Nós não precisamos escrever um artigo para "descaracterizar" ou mostrar que estávamos errados quando escrevemos LULA: O GOLPE BRANCO. A realidade é que as avaliações dos processos futuros, levam em conta o passado e o presente.

O que podemos perguntar è: Houve indicios do golpe? Disso ninguem tem dúvida. E porque não ocorreu? Vem então a questão das variáveis não controlaveis seja pelas propriedades das mesmas, seja por sua inexistência no presente já passado. 

O golpe não aconteceu em virtude do CA do qual o Lula foi acometido. Qualquer pessoa por menos atenta que seja, verificou que o Lula, desde a converão do PT até o inicio da campanha, estava com severos problemas da fala, e este é o seu forte. Um pouco mais tarde, no auge da campanha ele não mais falava.

O interessante agora é percebe os esforços do Lula para banir a Dilma do apoio do PT. Não esforço, na verdade as "armações" politicas para tal finalidade. Por isso, caro(a) leitor(a). Lula: o Golpe Branco foi um exercicio vitorioso.

Jornalistas do porte de uma Lúcia Hipólito, Cristiane Lobo, Sardenberg e Arnaldo Jabor, nos ensinam que: "O que políticos falam frente às câmaras e declaram nos demais veículos é, exatamente, o contrario do que dizem in off". 

LULA: O GOLPE BRANCO.
Reinaldo Azevedo da revista VEJA, diz sobre a manchete da folha on-line Cem dias de Dilma têm calma na política e tensão da economia, que "... não faltam motivos para a oposição fazer, enfim, oposição, mas é que ela não sabe ou não quer". Em continuidade coloca "frente a frente" as democracias convencionais e a economia para afirmar que elas estão de tal forma ligada que qualquer tremor na economia reverbera como tremor na política. E vice-versa, diga-se.
Na realidade, nem há necessidade da oposição fazer oposição. O "fogo amigo" trata disso. Antes de qualquer outra coisa, necessitamos entender porque os aliados "fazem oposição" à Presidente Dilma. Para isso teremos de voltar à campanha que elegeu a Presidente e discutir o envolvimento, quase que insano, do Lula na citada campanha.
Esta discussão passa por observamos o comportamento lulista de ser durante a campanha e seus oito anos de mandato. O Lula é o tipo mais completo de ditador estadista, pois que é, ao mesmo tempo, demagogo, populista e "comediante" como diz Jabor. Ele consegue fazer o povo "comer broa" na "falta de pão" e ainda ser aplaudido com amplos sorrisos na face pela maioria do povo brasileiro. De um lado, por motivos óbvios, os beneficiados com seu Governo, o grande capital. De outro os chamados na linha da pobreza e a parte estúpida dos que estão acima desta linha.
Algumas passagens do Lula são profundamente interessantes. Vemos o Lula contar estórias "engraçadas" como a invencionice da conversa com Bush e a deturpação do que lhe disse Obama. Coisa que a mídia repetiu como se fosse o que Romário dizia ter dito Deus sobre ele: Esse é o cara! Há uma diferença, nem tanto sutil, entre "esse é o cara" e "esse é o meu garoto". Mas, convenhamos que o homem mais importante do planeta dizer "esse é o cara", dá uma conotação muito mais "íntima" no seio de uma comunidade como a brasileira do que "esse é meu garoto". Na verdade, "esse é meu garoto" poder ser entendido como "meu filhote" na America do Sul.
