estudante é preciso primeiro que ele se aproprie das metodologias, se torne autônomo e protagonista também, não limitando o que precisa fazer no hoje se restrigindo ao que se aprendeu no passado. É preciso aprender a aprender e fortalecer essa aprendizagem junto com o aluno, de modo que o professor possa ser o mediador e o aprendente imerso com seu estudante num mesmo processo.

 

Tipos de Metodologias Ativas

 

 

Sabemos do vasto interesse que crianças, adolescentes e também adultos possuem quando o assunto a ser tratado envolve as tecnologias, neste contexto, vale salientar que os aparelhos tecnológicos ainda recebem grande resistência dentro do ambiente escolar e isso pode ser atribuída à falta de formação dos professores em lidar com o cenário da informação em tempo real e em apenas um clicar, que pode levar segundos para obter informações necessárias para a construção de novas aprendizagens. Morán (2015, p.26), acrescenta:

 

A comunicação através da colaboração se complementa com a comunicação um a um, com a personalização, através do diálogo do professor com cada aluno e seu projeto, com a orientação e acompanhamento do seu ritmo. Podemos oferecer sequências didáticas mais personalizadas, monitorando-as, avaliando-as em tempo real, com o apoio de plataformas adaptativas, o que não era possível na educação mais massiva ou convencional. Com isso o professor conversa, orienta seus alunos de uma forma mais direta, no momento que precisam e da forma mais conveniente.

 

Apesar de ainda constar, professores com muita dificuldade a esse respeito, as metodologias ativas surgem como uma maneira de proporcionar uma quebra paradigmática, enfatizando que o estudante possa gerir uma pesquisa, um projeto envolvendo grupos de pessoas, em duplas ou até mesmo sozinho. Contudo, a presença do professor é de suma importância para que se possa mediar o processo. Por isso, a necessidade do professor ter contato com as metodologias ativas e também ser protagonista e autônomo. Teotonia; Moura (2020, p.9), acrescenta que:

 

 

O objetivo das Metodologia Ativas é projetar no sujeito aprendente a capacidade de se colocar como agente que desenvolva o protagonismo3 na conquista da própria aprendizagem, buscando encontrar soluções para um problema ou uma situação que motivem a construção de meios para apontar alternativas que possam agregar conhecimentos e trazer estratégias para se chegar a uma aprendizagem que possa modificar a si mesmo ou o seu entorno.

 

Na sala de aula pode ser abordada uma metodologia, ou todas elas em momentos pertinentes e de acordo com a autonomia já desenvolvida pelos aprendentes. Vejamos as principais metodologias ativas de acordo com José Morán (2015):

 

  • O Peer Instruction, metodologia ativa que promove uma interação em sala de aula envolvendo os alunos numa abordagem de conceitos, estimula a troca de conhecimentos e discussão entre eles, focando nos processos e resultados obtidos em um ambiente capaz de intervir no processo de aprendizagem dos discentes, bem como, no relacionamento professor-aluno e aluno-aluno contribuindo para o desenvolvimento de habilidades como questionar, debater, escutar, fazer e ensinar.

 

  • Outros métodos utilizados são PBL (Project Based Learning) propõe a construção de conhecimento por meio de um trabalho de análise que responda a uma pergunta com uma maior complexidade, desafios ou problema. Diante de 

    uma questão inicial, os estudantes envolvem-se no processo de pesquisa, elaborando hipóteses, buscando recursos até chegar a uma solução final.

 
   
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3 (pro.ta.go.nis.mo) sm. 1 Ideia de que a ação , a interlocução e a atitude dos sujeitos ocupam lugar central nos acontecimentos. 2 Cin. Telev. Teat. Lit. Qualidade do personagem principal de tramas cinematográficas, teatrais, literárias ou televisivas. (BECHARA, 2011, p. 961).

 

  • O TBL (Team-based Learning) tem por finalidade a formação de equipes, através do aprendizado que privilegia o trabalhar em equipe para compartilhar ideias. O docente pode abordar esse tipo de aprendizagem através de um estudo de caso que é uma abordagem de investigação adequada para compreender, explorar e retratar acontecimentos.

 

  • Sala de aula invertida (Flipped classroom) é uma grande inovação no desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes. A proposta é que o aluno possa ter um contato prévio com o conteúdo proposto através do meio virtual e ao chegar na sala presencial já tenham indagações e curiosidades sobre ele Dessa forma, a sala de aula física se torna o local de interação professor-aluno.
  • O WAC (Writing Across the Curriculum) é uma metodologia ativa que enfatiza as habilidades comunicativas, especialmente a escrita. Considera a escrita como um processo de produção que só se aprende pondo em prática. Esse tipo de metodologia ativa defende a ideia de que escritas curtas e informais auxiliam o aluno a pensar sobre os conceitos e ideias.

 

 

  1. COMO UTILIZAR AS METODOLOGIAS ATIVAS EM SALA DE AULA VISANDO A FORMAÇÃO TENDO COMO BASE NO PROTAGONISMO E NA AUTONOMIA DO DISCENTE?

