MATEMÁTICA EM CORDEL

Autor: Francisco Silva Júnior

 

I

No dia a dia a matemática

Está sempre a se apresentar.

Seja para uma conta simples

Ou para o capital aumentar.

A matemática é uma ciência

Que está em todo lugar.

 

II

Quando se está no mercado

Para comprar açúcar ou pão

Rapidinho a matemática

Entra logo em ação

Facilitando o trabalho

E mostrando a solução.

 

III

Se em dez quilos de açúcar

Foi cobrado, vinte reais

Usaremos a matemática

Para chegar aos totais.

De quebra conheceremos

Os custos individuais.

 

IV

Para comprar o pãozinho

É mais que essencial.

Recorrendo a matemática

Descobrimos na moral!

O quanto estamos pagando

No alimento matinal.

 

V

Se o quilo é dez reais

E seis pães vamos levar,

Usaremos uma equação

Pra saber o que pagar!

Cada pão pesa cem gramas,

Agora é só calcular!

 

VI

Na vendinha da esquina

Com cuidado dá pra ver

Como a multiplicação

Aos poucos vai aparecer,

No cafezinho vendido

Nos valores a receber.

 

VII

Numa garrafa de café

Que um litro venha caber

Quantas xicaras eu consigo

Desta delicia vender?

Vinte ml é a medida

Pra cada uma encher.

 

VIII

Tem também a tapioca

Pro café acompanhar

E na mesma proporção

No combo vai acompanhar.

Um e cinquenta é o valor

Quanto é que vai lucrar?

 

IX

Diariamente do bruto

Vinte por centro é devido

Para as despesas pagar

E não ser comprometido.

Garantindo a sobrevivência

Com o lucro obtido!

 

X

Mas se também por ventura

Um empréstimo necessitar

Pode recorrer aos bancos

Para o negócio salvar.

Nesse quesito é preciso

Ver os juros que vai pagar!

 

XI

Pois um pequeno valor

A juros simples por mês

Num ano pode trazer

Dor de cabeça a vocês!

Um empréstimo de mil reais

No final vai pagar três.

 

XII

É necessário cautela

Bom senso e assessoria!

Pra que o socorro pedido

Nos traga benfeitoria.

Sem usar a matemática

Fica só na teoria.

 

XIII

O sistema financeiro

É esperto e sem pudor!

Vai tentar a todo custo

Lhe vender, seja o que for.

Só entendendo dos números

Pra salvar-se do predador!

 

XIV

Todo dia a propaganda

Busca um cliente fisgar

Seja no cartão de crédito

Ou dinheiro pra emprestar!

São armadilhas singelas

Visando lhes conquistar.

 

XV

No cartão, anuncia um banco

Que os juros é uma moleza!

Você só paga o que usa,

Na oferta é uma lindeza,

Mas quando chega a fatura

Vai da euforia a tristeza.

 

XVI

Aquele sapato lindo

Que estava na promoção

Não pensou nem duas vezes

E parcelou no cartão!

No momento de pagar

Bateu a decepção.

 

XVII

Os juros antes mostrado

No bolso, parecia caber!

Como não pagou no dia

Que a fatura ia vencer,

Três sapatos no final

Pagamos sem perceber!

 

XVIII

E o empréstimo pessoal

Tá lá na conta sorrindo!

Se oferecendo ao cliente

Parecendo que é bem vindo.

Nem todo mundo percebe

Que ele está te iludindo.

 

XIX

Prestação a perder de vista

É um atrativo fatal!

Parece que cabe no bolso

Não olhamos no final,

Duzentos por cento ao ano!

É uma armadilha mortal.

 

XX

Por isso nobre leitor

Vale a pena investigar

Somar, também dividir

Diminuir e multiplicar.

Matemática não é vilã!

Está ai para ajudar..