INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como finalidade estudar as macrófitas aquáticas e a densidade de biomassa das macrófitas na região da Chapada Diamantina, no rio da Fazenda Pratinha. As macrófitas aquáticas são plantas que apresentam grande capacidade de adaptação e amplitude ecológica, habitando ambientes variados de águas doce, salobra e salgada, ambientes de água estacionária e corrente. Em sua maioria, são capazes de suportar longos períodos de seca. Em rios e riachos, as macrófitas influenciam na sedimentação e retenção de nutrientes, nas características físicas e químicas da água, assim como, em alguns casos, afetam significativamente a velocidade de fluxo da água (Esteves 1998).

A classificação das macrófitas aquáticas é uma classificação artificial, que possuiu diversas denominações e composições taxonômicas ao longo da história. De acordo com ESTEVES (1998b) uma das denominações mais antigas, utilizada pelos botânicos do século 19, é o termo traqueófitos aquáticos. RAUNKIAER (1934 apud ESTEVES, 1998b) chamou de hidrófitos as macrófitas aquáticas submersas e as de folhas flutuantes; IVERSEN (1936 apud ESTEVES, 1998b) propôs o termo limnófitos para designar os vegetais superiores somente de água doce; WEANER & CLEMENTS (1938 apud ESTEVES, 1998b).

As macrófitas aquáticas também contribuem com nutrientes e matéria orgânica para a água através da mineralização de detritos alóctones presos na planta, o perifíton e a planta secretam nutrientes e matéria orgânica para a água, e a macrófita aquática senescente libera nutrientes durante sua decomposição.