Marketing esportivo
Publicado em 14 de outubro de 2013 por Carolinne Batista de Lima Rego
Faculdade Mario Schenberg
Marketing
Carolinne Batista de Lima Rego
Profº orientador Lawton Benatti
Marketing Esportivo
Futebol, o esporte mais popular no Brasil (país eleito sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016) e com maior visibilidade em termos de mídia e público, exige também, uma estratégia de marketing direcionada ao seu segmento esportivo.
A evolução histórica da gestão desportiva esta relacionada, em sua essência, ao desenvolvimento de marketing esportivo. Tal fenômeno teve seu inicio nos anos 1930, quando houve a associação de um primeiro produto ao esporte. O produto foi o cigarro e o esporte, o turfe. A associação dos dois aconteceu no tradicional Grande Premio Ascot, realizado na Inglaterra. O fabricante utilizou o nome do Grande Premio no seu produto final e ainda imprimiu, em sua embalagem, a silhueta de um cavalo de corrida.
Já no Brasil, o primeiro patrocínio esportivo de que se tem noticia foi o de carro de corrida, pilotado pelo Barão de Tefe, em uma prova também realizada nos anos 1930, na cidade do Rio de Janeiro. O patrocinador era a Cerveja Caracu.
Ao longo do século XX, a difusão de hábitos esportivos e a conformação de uma cultura de massa levaram a expansão do consumo de artefatos, equipamentos e serviços relacionados a pratica esportiva, assim como transformaram os principais eventos esportivos em espetáculos altamente veiculados pelas mídias de massa. Em consequência, o esporte-espetáculo tornou-se, nas ultimas décadas, um dos veículos de comunicação utilizados pelo mundo empresarial para difundir produtos e consolidar marcas mundiais.
Um forte impulso ao marketing esportivo foi dado nos anos 1970, quando grandes empresas multinacionais começaram a adotar estratégias globais de marketing e encontraram na promoção de eventos esportivos internacionais uma forma de alcançar um numero enorme de mercados consumidores. A Coca-Cola e a Philips Morris estão entre as primeiras corporações multinacionais que se destacaram por investir em estratégias globais de publicidade utilizando eventos esportivos transmitidos ao vivo para dezenas de países, patrocinando a Copa do Mundo e a Fórmula 1, respectivamente.[1]
Em meio a tantas mudanças no cenário futebolístico, o planejamento de marketing e o auxilio de patrocínios nos clubes brasileiros, têm cada vez mais importância e relevância dentro do clube. O patrocínio, por sua vez, tem grande participação dentro do clube, e acaba se tornando um negócio rentável.
Temos observado um número cada vez maior de empresas interessadas em investir no esporte para associar suas marcas a um produto de qualidade e que transmita uma série de conceitos positivos e que trazem maior qualidade de vida, como saúde, entretenimento, plasticidade, competitividade, emoção, alegria, etc. [2]
Dentre tantos objetivos de marketing, o esporte também exige um tratamento diferenciado, um planejamento maior e voltado ao seu público-alvo, e podendo alavancar não só o clube, como o atleta. Também, é possível realizar um trabalho para que mais ainda, fosse alavancada a marca, e criando junto com seus torcedores, uma fidelização em meio ao patrocínio, tendo esta marca como prioritária, além de fazer, de certo modo, uma propaganda gratuita, uma vez que o torcedor utiliza a camisa de seu time e nela está estampada a marca que o patrocina.
O principal objetivo de um clube dentro desse modelo é assegurar a obtenção de lucros e a manutenção de ótimos desempenhos em campo, pois isso alavancará os demais negócios do clube, que vão desde a gestão da chamada arena multiuso de seu estádio de futebol até a exploração de direitos de transmissão de jogos pela TV e comercialização do uso da marca de todas as formas possíveis. Esse modelo de gestão é característico, como já observado, da modalidade esportiva futebol, o que da certa maneira da um foco lucrativo a esse modelo de negocio.[3]
Podemos considerar hoje, o esporte como um negócio, de forma que emprega e move a cada transição, milhões de reais, clubes possuem ações diante dos atletas e decidem diretamente e indiretamente o futuro dentro do esporte do mesmo, podendo auxiliar na escolha.
O que é, afinal, o negócio esportivo? È um conjunto de atividades comerciais, técnicas e gerencias centradas na visão do esporte como negócio e como produto, o que tem no marketing esportivo sua principal ramificação .
Sendo o esporte um serviço, podemos inicialmente identificar como uma das principais características do negócio esportivo o foco na prestação de serviços de entretenimento e de apoio e conveniência os torcedores no contexto dos serviços eventos esportivos.
Portanto, o torcedor como cliente e os atletas e as equipes como principais produtos são os pilares de sustentação do negócio esportivo.[4]
O esporte se tornou um negócio de sucesso também para as emissoras de TV, que cada vez mais vendem o esporte como produto, uma oferta de entretenimento, cujo a atuação do clube no qual o telespectador é torcedor, lhe causam emoções.