Outras passagens iguais foram presenciadas a todo instante antes e durante a campanha. Quem pode esquecer o caso do jegue e da moto em Caruaru, PE? Quem pode esquecer os gracejos e o correr-corre em cima do palanque e até em reuniões oficiais? Gracejos estes acompanhado por aplausos dos aduladores de plantão. Até o Collor e o Sarney!
Parece-nos conveniente, agora, fazer foco na "popularidade" do Lula para podermos compreender a postura passiva da Presidenta Dilma diante da montagem dos ministérios. Parece-nos interessante, tendo em vista o perfil psicológico da Presidente que reflete uma conduta forte, ações determinadas e com muita ênfase, constratando com a passividade acima referida.
Dilma recebeu de Lula o que se chama hoje de "herança Maldita". Claro que os jornalistas da cobertura política em Brasília já sabiam disso. Mas calaram, com as exceções de praxe, até bem pouco. Esta herança começa com o Palocci e chega a Nascimento com burburinhos de grandes nomes na Petrobras, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério dos Esportes (copa do mundo), Ministério das comunicações, Ministério da Agricultura, etc. Isso sabemos nós que não estamos em Brasília nem somos jornalistas que sabem de tudo. Mas vamos à popularidade do Lula.
O Luiz Inácio fez um governo que, não sabemos qual motivo, teve inflada a sua aprovação. O leitor pense conosco. Se o Lula tinha 80% de aprovação em seu governo, como pode a, agora, presidenta Dilma ter tido apenas 56,05% dos votos? A pergunta procede, pois, conforme dados dos institutos, 95% destes votos foram de pessoas que tinham em mente o fato de Dilma ser eleita, mas de que Lula é quem governaria. Então os votos de Dilma, indiferente de Lula, mais os votos de Lula, nestas condições, dariam mais que 80% de diferença pró-Dilma!
Esta diferença estúpida nos leva a alguns questionamentos: a) Os institutos estavam mentindo a toda hora sobre a aprovação de Lula? b) Os institutos mentiram quando disseram que 95% dos votos obtidos por Dilma vieram do chamado aqui, eleitor-Lula? Vamos partir da hipótese que a impressa não iria, sistematicamente, veicular uma inverdade atrás da outra. Neste caso 38,95% dos votos do eleitor-lula migraram para Serra! Se assim fosse, pelo menos admissível, então tudo estaria explicado. Mas não seria infanto-juvenilidade aceitarmos tal possibilidade?
Outra hipótese está sim, absolutamente viável, é que Lula nunca teve mais de 56,05% de aprovação. Isso nos leva a constatação de que a impressa não ficou atenta aos fatos. Ou, o que não seria nenhum escândalo maior que o mensalão, sabia disso e, em virtude do foguetório pro Lula pelo mundo para, entre outras coisas mais complexas no mundo das finanças, contraporem-se a Hugo Chaves, que não é nenhum santo, plantou os números encomendados pelo grande capital.
Não esqueçamos que Lula chegou a ser chamado pela impressa de o homem mais importante do mundo! Também não esqueçamos que várias Universidades, logo após o Lula ser eleito, agraciaram-no com o titulo de Doutor Honoris Causa! De acordo com o portal da UNICAP:
O Título de Doutor Honoris Causa é a distinção máxima prevista no estatuto da Unicamp. A instituição dos doutoramentos honoris causa nasceu com o intuito de distinguir personalidades eminentes que, pelo vulto da obra realizada, enriquecem a vida cultural e social.

