MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR

Se o pilar das organizações é o capital humano, investir no seu bem estar, saúde e segurança é essencial para o sucesso nos negócios. 

Cada vez mais se torna evidente que o maior ativo das empresas é o seu respectivo capital humano, mas como garantir que esse esteja em condições para trabalhar com saúde e segurança? Como garantir que riscos potenciais da rotina observada no cotidiano do trabalho não causem danos muitas vezes irreversíveis? Os riscos e acidentes podem existir por diversos motivos. Por parte do trabalhador, que pode errar por falta de atenção, cansaço ou falta de motivação, falta de preparo ou treinamento. A atividade em si pode apresentar alto risco, como por exemplo, as indústrias que lidam com substâncias tóxicas. Também as próprias relações sociais e de trabalho podem indiretamente influenciar os acidentes. Os acidentes e doenças ocupacionais são prejudiciais e custam caro tanto para o trabalhador acidentado, como para a organização. Para o trabalhador, as consequências de uma doença ou acidente ocupacional podem ser muito graves e influenciam sua vida pessoal e profissional. Para as organizações, os resultados de acidentes também são bastante expressivos e onerosos, já que terão que arcar com custos de tratamentos médicos, reembolso, indenizações e reparos de máquinas e instalações. Enfatizando o famoso ditado, com certeza é muito melhor prevenir do que remediar. Contudo, o que pode ser constatado, é que grande parte dos acidentes são sistêmicos e podem ser evitados se as próprias organizações prepararem o ambiente de trabalho e seus funcionários para que esses incidentes não ocorram. Para que haja a sustentabilidade dos negócios, com rentabilidade, eficiência, e conservação da integridade, saúde e segurança do empregado é necessário que sejam estabelecidos padrões e parâmetros a serem seguidos com disciplina, de forma a evitar acidentes no dia a dia. È clara, portanto, a importância do comprometimento das organizações e seus gestores com o bem estar de seus empregados. Afinal, empregados felizes, saudáveis e mais seguros trabalham melhor e mais eficazmente, certos de que podem contar com o apoio de seus gestores.

As organizações perceberam isso e já deram um passo á frente para a qualidade de vida dos seus trabalhadores, passaram a adotar em sua estratégia Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSS), obtendo certificações e buscando sempre a melhoria contínua. Esses sistemas auxiliam através de ferramentas e modelos de gestão que permitem ás organizações administrarem melhor as ocorrências e questões relacionadas à saúde e segurança ocupacional de seus funcionários, identificando riscos e buscando meios de mitigá-los. Em 1999, diversos organismos certificadores e entidades nacionais de normalização criaram a especificação Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) 18001, baseada na BS 8000, norma editada em 1996, publicada pela British Standart Institution e a primeira em SSO. A série de normas OHSAS 18000 é composta pela OHSAS 180001, edição de abril de 1999, e pela OHSAS 180002, que trata das diretrizes para a implementação da OHSAS 180001. A norma foi desenvolvida para fornecer ás organizações elementos e ferramentas de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) eficaz, que possa ser integrado com outros sistemas de gestão, inclusive possuindo requisitos compatíveis com os sistemas de gestão da qualidade e meio ambiente. Dessa forma, é mais fácil para as empresas à implementação de Sistemas Integrados de Gestão, já que um sistema só pode agregar vantagens ao outro. A norma visa satisfazer as necessidades das organizações que carecem de padrões e critérios de saúde e segurança ocupacional que podem ser seguidos e adotados por empresas de qualquer tamanho e tipo, sendo que essas empresas devem adequá-las á sua cultura e ás atividades rotineiras, dessa maneira, atuando de forma preventiva e proativa, otimizando processos e buscando resultados benéficos para todos. Porém, convém ressaltar que a norma não define índices de desempenho, já que esse varia de acordo com o escopo pretendido e o porte da organização.

Nádia Januário

Bacharel Administração com Habilitação em Marketing

Especialista em gestão de pessoas

Autora do livro: Tendências Globais em Gestão Treinamento e Desenvolvimento – ano 2020