MERIDIAÇÔES

                                        AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Rua por onde moro, e por onde nasci,

Se bem vejo esta simultânea rua só há por aqui.

Conhecida entre as maiores

Por cores dos carros, casas ou roupas,

Faróis que iluminam adiante, pelas direções por onde nunca me perdi.

Arvoredos enfeitam e harmonizam as calçadas,

Os parques, circos, cinemas ou  praças,

As taças, vasos, esculturas ou jarras,

Por limpezas daquilo que permanece limpo,

Pelas obrigações dos mutirões que servem a todos pra se unir.

Lindo é o movimento que passa e cumprimenta,

Das esperas dos que chegam a demora adentra,

Namorados que se abraçam e se beijam,

Casais com seus filhos são crianças que a algumas brincadeiras almejam.

Homens e mulheres por indivíduos as pessoas que se percebam,

Se esbarram pelas operações onde tem pra ficar, seguir, ou sair.

Senhores e senhoras ou rapazes e moças,

Tomando o seu diário raio de sol,

Sorvetes congelados, águas frescas,

Daquilo que se resguarda da exatidão das horas marcadas

Pela natureza a uma flor desabrochar e em seguida se abrir.

Nas idas para os trabalhos a concepção de quando o tempo descarrega os seus orvalhos,

Ou mesmo para os passeios que por quem nas rodas interferem

                                                                                            No interior dos seus meios.

Conversas que se misturam as das casas, avenidas, becos ou as das estradas,

Priorizando as cenas pitorescas deste nosso dia a dia,

Com suas paisagens desvanecedora a se redimir.

Quadros cronológicos sobre aquilo que eu nunca esqueci.

Crianças que brincam a alegria dos instantes,

Das intervenções de entretenimentos que vem a todos servir.

Dos sustos que fazem dos tombos

Por se levantar e se limpar após tropeçar em algo pra cair.

Pelas pequenas brigas que tumultuam as brincadeiras

Por algo de possessão que a vontade a faz como incursão a se descontrair.

Quando criança, as diversões servem de ações as comparações que faz das sombras a se distrair,

Ao invés de algo a ver é sempre visto,

Seguidamente reparado ou apreciado pelas admirações,

Com recepções de pessoas que ao se conhecer nunca a vi.

Entretidos com as suas pipas voando pela imensidão do céu,

Com os jogos de futebol a inebriar com as suas respectivas bolas.

Uniformes pra quem frequenta integralmente as escolas,

A intermediação dos amigos, parentes e os seus colegas carregando os seus apetrechos em suas sacolas.

Piques a vez daquele que a quem pega,

Ou pelas diversão daquilo que a momento serve de algo a se distrair.

Indústrias, comércios ou compartimentos feitos como sacolas,

Enfeites que grudam ao se juntarem sobre o passar de alguma cola,

Passando sobre algo, pelo que a alguma coisa viscosamente aprendi.

Pular sobre os colchões dos sofás e camas ao impulsos de suas divertidas molas,

Ajudar aqueles que pelas ruas precisam das suas incontáveis esmolas.

Esmolas que não significam muito quando de moedas a moedas não suprem nenhum                             valor aos preços das sacolas,

Pelo qual a tem que contribuir.

Daquilo que de estima se guarda ou de descartável a se joga fora.

Na forma de ajudar, auxiliar ou servir,

Pela dedicação, complementação ou remediação,

Os bons exemplos costumeiros,

Aos ideais caseiros,

Que fazem de um simples bem a beleza maior a se expandir.

Padeiro, leiteiro ou pipoqueiro,

As brincadeiras que pertence a todos,

Servindo de uma intensa, extensa e imensa ideia de todos se distrair.

Quem não viu ou chegou a ver?

Os carrões, aviões, iates, ou barcos a velas,

Hoje padarias, lanchonetes, restaurantes, biroscas ou botecos com as suas mazelas.

Jornaleiros, livreiros, marqueteiros ou fofocas daquelas que surgem de janelas a janelas.

Seus compositores, poetas, musicistas ou sambista a passar por aqui.

Leituras daquelas que se tornam ultrapassadas por tantas vezes a repetir.

Se bem vejo esta significante rua,

Só passa exclusivamente por aqui ou em certo ponto ali,

Esta mesma rua por onde residi.

Cresci, formei opinião e de postura pessoal me revesti.

Quem nunca a viu,

Seus carros, carroças ou bicicletas,

Dos determinados horários estipulados pelos encontros,

Por qualquer ou sequer assunto

Por algo difícil e impossível de se desistir.

Somente por uma popularidade que com os rivais compete,

Pelas pelejas dos grandes campos por campos extremamente grande,

Santa Margarida ou sobre as amadas com codinome de querida,

Por coisas boas ou pelas padarias as moscas e abelhas sobre as broas.

Pelo peixe que faz parte da vida de algum rio,

Rio que desemboca em algum mar de janeiro a janeiro.

Virgens que se resguardam as esperas dos seus cios.

Dos vícios que transforma alguém como algo descontroladamente doentio.

Dos passos que se aproximam por algo a se cumprimentar ou a pedir.

Extensão de um córrego raso ou profundo pra se medir,

Bondades por ter alguém com algo servil pra se pedir.

Escadas pra se descer ou subir,

Cenas pra se seduzir, ludibriar ou iludir,

Neste cenário conhecido como uma erva esplendorosa de nome tingui.