Introdução

Sabe-se que “Onto” expressa o Ser, o Indivíduo, e, no caso em questão de sua gênese. Abordaremos, pois, a gênese do Espírito e da Matéria do nosso Universo estelar, que inclui nosso Sistema, nossa Terra, nossas lutas e tantas cogitações.

Óbvio que, de início, se faça muitas perguntas, cujas respostas serão dadas no decurso da tese, ou seja, da nova teoria que ora se levanta, posto não se ter alternativa outra, que não, a que se nos revela no momento. Diga-se que, na verdade, não se trata de uma nova teoria, e sim, de uma ratificação de duas outras anteriores – as de: Allan Kardec e Pietro Ubaldi – confrontando e completando as mesmas na forma de um ajuste especial e necessário.

Para mim, é indubitável que o fenômeno da Evolução se resolve com o da Involução, ou, então, que o problema da Dor, como norma de nossa subida evolucional, é conseqüência de uma Rebeldia anterior, ocorrida nos processos genéticos da Criatura ou dos Espíritos Puros e Conscientes (EPC) no infinito de Deus-Pai, o Criador. E verificou-se que uma parte do Sistema então gerado veio a corromper-se no egocentrismo, perdendo a sintonia para com a Ordem da Lei, cujo levante teve como conseqüência direta o desmoronamento de dimensões espirituais altíssimas que, ao âmbito de nossa psicologia - que reduz o fenômeno - se entende como uma espécie de “queda dos anjos”, ou queda da criatura na condição física e material, que nada mais é que uma outra veste sua, ou seja: a dos Espíritos Simples e Ignorantes (ESI).

Entretanto, se Ubaldi, com Xavier, desenvolve Kardec como o fiz crer na trilogia dos e.Books: “Ciência Espírita: Tese Informal”, “Espiritismo em Evolução” e “Espiritismo e Matemática”, ocorre que na Ordem da Criação:

-Constata-se que tais Doutrinas, de Kardec e Ubaldi, se destoam e se conflitam por incógnita que me acompanhara por quase três décadas.

Por mais buscasse, não conseguia a solução para tão intrigante problema. E ante tais perspectivas, que claramente se conflitavam, matutava eu cá comigo mesmo: Como entendê-las? Como conciliá-las? Pois, pelo visto, uma diz uma coisa e a outra parece dizer outra coisa que parecem mui claras e mui bem distintas para meus parcos raciocínios. 

Dita solução, entrementes, fui encontrá-la na visão clara do que a mim fora permitido por amigos da espiritualidade, que, mais uma vez, trataram da Conciliação Doutrinária Kardec-Ubaldi, razão pela qual rogo paciência, serenidade e sábias reflexões dos leitores para a compreensão dos doze (12) capítulos que doravante estarei a desenvolver, os quais, como já dito, não vêm segregar Allan Kardec e Pietro Ubaldi, mas sim conformá-los ao amplexo de uma teoria única: a do “Mecanismo Ontogenético”, ou, Uno-Contínuo da Criação.

O autor:
Um aprendiz como você Leitor.