LIteratura no mundo bíblico: Os gêneros literários na bíblia

Entre outras exigências, em relação à leitura e interpretação do texto bíblico, é necessária uma dose de atenção sobre os gêneros literários. Além de uma leitura orante, ou para que a leitura orante seja mais frutuosa e melhor possamos ouvir a voz do Espírito que fala pela palavra sagrada, é necessário procurar entender o que está “por trás das palavras” da escritura.

Caso contrário corremos o risco de usarmos a palavra de Deus para transmitirmos as nossas opiniões e ideias. A palavra de Deus é eficiente por si mesma, como diz Isaías aos que retornam do exílio. Afirma o profeta a respeito da palavra que sai da boca de Deus: “Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão” (Is. 55,11). A palavra é eficiente, mas o ministro da palavra não o é. Por esse motivo é necessário que o ministro colha todas as informações a respeito do texto bíblico sobre o qual deseja discorrer para ser fiel mensageiro e não usurpador da palavra.

Em nome dessa fidelidade é que se estuda cada texto em busca de suas características e de sua base histórica. Os gêneros literários, a crítica das formas1, informações históricas, antropológicas e sociológicas sobre o ambiente de origem do texto... são alguns dos elementos que devemos considerar ao ler o texto bíblico. Em outras palavras: as ciências ajudam o homem de fé a ampliar seu conhecimento a respeito das bases de sua crença. E a pregação, para ser fiel ao que Deus deseja, precisa ser fundamentada, não em convicções pessoais, mas no estudo de aprofundamento teórico.

Entretanto, é recente essa preocupação com o estudo e compreensão do texto a partir de critérios literários. Pelo menos é o que nos informa Cassonato (2011), ao dizer que:

Em um passado recente não se colocava dúvidas e nem se faziam perguntas pelo texto sagrado. Tudo era aceito sem dificuldades e nem mesmo se perguntava por diferenças. Mas nos últimos anos a humanidade voltada para a pesquisa, a descoberta de novas fronteiras do conhecimento fez com que os estudiosos da Bíblia começassem a se perguntar, sobre o próprio texto bíblico, como se originou, como entender as contradições, etc.

Todo o desenvolvimento do estudo Bíblico fez com que se localizasse na própria Bíblia inúmeros gêneros literários. Isto foi de fundamental importância para ajudar os estudiosos da Bíblia a ler o texto e ter uma compreensão mais ampla. (CASONATO, 2011)

Além disso, aceitava-se o texto tal qual ele aparecia, “ao pé da letra”, sem se levar em conta inúmeras situações e textos contraditórios entre si. Exemplo disso são o sermão da montanha, em Mateus (Mt 5,1-12) e o mesmo discurso de Jesus, pronunciado na planície, no evangelho de Lucas (Lc 6,17-26). Em Mateus Jesus começa o discurso com um: “felizes os pobre em espírito” e Lucas diz apenas: “Felizes os pobres”. Ou seja, pequenos detalhes demonstram que mesmo os evangelhos Sinóticos não são assim tão iguais.

Essas pequenas – ou as vezes grandes – diferenças é que pedem uma análise mais cuidadosa. E isso só passou a ser possível de se fazer com maus segurança e profundidade há poucas décadas, pois antes não havia elementos teóricos ou científicos para perceber que as discrepâncias no texto atual resultou do seu processo lento e longo de formação, passando pelas mãos de inúmeros redatores. E, justamente essa riqueza na formação, propiciou o desenvolvimento dos diversos gêneros literários bíblicos que ultrapassam a classificação tradicional dos gêneros literários.

O redator final do texto bíblico fez o que o autor do evangelho de Lucas diz ter feito. Dirigindo-se a Teófilo, explica sua intenção: “redigir para ti um relato ordenado, depois de ter investigado tudo cuidadosamente” (Lc 1,3). Ou seja, de tudo que se falava e que já se escrevera o autor seleciona aquilo que lhe permite fazer o “relato ordenado” para que se entenda o que ocorreu. E, diante da indagação sobre um conjunto completo de anotações, ou um relatado completo de tudo que Jesus fez e ensinou, é João quem nos responde, no último versículo de seu evangelho: “Ora, Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se todas elas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seria preciso escrever.” (Jo 21,25). (Notemos que aqui já existe uma particularidade literária: uma hipérbole - “nem o mundo inteiro”...

Como se vê, o gênero literário Evangelho, nasce de uma necessidade. A necessidade das comunidades que desejavam entender o que havia ocorrido com Jesus e com os discípulos. Os quatro evangelistas dão, cada um a seu modo, uma resposta. Além deles, também se podem buscar informações nos evangelhos apócrifos que, bem analisados a partir da critica textual, das formas... podem nos dar informações sobre os primeiros tempos da igreja cristã.

Mais uma vez, fica clara a necessidade de se estudar as fontes para entender e bem transmitir a intenção do autor e ser fiel ao que “o espírito diz às igrejas” (Ap 2,7). Por isso a necessidade não só de ler o texto, mas entendê-los a partir do gênero literário que caracteriza o texto em questão.

