Pensar e agir em comum acordo com nosso semelhante pode parecer uma coisa simples, mas, de fato... Não é!

Podemos até querer seguir na mesma direção, mas, temos perspectivas diferentes mesmo quanto aos “mesmos” objetivos...

Para chegarmos a um bom entendimento mútuo, precisamos privilegiar e cultivar a “cultura do diálogo”.

Quando você pensa diferente acerca de determinados fatos, situações, e circunstâncias, isto pode ser visto e interpretado como incapacidade, ignorância, e incompetência pessoal, generalizando sua avaliação sobre a pessoa que pensa, sente, e vê diferente do que você...

Em qualquer encontro humano sempre acontece uma relação. E neste contato interpessoal, existe a questão cultural e a questão individual (a subjetividade de cada um).

Se agirmos, unicamente, na questão cultural a relação fica arbitrária, impositiva. Já agindo no fator individual (onde impera a subjetividade) temos primeiro que mostrar que estamos dispostos a isto. Saber o que o outro precisa/necessita. A solicitação de feedback ajuda bastante nesse processo.

O que facilita então a criação do clima é passar para o outro que estamos dispostos também, a nos orientar pelas suas expectativas e necessidades...

Um dos segredos da boa comunicação é a Liderança. Tentar entender como as pessoas recebem melhor a informação e como eu posso transmitir melhor... Esta informação!

E quando vamos transmitir uma informação devemos ficar atentos à nossa emoção (somos sempre “responsáveis” por nossas emoções e sentimentos... Nunca é o Outro!).

Precisamos ser empáticos com o nosso interlocutor (aquele que recebe a nossa informação). Isto equivale dizer que temos que nos esforçar para nos colocarmos no lugar do Outro e tentar captar como o Outro pensa... Sente...

Feito de outra forma, não seria um diálogo e, sim, um monólogo.

Quando desenvolvemos um sentimento NEGATIVO em nossos contatos interpessoais é porque alguma necessidade nossa não está sendo atendida...

As pessoas de uma maneira geral, acabam ficando estressadas, irritadas e deprimidas por não terem direito, coragem, ou espaço para falar o que pensam e sentem. Elas temem represálias e se calam...

Agora vamos combinar: Dá pra falar tudo o que se sente e pensa?

Com certeza, não, ou desencadearemos conflitos sérios.

A solução, então, está na escuta atenta do Outro, desarmando-se de quaisquer retaliações emotivas... Abrir-se para o Outro... Acolher sua demanda sem julgá-lo.

Lembre-se: “O Outro quer ser aceito na diferença que reivindica".

Reinaldo Müller