MEIO

Chegando ao meio

Do quente que pede o frio

Do frio que suplica pelo quente

Ao morno

Ao que estagna

Paralisa

No centro do pêndulo

Onde o segundo não existe

No centro do universo

Onde o espaço sem o tempo

Arrancam a força

A escolha

Nem certa nem errada

No meio de mim

A divisão

Que não escolhe

E a escolha

Que não divide

Ao meio

O caminho sem direção

Assim... Sem perdas

Nem ganhos

No centro da minha vontade

Que não existe

No meio

Nem no morno