RESENHA: Metafísica na Historia do Ente

Por: Prof. Francisco Carlos

 

 

Segundo nos mostra Reis, dentro de sua sistematização com relação a historicidade, os filósofos clássicos tinham sua preocupação voltada a universalização dos conceitos e, para tanto como explicar a mutabilidade, ou melhor colocando, como justificar esta questão da temporalidade, que sabemos estar intrisicamente ligada a questão do espaço geográfico? Sabemos, que a forma encontrada, esta dentro da metafísica, pois a preocupação central não estava voltada para a produção histórica, até pelo contrário, este ente segundo o pensamento dos filósofos clássicos precisa ser imutável. Agora, dentro da metafísica o que prevalece é a questão mitica e logo em seguida com a ruptura deste paradigma da “religião”. Neste ponto o “ser humano”, passa a utilizar a religião para o mesmo fim que o mito serviu, a dominação, em fase de algo inexplicavel. Seguindo a ordem cronológica, o que veremos na modernidade, é uma nova roupagem dessa pseudo salvação do ente, que no período anterior deveria submeter-se a dominação. Entretanto, na modernidade com o advento da ciência o ente continua a submeter-se porém tem algumas regalias que a religião não permitia, porém, a mesma teoria só que de roupagem nova quando entramos nas formas de governo. E com relação a mudança ou ruptura deste paradigma religioso como explicação incontextavel para os porquês e serás do ente, dentro da metafísica, não mais existiria, neste vies temos a entrada da ciência com sua sistematica busca pela razão, para minimamente explicar a vida do ser humano.

Agora, esta ciência pelo que entendemos será a substituta daquele Deus, muito utilizado como forma de agregar e aglutinar as massas, com o intuito de dar estabilidade e facilitar a pratica de dominação, entretanto a religião tem um ponto de fusão que deixa as pessoas, digamos calmas, tranquilas e dispostas a aceitar os dogmas sem questionamento, pois o lema na verdade é seguir por fé. E como a fé é o firme fundamentos das coisa que não se veem, porém se esperam. Dentro dos conceitos dos pensadores da filosofia clássica, o que podemos idealizar, é que o ente como o conhecemos ou estudamos, é produto de uma sociedade extremamente reacionária, em relação aos princípios e dogmas, quer sejam de cunho religioso ou social, e dentro dos pressupostos das ciências sociais, exatas ou humanas, existem processos desencadeados que tem uma interferência do meio ambiente, do contexto cultural, econômico e principalmente do tempo e espaço. A critica não é velada muito pelo contrario o ente que é discutido, é fruto de uma série de conceitos que invariavelmente leva-o a alienação.

 

BIBLIOGRAFIA

REIS, José Carlos

História & Teoria:historicismo, modernidade, temporalidade e verdade/ José Carlos Reis. – 3 ed. – Rio de Janeiro : Editora FGV, 2006.