Navegou, sofreu, chorou...
Ninguém ouviu o seu gemido
Abafado, censurado, até ousado...

Sofreu, banzou, morreu...
Reviveu!

Veio a semente
Que prolifera no ventre
Para cantar liberdade e dor

O tempo não tira máculas
De Lu-anda, tão censata
Pois ainda restam lágrimas
Das coisas que Lu-anda viveu

Lu-anda caminha quase só
No deserto, só brancura
Cheio barreias e agruras

Anda, Lu-anda,
Seu caminho é duro!
Tire esse entulho
Que não a deixou passar!...

Anda, Lu-anda, caminha,
Você não está sozinha,
Quero crer!