Não participo e não concordo com essas passeatas e marchas religiosas que estão em moda hoje em nosso país. Não creio que elas sejam uma maneira correta de se divulgar e pregar o Evangelho. Nessas multidões e por trás de todos esses mega movimentos, entre os sinceros seguem também os hipócritas, os aproveitadores, inescrupulosos, interesseiros e vendilhões, tudo em nome de Jesus, nome que se transformou em produto bom de venda de CDs, DVDs e amuletos religiosos de todo tipo, além de ótimo para promover enrustidos candidatos a alguma coisa. Para que o Evangelho seja pregado não é preciso buzinaços nem estardalhaços atrapalhando o trânsito. Tampouco concordo com aparatos para honrarias a qualquer ser humano, por mais importante que seja o seu posto político ou religioso. Jesus, o ícone maior e mais importante da história cristã, pregava o Evangelho com simplicidade, sem apelar para nenhum mega evento de sua época. Ele nunca se utilizou de anfiteatros, apenas a multidão o seguia enquanto ele libertava oprimidos, curava cegos, paralíticos e coxos. Jesus era simples e humilde. Jesus nunca teve tratamento diferenciado e nunca foi homenageado ou protegido por batalhões de guardas. Pelo contrário, os guardas o mataram. Por tudo isso eu não simpatizo nenhuma movimentação de cunho religioso, dessas que atravancam as ruas das cidades, sejam elas de qualquer segmento ou seita, pois enquanto a miséria ainda assola muitos paizes do mundo, milhões são disponibilizados para pompas e circunstâncias desse tipo, em um país de famílias sem teto, desabrigados das chuvas e analfabetos. Evangelizar é enxugar as lágrimas dos aflitos. É socorrer os necessitados e a eles levar a apalavra de Deus, como fazia Jesus, sem fanfarras nem interesses escondidos.

 Junia - 2013