É um negócio com forte poder de intermediação (as redes de TV compram os direitos de transmissão dos eventos esportivos e os revendem a seus patrocinadores e aos torcedores pelo sistema pay-per-view os varejistas vendem camisas, meias, agasalhos, uniformes, materiais e equipamentos para os tecedores e praticantes; clínicas prestam serviços aos atletas; os escritórios de advocacia atendem entidades esportivas e atletas em uas negociações e contratos; empresários e empresas negociam compras e venda de atletas; empresas de marketing e de promoção e de promoção de eventos prestam serviços para entidades esportivas e para empresas patrocinadoras do espores; agências de propaganda veiculam campanhas promocionais e de propaganda para empresas que investem nos esportes).[5]
Dentro do ambiente esportivo, também são utilizados como forma de marketing algumas ações que podem, também, chamar a atenção do torcedor e junto com o clube, obter mais lucros e assim, criar uma aliança maior com o clube, que poderá cada vez lhe render mais.
As ações de comunicação e marketing esportivo têm dois objetivos distintos: aumentar os nível de conhecimento das características genéricas e específicas da modalidade esportivo para o público em geral e segmentar suas ações com base nos níveis de identificação e de envolvimento do consumidor esportivo com a modalidade esportiva objeto dessas ações.[6]
Nos negócios, o marketing esportivo não só é de grande rentabilidade aos patrocinadores e atletas, como também é para o clube, seja ele considerado um clube grande ou pequeno. A prática possui diversos objetivos dentro do clube, como o próprio pagamento dos atletas.
O modelo da gestão é caracterizado pela segmentação das partes que interagem entre si e da suporte a decisão. No planejamento estratégico são identificados os pontos fortes e os pontos fracos, as ameaças e as oportunidades das atividades empresariais, necessárias as decisões que definem os destinos de produtos e serviços e, em consequência, o êxito ou o fracasso das organizações. Outro aspecto refere-se á sinergia das partes ou das fases que são responsáveis pela geração dos resultados planejados.
Para elaborar um planejamento estratégico que atenda as necessidades dos clubes esportivos, é necessária uma investigação completa, séria e detalhada de todo o ambiente interno, a fim de conhecer os elementos de planejamento, ou seja, objetivos do clube, objetivos das areas funcionais, desafios, necessidades de informações, processos gerenciais etc.
Dessa forma, o conhecimento intrínseco da entidade propiciará a máxima utilização dos recursos da corporação, além da aplicação para o suporte em nível operacional, com a utilização de sistemas que apoiem as tomadas de decisões nos níveis táticos e estratégicos.[7]
Por fim, o mercado esportivo não é só feito de maravilhas, é preciso ter cuidado e utilizar as ferramentas corretas, pois assim como ele pode ajudar a construir uma marca, ele pode derrubá-la.
O mercado esportivo é bastante fragmentado, pois envolve diversas formas de consumo esportivo, como, por exemplo, o mercado de consumo direto, constituído pelos torcedores e praticantes que compram ingressos para assistir aos eventos esportivos, e o mercado de consumo indireto constituído pelos torcedores que compram produtos pela internet ou no varejo.
Mas o mercado de consumo indireto é o que abrange o maior número de consumidores esportivos que assistem aos jogos pela TV, comprar revistas e jornais para acompanhar o noticiário esportivo, ouvem as transmissões de competições esportivas pelo rádio, acessam a internet em busca de informações sobre esportes, assistem a filmes e vídeos esportivos, leem livros sobre esporte, se divertem no computador com jogos eletrônicos, compram produtos licenciados de marcas esportivas , apostam na loteria esportiva, frequentam bares temáticos inspirados em temas esportivos e participam de cursos e palestras sobre esporte.
Esses novos torcedores, ligados e antenados no esporte, com demandas variadas de produtos e serviços, inteligentes e exigentes, têm atitudes e comportamentos, necessidades, desejos e expectativas diversos. É preciso conhecê-los melhor, identificar e avaliar seus comportamentos e, com base em dados e informações obtidos, planejar e implementar ações de comunicação e marketing.[8]
Referências bibliográficas:
KOTLER, Philip, LANE, Kevin. Administração de marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Halls, 2006.
POZZI, Luís Fernando. Os riscos do marketing esportivo. Rev. adm. empres. [online]. 2000, vol.40, n.4, pp. 4-5. ISSN 0034-759
SANT'ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. 8. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2009
NETO, Francisco Paulo de Melo. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: BestSeller, 2013
JUNIOR, Ary José Rocco. Marketing e gestão do esporte. São Paulo: Atlas, 2012
[1] JUNIOR, Ary José Rocco. Marketing e gestão do esporte. São Paulo: Atlas, 2012
[2] POZZI, Luís Fernando. Os riscos do marketing esportivo. Rev. adm. empres. [online]. 2000, vol.40, n.4, pp. 4-5. ISSN 0034-759
[3] JUNIOR, Ary José Rocco. Marketing e gestão do esporte. São Paulo: Atlas, 2012
[4] NETO, Francisco Paulo de Melo. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: BestSeller, 2013
[5] NETO, Francisco Paulo de Melo. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: BestSeller, 2013
[6] NETO, Francisco Paulo de Melo. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: BestSeller, 2013
[7] JUNIOR, Ary José Rocco. Marketing e gestão do esporte. São Paulo: Atlas, 2012
[8] NETO, Francisco Paulo de Melo. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: BestSeller, 2013