Naquele momento Lula, por ter conjuntamente com uma dezena de pessoas, fundando uma Central Sindical e um partido político, se igualou a D. Helder Câmara; Oscar Niemeyer; César Lattes; Willy Jean Malaisse; Warwick Estevam Kerr; etc! Ou seja: A Universidade não é de fato séria. Não fiquemos tristes: O Obama foi agraciado com o premio Nobel da paz pela promessa! Conforme o Wikipédia:

O Prémio Nobel (português europeu) ou Prêmio Nobel (português brasileiro) foi instituído por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, no seu testamento. Os prémios são entregues anualmente, no dia 10 de Dezembro, aniversário da morte do seu criador, a pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade(destaque nosso).

O fato agora é verificarmos a postura do Lula frente ao já governo Dilma. Retroagindo a montagem da equipe, podemos ver como o Lula se acercou de fiéis capazes de darem as costas a Dilma ao menor sinal do seu líder. A principal figura plantada no governo pelo Lula foi Palocci, conforme já dissemos. Um político extremamente metido em escândalos. Nossa antevisão não era a queda do Palocci tão rapidamente. Mas, primeiro, uma costura do Palocci junto à oposição para dá mais suporte ainda ao anseio do Lula.
A aposta de Lula batia em duas frentes. Em uma pelo seu perfil demagógico, oportunista e, mais perigoso ainda, populista: A idéia ditatorial. Reedição de Getulio tentada, de outra forma, por Janio Quadros. Nesta idéia Lula punha fé de que Dilma se veria muito pressionada não tanto por "inabilidade política", mas, principalmente por um circo armado na base aliada que, sistematicamente, lhe viraria as costas. Isso significa que os fiéis de Lula mantinham e incrementavam uma profunda "instabilidade". Esta idéia levaria o congresso nacional a novo plebiscito em prol de um governo semi-presidencialista, ou parlamentarista, onde ele, Lula, seria o primeiro ministro.
De acordo com jornalistas da globo que cobrem Brasília, isso foi ventilado em pouco mais de um mês de governo Dilma através de uma proposta de um deputado da base aliada. Mas acontece o imponderável. O caso Palocci! Este deveria está na cadeia desde o caso do caseiro e nunca foi o predileto da Dilma. Isso é chover no molhado. Os jornalistas que cobrem Brasília sabem.
Observem que toda a luta da base aliada para manter o Palocci em uma situação insustentável até para eles, é fruto de determinação de Lula que acaba vi à luta. Tomar o caso nas mãos. Caso insustentável a Dilma decidiu, a revelia do Lula, que Palocci deveria cair fora. Tanto foi a revelia que Dilma não consultou ninguém, que se saiba, sobre as escolhas das ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti. Ainda assim um perigo para a Dilma, pois ambas são lulistas de carteirinha. Farão, com menor competência, o mesmo que o Palocci iria fazer.
Lula "sai" de sena, mas a base aliada que não suportava mais o Palocci começa, dois dias após a posse de Ideli, a mostrar "descontentamento". Já haviam plantado juntamente com a oposição (está entrando de bobinho#?) a Gleisi "trator".
Seguimos com um governo atordoado não por incompetência técnica e nem mesmo política. Mas por está, sistematicamente, sob "fogo amigo" nos bastidores. Ora, jornalistas do porte de uma Lúcia Hipólito, Cristiane Lobo, Sardenberg, nos ensinam que: O que políticos falam frente às câmaras e declaram nos demais veículos, quase sempre é o contrario do que dizem in off.
Lula não deixou uma herança maldita para a Dilma sem um propósito. E quando falamos de herança maldita, estamos indo de corruptos em ministério ao rombo nos cofre público. Um dos rombos é a amaldiçoada Copa do Mundo de Futebol. Evidente que todos os jornalistas de primeira linha, todos os políticos de primeira linha, o grande capital e o golpista, sabem o dia seguinte da AFRICA. Eventos da FIFA não são pertinentes aos países de terceiro mundo. Eles são pertinentes ao desvio de verbas (como diria Jô Soares: No popular, roubo) nesta parte do mundo.
A presidente está dentro de um complô terrível e, mesmo que já tenha percebido, como nos parecer, se encontra sem saber em quem confiar! Este é o drama vivido pela presidente. Dilma necessita de pessoas que dêem a vida por ela, incorruptíveis; pessoas capazes de dizer ao Lula: A presidente não o pode atender agora! Cidadãos capazes politicamente, mas com os predicados elencados. E não vai encontrar entre os políticos!
Diz o Jabor: "...o problema é que Dilma querer se honesta no circulo de desonestos. Para se sustentar no poder ela deve fazer com o Lula que deixava todo mundo meter a mão". Mas não apenas os políticos deveriam ficar a "vontade": Os desonestos "homens de negócios" que vivem criticando o governo pelos gastos com os servidores quando roubam o dinheiro público sem nenhum constrangimento, tiveram, e "tem" este direito em prol da governabilidade!
Mas falamos em duas frentes do Lula para o golpe. A segunda não é garantida, seria tumultuada, necessitaria das forças armadas nas ruas: Apostar que a enfermidade da Dilma não a deixasse terminar o mandato. Mas cometeu-se um erro. O vice é do PMDB que jamais abriria mão de terminar o mandato. Não por respeito para com a constituição. Por característica "programática": Poder pelo poder.
Ao terminar este texto estamos em pleno problema com o já destituído Ministro dos Transportes, o da Agricultura e o machão, já demitido Ministro da Defesa, Jobim. Cristina Lobo diz: "Se confirmada a demissão, Jobim será o terceiro ministro a perder o cargo em pouco mais de sete meses do mandato de Dilma Rousseff. Todos por decisão dela. O mais cotado para ocupar o cargo é José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça, que integra a comitiva do governo no Amazonas". Mas não. A presidenta traz o Celso Amorim, homem "encabestrado" no "portal" do Lula.
O problema é que a Presidente, sem saber com quem conversar, acaba nomeando pessoas que ela nem sabe ao certo o que são. Vejamos que nomeou, alem deste lulista "roxo", o Celso Amorim, o secretario do demitido Ministro dos Transportes. Não durou muito e a imprensa mostrou que o nome do Ministro mudou, mas a corrupção não. Pois, conforme disse Lucia Hipólito: "Quem conhece minimamente os procedimentos em um Ministério, sabe que nada chega ao Ministro sem passar pelo seu mais nobre assessor".
Por fim todo a alegria da jornalista Monica waldvolg em termos, pela primeira vez uma mulher na presidência, passará, caso não nos mobilizemos contra o golpe, como piada para os machistas de plantão: Bem feito, quem manda eleger uma mulher?

Professor Dr. Ademir Gomes Ferraz
Associado II na UFRPE