O apelo pelo diálogo lançado pelo rei de Marrocos, Mohammed VI, não recebeu uma resposta do chefe de Estado argelino, Abdelaziz Bouteflika. E por quê?.

O apelo do rei do Marrocos, Mohammed VI, para um "diálogo direto e franco" com a Argélia,  não tem suscitado a reação lado argelino. De fato, no discurso divulgado pela televisão marroquina, 6 de novembro de 2018, no qual o rei propôs a criação de um "mecanismo político conjunto de diálogo e de consulta" para melhorar as relações entre Rabat e Argel. Mohammed VI tem até mesmo insistido sobre  a necessidade  sem quaisquer  intermediários entre os dois países para as discussões.

Sobre o assunto: Marrocos, Argélia: Mohammed VI chama Bouteflika para um "diálogo direto e franco"

Exceto que, até o momento, o lado Argel, permaneceu num silêncio absoluto.  Sem nenhuma reação oficial.  Além de esta resposta, que está sendo usada por uma fonte autorizada do jornal argelino TSA, a qual é da opinião de que "esta oferta duvidosa (...) é um não-acontecimento que não merece de resposta formal".

Qual é a posição do presidente argelino Abdelaziz Bouteflika? Mistério. Seu silêncio diante desse apelo  chama a atenção da comunidade internacional, o que é cada vez mais pesado, diante de uma atitude  autoritária de incompreensão. Lembrando que alguns dias antes, o líder argelino tinha enviado uma mensagem ao rei do Marrocos, após um acidente de trem que entristeceu o reino.

Tem-se que anotar que a fronteira entre Marrocos e a Argélia está encerrada desde 1994.

Recordando ainda que desde 2005, Mohammed VI e Abdelaziz Bouteflika não se encontraram. Resultado o  diferendo saaraui, o que não ajudou a aproximar os dois países vizinhos. Mas uma vez o silêncio do líder argelino diante do apelo do soberano,levanta muitas muitas interrogações, as repercussões das incertezas e das inverdades sobre o diálogo  e o  futuro das gerações condiciondas  pela solução do Saara Ocidental. enfim Bouteflika responderá ou não? Assunto a seguir.

Lahcen EL MOUTAQI