 

Nas últimas décadas, são incontestáveis as mudanças sociais e, como tal, a escola e o modelo educacional vivem um momento de adaptação frente a essas mudanças. Sendo assim, os estudantes não ficam mais restritos a um só lugar. Agora eles são globais, vivem conectados e mergulhados em uma quantidade de informações que se transformam continuamente. Esse movimento dinâmico enfatiza a discussão acerca do papel do estudante nos processos de ensino-aprendizagem na sua posição mais central e menos secundária como mero expectador dos conteúdos que lhe são apresentados.

 

Pois é, o século XXI trouxe a informatização e com ela o acesso aos conteúdos e plataformas que conseguem trazer o conhecimento de coisas que até nós, professores formados, desconhecíamos. E o fato é que temos um grande desafio: aprender a aprender, aprender a desaprender e aprender a reaprender. (TEOTONIA; MOURA, 2020, p.196).

 

 

Nesse contexto, as metodologias ativas situam-se como uma possibilidade de ativar o aprendizado dos estudantes, colocando-os no centro desse processo, e não mais na posição de expectador. Ao contrário do método tradicional, em que os estudantes possuem postura passiva de recepção de teorias, o método ativo busca a prática e dela parte para a teoria (ABREU, 2009). Há uma “mudança do ensinar para o aprender, o foco é desviado do docente para o aluno, que assume a ‘responsabilidade’ pelo seu aprendizado” (SOUZA, 2014, p. 285).

A característica principal de uma abordagem por metodologias ativas de ensino é que o aprendiz passa a ter mais controle e participação efetiva na sala de aula, exigindo dele ações e construções mentais variadas, entre elas: leitura, pesquisa, observação, imaginação, obtenção e organização dos dados, elaboração e confirmação de hipóteses, classificação, interpretação, crítica, busca de suposições, construção de sínteses e aplicação de fatos e princípios a novas situações, planejamento de projetos e pesquisas, análise e tomadas de decisões (SOUZA, 2014).

Em um ensino tradicional, baseado na transmissão de conteúdos, o estudante tem uma postura passiva diante dos processos de ensino e de aprendizagem, tendo a função de receber e absorver uma quantidade enorme de informações apresentadas pelo docente. Muitas vezes, não há espaço para o estudante manifestar-se e posicionar-se de forma crítica. Contrário a isso, ao desenvolver práticas pedagógicas baseadas no método ativo, o estudante passa a assumir uma postura ativa (BERBEL, 2011), exercitando uma atitude crítica e construtiva que fará dele um profissional melhor preparado.

A concepção de Freire (2015) coincide com a abordagem que envolve o método ativo. De acordo com o educador, um dos grandes problemas da educação é o fato dos alunos não serem estimulados a pensarem autonomamente. Para mitigar esse contexto, o professor deve:

 

[...] assegurar um ambiente dentro do qual os alunos possam reconhecer e refletir sobre suas próprias ideias; aceitar que outras pessoas expressem pontos de vista diferentes dos seus e possam avaliar a utilidade dessas ideias em comparação com as teorias apresentadas pelo professor (Jófili, 2002, p. 196).

 

Com base nessa citação de Jófili (2002), retomando aos pensamentos de Freire, é possível compreender que a postura do docente é significativa nesse processo da autonomia do estudante.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Podemos observar que com o fechamento das escolas e universidades como plano para evitar a disseminação da COVID-19, as escolas precisaram desenvolver uma técnica de aprendizagem de forma remota, ou seja, não presencial. Para isso, das metodologias ativas foi de suma importância, porém tem sido um grande desafio para os docentes.

A necessidade de tornar o aprendiz autônomo no seu processo de aprendizagem não é um tema atual, já vem sendo discutidos ao longo da história da educação. A proposta das metodologias ativas é estimular uma maior responsabilidade do estudante pela construção do próprio saber. Assim, aprendiz se envolve no processo de aprendizado de maneira ativa.

Desta forma, podemos concluir que as metodologias ativas são técnicas de ensino que desenvolvem a autonomia do aluno de forma integral no processo de aprendizagem, fazendo com que o processo educativo seja otimizado e mais bem- sucedido, porém um dos grandes problemas da educação atual é o fato dos alunos não serem estimulados a pensarem autonomamente, e, este detalhe tem feito grande diferença. Não seria mais interessante se em vez do professor levantar os problemas e conduzir o processo, dar a oportunidade ao estudante de poder trazer os assuntos que permeiam a sua rotina e problematizar, resolvendo e colocando as soluções em práticas que envolvem a sua realidade?

 

 

REFERÊNCIAS

 

ABREU, J. R. P. de. Contexto Atual do Ensino Médico: Metodologias Tradicionais e Ativas - Necessidades Pedagógicas dos Professores e da                                           Estrutura das Escolas. 2011. 105f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2009.

BACICH,   L.;    TANZI   NETO,   A.   TREVISANI,   F.   de   M.    Ensino Híbrido:

personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

BERBEL, N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia dos estudantes.

Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011.

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

 

              . Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

 

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