Marrakech acolhe a segunda edição do Fórum Mundial sobre Direitos Humanos, de 27-30 de novembro de 2014.

A contagem regressiva já começou.  Marrakech, principal cidade turistica de Marrocos, está se preparando para sediar a segunda edição do Fórum Mundial sobre os Direitos Humanos (FMDR) de 27 a 30 de novembro de 2014, sob o patrocínio de Sua Majestade o Rei Mohammed VI.

Neste clima de preparação, um balanço dos preparativos e dos desafios foi informado numa conferência de imprensa em Casablanca, capital económica do país que promove o evento em nível regional e internacional.

A recepção desse fórum permitirá a Marrocos, segundo os organizadores, posicionar no debate global sobre os direitos humanos como ator em parte global, ativo e parceiro qualificado.

Nada menos do que 5.000 participantes de 94 países são esperados. Eles pretendem debater sobre os principais avanços em matéria dos direitos humanos no mundo e às restrições remanescentes hoje, no passado ou no futuro.

E para permitir aos participantes trabalhar em boas condições, o comitê organizador tem planejado cerca de 200 fóruns de discussão objeto de encontros e formação.

Os Fóruns temáticos em parceria entre os ONGs marroquinos e internacionais,  programando oficinas de formação, eventos especiais à imagem da iniciativa das instituições marroquinas, visam as atividades de seus homólogos internacionais e regionais, preocupados com  o projeto de desenvolvimento dos direitos humanos.

Para esta edição, a troca incidirá essencialmente sobre a questão da igualdade de sexos e de paridade. cujos  12 fóruns serão dedicados às mulheres.

Além disso os direitos de jovens, de menores, de imigrantes e de pessoas em situação de deficiência serão objeto de interesse de mais de 50  atividades  objeto das associações dos direitos humanos.

Os intervenientes durante a conferência de imprensa, tal como a Rede Marroquino de Economia Social e Solidária, na pessoa de seu Presidente, Sr. Ahmed AIT HADDOUT, Presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Driss El Yazami, eles  concordam que a organização deste evento em um país Africano, como Marrocos, após a organização da primeira edição na América Latina no Brasil reflete a a vontade dos povos e dos países do Sul para confirmar seus compromissos em prol dos valores dos direitos humanos e participar de forma igual ao debate sobre as preocupações em nível  regional e internacional.

Acrescentando que os países do Sul, como Marrocos, Brasil e Argentina conheceram uma dinâmica nacional e uma série de reformas, como a experiência da justiça de transição adotado por Marrocos através da Instância de Eqüidade e Reconciliação (IER),  considerado como um modelo que pode proporcionar as experiências para os países africanos áqueles que precisam da justiça de transição.

O Delegado Interministerial para os Direitos Humanos, Mahjoub El Haiba, que esteve também presente na conferência, reiterou os passos que Marrocos tomou sob as lideranças do rei Mohammed VI.

Para esse último Fórum, o objetivo comum dos intervenientes é identificar os principais problemas no campo dos direitos humanos em suas relações com o processo democrático, instando as organizações internacionais e autoridades competentes para fazer parte das sugestões, das lições e dos mecanismos de formação, de ensinamento, bem como  das conclusões sbre os aspectos normativos dos valores de direitos humanos e da consciência coletiva.  

A anotar finalmente que a 2ª edição do FMDH será uma étapa importante, porque ela se realiza na véspera de grandes momentos planetários, nomeadamente Paris em 2015 pelo clima, Beijing + 20 pela Paridade, Direitos das mulheres e Desenvolvimento do Milénio em sua visão pós-2015.

 Lahcen EL MOUTAQI

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