Lula pode dizer que não sabia de nada, mas é o único culpado pelo apagão aéreo observado na última semana.

Logo que assumiu o governo, Lula engavetou o processo de modernização da FAB, que previa a compra de novos aviões, além da modernização dos existentes. Dizia que o dinheiro do tal projeto seria destinado ao Fome Zero. Uma das primeiras mentiras de Lula, porque este dinheiro ainda não existia, os aviões seriam financiados por uma carteira de investimentos internacional que seria criada unicamente para essa finalidade.

Porém, logo depois, Lula teve dinheiro suficiente para comprar o Air Force 51, vulgo Aerolula, por quase R 200 milhões, para fazer turismo pelo mundo, visitando pontos remotos, como Báli, ao mesmo tempo em que faturava diárias com essas viagens ociosas. Por conta desta e outras mordomias palacianas, em 3 anos e meio Lula ficou milionário (Lulinha ficou 15 vezes milionário, por conta da injeção de dinheiro da Telemar em sua empresa, criada em sociedade com 2 petistas. Motivo? Ora, por ser filho do presidente...).

O ex-ministro da Defesa, José Viegas, junto com seus "golden boys", há 3 anos já havia alertado sobre o problema crônico da segurança do tráfego aéreo no Brasil. O atual ministro Waldir Pires não tem o direito de cobrar do comandante da Aeronáutica, de que "não foi avisado" sobre o problema. Apenas omitiu-se frente à grave situação, agravada nos últimos anos pelo aumento considerável de novos passageiros aéreos. A operação-padrão efetuada na última semana pelos controladores de vôo do Cindacta-1, que cobre Brasília e a maior parte do Sudeste e do Centro-Oeste, apenas trouxe o problema a público, o problema que o ineficiente governo petista escondia debaixo do tapete.

Enquanto o número de passageiros aumentou de 23 milhões (em 1995) para 48,5 milhões (em 2005), o investimento do governo Lula para a segurança de tráfego aéreo diminuiu de R 442 millões (em 2004) para R 285 milhões (em 2006). Seriam necessários pelo menos 3.500 controladores aéreos, porém o Brasil tem apenas 2.700 (dados da revista Veja, 8/11/2006, pg. 119).

A ANAC, criada recentemente, deveria estar resolvendo o problema do tráfego áereo. Porém, a nova entidade, infestada de petistas (como já denunciou um aviador), não disse ainda a que veio.

Obviamente, a corda vai arrebentar no lado mais fraco, como sempre ocorre nessas ocasiões. Vai sobrar para o comandante da Aeronáutica, vai sobrar para o sargento controlador aéreo. Destitui-se o comando da Aeronáutica, dá-se uma cadeia para o sargento, passa-se o trabalho para um órgão civil, faz-se um remendo aqui, outro acolá, coloca-se um petista aqui, mais outro lá, e tudo continua como dantes no terreiro dos xavantes...