Marrocos-China: os contornos de uma estratégia de parceiros diversificados

Por Lahcen EL MOUTAQI | 18/05/2016 | Política

A parceria sino-marroquina abre uma nova perspectiva de relações para Africa. A visita do rei de Marrocos para a China, iniciada quarta-feira, 10 de maio 2016, visa dar um novo impulso às relações bilaterais e salto qualitativo às relações sino-africanas..

Marrocos, porta de entrada para o continente africano, é considerado como um parceiro estratégico na região.

O Reino é de facto um actor-chave na cooperação triangular. Desempenhando um papel importante no contexto político e económico de forma estável, Estes factores permitem  a Marrocos ganhar a notoriedade regional e internacional.

Os acordos assinados  entre os países europeus, árabes ou africanos fazerm do Marrocos um parceiro estratégico em termos de segurança e da luta contra as vagas de terrorismo, e estabilidade para o investimento estrangeiro nos sectores de energia renovável.

Hoje o acordo sino-marroquino é uma mensagem clara do reino de Marrocos para os países que se opõem à questão  do Sara e do acórdão do Tribunal Europeu que suspendeu os protudo do sara marroquino.

Rabat e Pequim, através das parcerias assinadas, envia uma série de mensagens fortes sobre a capacidade de Marrocos de diversificar suas parcerias e facilidades de cooperação e manter os laços de amizade Marrocos-China. 

Esta não é, contudo, uma mudança de paradigma na tradição diplomática de Marrocos. Esta diversificação defendida pelo Rei Mohammed VI é acompanhada de consolidação, de renovação e de valorização de parcerias históricas, notadamente da França, da Espanha e dos países da África Ocidental.

Na sequência, outros parceiros, neste caso, a União Europeia e os Estados Unidos foram interpelados para estabelecer as bases de relação bilateral, clarificando o seu âmbito de aplicação, de renovação de seus mecanismos e do abandono da lógica do que ele chama da dupla linguagem

 Em suas diferentes visitas reais e turnês pelo exterior, SM o Rei preocupa-se em como assegurar os acordos de cooperação, e dar mais credibilidade às acções para que a diplomacia real possa ser construtiva e não obstrutiva ao desenvolvimento.

 E através desta politica de diversificação de parceiros, Sua Majestade o Rei busca uma trajetória internacional e uma implantação estratégica de Marrocos para as próximas décadas.

 Finalmente, deve-se notar que essa ampliação de parcerias não é apenas o resultado de uma acção unilateral de Marrocos, mas confirma também que o Reino, graças ao seu modelo político, económico e social tornou-se um parceiro solicitadas e cobiçado..

 DR.Lahcen EL MOUTAQI