A mendicidade no Marrocos, tornou-se uma forma de ganhar a vida, muita gente esteca a mão nas ruas de grandes cidades,  ou seja na esquina dos semáforos e nas principais avenidas do país.

Algumas fontes de informação avancem que existem mais de 500.000 mendigos numa grande parte do territóro de marrocos que estendem a mão. A este respeito, a cidade de Casablanca contraria somente mais de 30 mil mendigo. Mais de metade deste número seria de idosos, enquanto uma boa parte proveniente de outras regiões  e periferias.

Toda esta gente entra em ação ao amanhecer, com o único propósito exercer a  nobre profissão  implorar e rogar.

Esta forma de ganhar a vida é lucrativa, ela é em torno  de 27 bilhões de dirhans, segundo a ex-ministra do Desenvolvimento Social, da Família e da Solidariedade, Nouzha Skalli. equiparado a  uma Indústria pesada de alguma forma informal. A ex-ministra considerou o fenómeno como uma maná a ser  taxada.

O mapa da precariedade da região da Grande Casablanca estabeleceu em 2014 que o número de pessoas que vivem em condições extremamente precárias é próximo de  100 mil, 34% mulheres, 33% idosos e 21% afetados por deficiência, enquanto outras migalhas da percentagem compostas de sub-saaraianos e sírios.

 Desde então, a água tem fluido muito sob as pontes dos nossos wadis e a legião destes últimos se multiplicaram entre tempo e em genero e número.

Estes  números equivocados ou não refletem de  qualquer forma, uma  realidade em torno de Marrocos sobre aqueles que fazem da doação a caridade. Manchando as nossas paisagens quanta a prática da incredulidade e da mendicidade no ambiente social.

De acordo com o Gabinete do Alto Comissário para o Planeamento (HCP), no âmbito dos resultados do inquérito nacional sobre a percepção das familiares de algums referentes dos principais objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 33% dos marroquinos consideram a mendicidade como uma actividade lucrativa.

Para melhor desenepenhar o rol de mendicidade, alguns andam descalço, não  recuam por nada e nenhum canto da cidade é poupado. Percebe-se esta gente nos engarrafamentos, nos lados dos  semáforos, no cruzamento, no cemitério onde a tristeza e a compaixão vão em par, alguns sitios são considerados ideais para fazer a manga, em frente a mesquitas, nas entradas dos super mercados, em frente de padarias, nos parques de estacionamento, nos cafés e restaurantes, na frente dos bares, dos hammams, do hospitais, dos tribunais, dos bancos e balcões, bem cono nas escolas, nas lojas, nos transportes públicos, no souks, nos mercados, em soma em todos os lugar inclusive  no lado de nossas portas de casas, onde se implora para a esmola.

Por fim, todas as formas de mendicidade são aperfeiçoadas. confundidas entre as malandragens e as desonestidades, visando a ganhar o máximo de dinheiro com as almas sensíveis. Expondo as dores da Mãe Natureza, utilizando as crianças alugadas, drogadas ou deficientes, praticando o mutilado, fingindo de limpar o pára-brisa do carro, oferecendo-lhe caixas de lenços de papel. Alguns honestos trabalham por o com o único propósito uma moeda de preferência de cor prata, se possível, quando não é mais.

Ainda se o facto da mendicidade se tornou uma atividade de enriquecimento, atingindo algumas proporções alarmantes e proliferando nas cidades e nas aldeias do Reino, algo deve ser feito, em relação a uma pequena proporção que é realmente carente. A questão é, portanto, como erradicar essa hipocrisia social que denegra a imagem do país, cada vez preocupa e ameaça a segurança e a tranquilidade.

Quem é responsável? E como abordar este fenômeno social?  Porque tanta liberdade em relação a mendicidade? Difícil nesses casos, é de não  fazer mais a diferença entre quem está precisando e quem não é. Se tem uma emergência, é de colocar um limite a essa indecência.

 

Lahcen EL MOUTAQI

Professor- Rabat- Marrocos