Além das ameaças que representam os  grupos terroristas organizados e os movimentos internacionais tentaculares, os serviços de segurança enfrentam cada vez mais um outro fenômeno criado pelos"lobos solitários".

Trata-se de terroristas que atuam sozinhos ou em pequenos grupos, sem vínculos diretos ou apoio financeiro ou logístico das principais organizações terroristas.

 Marrocos já foi alvo desses grupos terroristas, tendo pago um preço alto, notadamente com os atentados de Hay Farah, em 2007, decorrente de uma ameaça dos lobos solitários que cada vez mais se alastra pela região e em diferentes países.

 As autoridades espanholas reagiram aumentando as alertas, elas estão sensibilizadas quanto ao fato que elas consideram como um fenômeno permanente que ameaça as unidades e as soberanias, segundo um estudo recentemente concluído.

 Essas ameaças terroristas cada vez mais reforçadas no Norte da África, áreas consideradas de muitos riscos terroristas, onde um dispostivo de segurança foi instalado, através de baterias anti- mísseis em Casablanca, Marrocos, tudo contra é qualquer ofensiva terrorista. Mas os riscos continuam sendo cada vez mais iminentes, por causa de guerras e de conflitos raciais,  acarretando uma rede de doutrinação de jovens jihadistas.

 Marrocos, porta de entrada e saída de muitos africanos que visam europa, enfrenta um fluxo de imigrantes irregulares que complicam ainda o quadro negro,  com o reforço do controle dos pontos de acesso das cidades e dos postos fronteiriços que refletem ainda mais a preocupação das autoridades em nível de vigilância, chamando as Forças Armadas Reais e o exercito contra qualquer ameaça terrorista aérea.

 Marrocos informa sobre as medidas de segurança e sobre as ameaças de segurança  que tornam a região do Magrebe inteiro a meira de uma Guerra. De fato, há uma forte inquietação que paira no horizonte e os riscos de ataques terroristas que ameaçam a estabilidade de Marrocos. Recorda-se a triste acontecimento de maio de 2003 que parou o país, as autoridades elevaram o nível de vigilância, conforme anunciou Mohamed Hassad, Ministro do Interior, há alguns meses atrás.

 Face ao caos no qual vivem alguns países da região, os estudos e expertos alertam sobre o risco de utilização  dos aeronaves e outros equipamentos militares pelos terroristas.

 Razão pelo qual o reforço de medidas e de salvaguardas intervém paralelamente com o novo arrastão de serviços de segurança. O Ministério do Interior tem anunciado na quinta-feira passada, o desmantelamento de uma célula terrorista, ativa em várias cidades do Reino.

 Os membros dessa célula foram presos em diferentes cidades, principalmente no norte, como Tetouan, Fez e Fnideq. Eles são acusados ​​de trabalhar em uma rede cujo objetivo é doutrinar e assegurar o apoio financeiro aos combatentes marroquinos e estrangeiros, ligados ás fileiras da nova estrela de organizações terroristas, Estado Islâmico, o mais conhecido pela sigla Daesh que semeia o terror no Iraque e na Síria.

 Além disso, vários jihadistas marroquinos, origem de alguns cidades como Fnideq, custearam a recente crônica após a divulgação de vídeos que mostram a comemoração de suas vitórias, notadamente, posando com cabeças decapitadas. 

 Elementos perigosos foram detidos, informado que eles não iam se contentar de envio de jovens para reforçar as fileiras de Daesh, mas praticar atos terroristas em diferentes localidades  e semear terror em pontos estratégicos de Marrocos. "As investigações mostraram que os membros dessa célula planejavam a execução de atos terroristas dentro do Reino, usando armas de fogo e explosivos." Sendo os projetos de jihadistas marroquinos no Iraque e na Síria, visam trazer uma formação avançada na fabricação de explosivos e nas técnicas de guerrilha. Por isso, as questões irromperam nos últimos meses sobre o futuro de centenas de marroquinos envolvidos em batalhas no Iraque e no Levante.

De qualquer forma, Rabat parece apertar o cerco em torno das células que recrutam jovens para enviá-los para o campo de batalha, ou aqueles que estão planejando para perpetrar ataques em solo nacional. Além disso, os serviços de segurança desmantelaram mais de 18 células jihadistas entre 2011 e 2013, a última operação foi realizada em colaboração com as autoridades espanholas.

Para isso, toda sociedade foi informada dos eventuais atos terroristas para e das ameaças que visam a estabilidade do continente,  neste sentido, Marrocos informou sobre "a estreita colaboração entre os serviços dos dois países na luta contra o terrorismo", segundo um comunicado do Ministério do Interior espanhol. Para Marrocos, "esta operação é parte da abordagem pró-ativa que visa a segurança, a luta contra essas ameaças."

 Rabat foi um dos primeiros a tirar o alarme, desde muitos anos, em relação ao aumento de grupos terroristas, encorajados pela fraqueza do aparato institucional de vários países da região e do Sahel.

 A liderança de Marrocos neste domínio é confirmada internacionalmente. Diante disso, Mbarka Bouaida, Ministra delegada aos Negócios Estrangeiros, assinou na semana passada com Tina Kaidanow, Goodwill embaixadora Americana, itinerante e coordenadora contra-terrorismo, um acordo de cooperação triangular em mateira de formação de segurança.

 Obrando no sentido de compartilhar o conhecimentos com os países do Norte e da África Ocidental. Reforçando as iniciativas que possam conjugar os esforços contra  as dificuldades e teimosia de Argélia que considera tal problema de luta como uma “caça reservada”.

 Apesar disso, vale ressaltar que esta ameaça é séria, ela requer uma abordagem global e integrada, combinando as medidas de segurança, as acções mais transversais, a imagem da iniciativa real que se preocupa para formar os imãs africanos e propagar um Islã moderado e tolerante.

 Lahcen EL MOUTAQI