Thiago B. Soares[1]

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[1] Doutorando (PPGL-UFSCar). E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

Ao tratar um assunto à luz da ciência, devemos fazer uso de métodos e técnicas que nos permitam elucidar cada vez mais o escopo que se tem ao estudar alguma temática, para tanto há determinados parâmetros a serem seguidos, sendo esses expressados pela Metodologia e Técnicas de Pesquisa. Desse modo, o presente texto articula essa disciplina e a frase “Ter informações não é importante, saber buscá-las é” de Cláudio de Moura Castro (1998, p.29), em artigo publicado na Revista Veja. Claro, que sem deixar de ter em vista a formação profissional e acadêmica.

DESENVOLVIMENTO           

            De início, cabe ressaltar o papel que a Metodologia possui no sentido de arregimentar as teorias da ciência em seu estudo e em sua pesquisa, tanto que Minayo (2010, p.14) diz que “A metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e está referida a elas”. Assim, o lugar de ocupação dessa disciplina está inteiramente garantido pelas ciências.

            Em linha retilínea, segue a função que o papel da padronização acadêmica necessita ter em relação à formação holística do sujeito enquanto profissional. Destarte, a metodologia passar a dar ferramentas para o desenvolvimento tanto do estudo em praticamente qualquer área, no entanto, é também a maneira em que o consuetudinário ganha as idiossincrasias de ciência, em outras palavras, trilhos que os estudos formais passam. É fato, então, que fazer uso de métodos e técnicas, desde a Antiguidade Clássica, provou ser uma forma de solidificação do saber, dando as chibantes teorias o caráter de ciência, consequentemente, sua nédia evidência no ensino, ou seja, quando se aprende por um caminho é muito provavelmente pelo mesmo caminho que se irá aplicar à prática. E é nesse sentido Jean-Pierre Boutinet (2002, p. 102) ao tratar sobre a antropologia do projeto diz: “(...) a pesquisa na investigação científica seria o meio apropriado para desenvolver a influência consciente do pesquisador sobre a realidade que estuda e sobre o produto que elabora”. Não precisamos considerar somente o âmbito da pesquisa para deduzir que o sujeito na medida em que se insere na investigação ele passa a refleti-la e conscientizar-se de que seu estudo tem um longo alcance, desde si próprio até a sociedade em que ele faz parte, mas é por meio de um arcabouço de métodos e técnicas que isso efetivamente ocorre.

            Passando em revista analítica da frase de Cláudio de Moura Castro, ter informação é fulcral, contudo, o momento em que vivemos pode de fato ser mais contundente saber onde encontrar o que se quer do que tentar acumular tudo como saber, pois é sabido que nossa capacidade mnemônica não é assim tão boa. Visto isso, o saber buscar informações pode ser visto como um elemento constituinte da Metodologia, porquanto, esquadrinhar em assuntos que pouco se sabe é dar lugar ao saber, isto é, não é um todo cognoscível, sendo por esse motivo distribuído em áreas, por conseguinte, sendo entrelaçadas pela busca. Assim, é sim importante ter informação, principalmente de lugar de onde se pode buscar fontes confiáveis sobre determinado assunto, caindo dessa forma ao que inicialmente tratamos sobre métodos e técnicas para estudo, sendo esse um viés da Metodologia e Técnicas de Pesquisa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Em se tratar da Metodologia não parece ser plausível uma conclusão, sim algumas breves considerações sobre sua relação com o desenvolvimento gradual do estudante, da pesquisa e da profissionalização que essa disciplina traz. Não obstante, pouco aqui tenha sido dito sobre seus elementos, porém, o que não deve ser deixado de dizer é que a organização de tudo o que se faz, mesmo que inconsciente, tem certo método e técnica, tanto é assim que se pode saber que determinadas áreas do córtex cerebral fazem atividades mecânicas enquanto outras exercem atividades cognitivas. Desse modo, o pragmatismo que há em todas as áreas se reflete claramente nas ciências com vistas iluminar cada vez mais um dos maiores bens que a humanidade criou, o estudo.

REFERÊNCIAS

MINAYO, Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. - 29ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

BOUTINET, Jean-Pierre. Antropologia do Projeto. Trad. Patrícia Chitonni Ramos. – 5ª Ed. Porto Alegre, RS: Artemed, 2002.