O pe Johan Konings (2003), faz uma ponte entre as informações a respeito dos gêneros literários e sua aplicação ao texto bíblico. O religioso mostra que neste caso a teoria literária tradicional fica devendo às necessidades da exegese. Diz ele:

Todo o mundo sabe que o mesmo fato é descrito de modo diferente no relato do jornalista, na folha de ocorrência policial e na fofoca das comadres da rua. São três “gêneros literários” diferentes, e quem entende das coisas percebe imediatamente qual a versão do jornalista, do guarda de trânsito ou das comadres. Assim também na Bíblia. Um texto pode ser concebido conforme padrões diversos, em função de seu ambiente de origem e do uso que dele será feito: liturgia, ensino, crônica oficial etc. Os gêneros mais “genéricos” são a prosa, a poesia, o drama ou teatro; ou, sob outro ângulo, a narrativa e o discurso. E daí em diante podem-se subdistinguir centenas de variedades subalternas. Deve-se associar à questão do gênero literário também a da “forma” literária, que se refere às formulações específicas presentes nos textos bíblicos em função de determinadas finalidades, especialmente às das comunidades cristãs que se exprimem no Novo Testamento (por exemplo, as fórmulas do querigma, as fórmulas de profissão da fé, os apotegmas, as parábolas). (KONINGS, 2003, p. 20)

Logo em seguida o autor indica a importância dos gêneros literários para a compreensão do texto bíblico. Diz ele que a mensagem do texto fica mais clara e facilmente compreendida a partir do momento que compreendemos a “intenção do autor”. E essa intenção se explicita a partir da compreensão do “contexto vital no qual o texto se origina” (KONINGS, 2003, p. 20).

Intenção do autor e contexto vital. Esses dois conceitos nos levam do texto em si à mensagem do texto para nós/nossa sociedade. E isso é possível passando pelos gêneros literários. Não se pretende, com isso, desmerecer ou desacreditar do poder do texto. Ou seja, entender o texto a partir do gêneros literários “não significa inventar um sentido simbólico ao gosto do leitor ou do exegeta, mas apontar o modo como o autor quis ser entendido.” (KONINGS, 2003, p. 21). Buscar a intenção do autor é uma forma de desejar ser fel a ele.2

Essa postura do padre jesuíta, está fundamentada no que ensinou o papa Pio XII, na carta encíclica “Divino Afflante Spiritu”, no item em que comenta os “Critérios hermenêuticos para o estudo da sagrada escritura hoje”. Nesse documento o papa afirma a necessidade dos estudos bíblicos levarem em consideração os avanços das ciências dedicadas ao estudo das antiguidades. Usando os novos conhecimentos o estudioso da bíblia deve buscar, para entender as intenções do autor sagrado, as condições ou o contexto em que o texto nasceu:

Procure por conseguinte o intérprete distinguir com todo o cuidado, sem descurar nenhuma luz fornecida pelas recentes investigações, qual a índole própria e condição social do autor sagrado, em que tempo viveu, de que fontes, escritas ou orais, se serviu, que formas de dizer empregou. Assim poderá conhecer melhor quem foi o hagiógrafo e o que quis dizer no seu escrito. Porque, enfim, ninguém ignora que a norma suprema da interpretação é indagar e definir que coisa se propôs dizer o escritor. (PIO VII, 1943. n 19).

Especificamente a respeito dos Gêneros Literários, o papa sustenta a afirmação de que o homem atual nem sempre consegue compreender de forma imediata o que disseram os antigos, visto que viveram em tempo, cultura e lugares diversos dos nossos tempos, de nossa cultura e da nossa sociedade. Afirma o pontífice que só a gramática e a filologia não são suficientes para compreender o texto bíblico. Por esse motivo

o intérprete deve transportar-se com o pensamento àqueles antigos tempos do Oriente, e com o auxílio da história, da arqueologia; etnologia e outras ciências, examinar e distinguir claramente que gêneros literários quiseram empregar e empregaram de fato os escritores daquelas épocas remotas. De fato os antigos orientais, para exprimir os seus conceitos, nem sempre usaram das formas ou gêneros de dizer de que nós hoje usamos; mas sim daqueles que estavam em uso entre os seus contemporâneos e conterrâneos. (PIO XII, 1943, n 20).

Constatadas essas dificuldades, deve o exegeta usar “com a devida prudência também deste meio, examinando quanto possa ajudar a verdadeira e genuína interpretação a forma ou gênero literário empregado pelo hagiógrafo” (PIO XII, 1943, n 21). A determinação do gênero literário nos aproxima da intenção daqueles que produziram o texto bíblico; da sua situação ou contexto vital em que produziu o que hoje sabemos ser o texto sagrado.

Procurando ilustrar as intenções do autor sagrado, o já citado pe Johan Konings (2003) nos informa que a narrativa de Gênesis, sobre Adão e Eva, na intenção do autor bíblico, deve ser lida a partir do seu simbolismo e não como descrição/narrativa de um fato ocorrido. De acordo com o padre, esse “texto didático” é uma espécie de narrativa mítica para falar sobre a “situação e vocação do ser humano”. Isso implica dizer que “ler a história de Adão e Eva como um fato da História Natural, sem levar em conta o simbolismo usado pelo autor, é uma traição da verdade bíblica!” (KONINGS, 2003, p. 20).

A partir do exemplo desse texto de Gênesis somos levados a dizer que o texto bíblico como um todo, bem ao gosto da cultura hebraica, deve ser lido a partir de seu caráter simbólico. Podemos ilustrar isso pela própria prática de Jesus. Não só suas parábolas são ensinamentos a partir do simbolismo, como as curas que realiza e todos os sinais que mostra são pautados pelo simbolismo. Para ilustrar o que dissemos, vamos nos valer, mais uma vez, das palavras do pe. Konings:

Aprendemos que a verdade do texto não é aquilo que está aí escrito materialmente, mas aquilo que o autor (solidário com a comunidade que recebeu a revelação de Deus) quis expressar. No caso de um texto irônico, a verdade é o contrário daquilo que está aí escrito de modo irônico e questionador: a ironia é como o negativo de uma fotografia, mostra em preto o que na realidade é branco e vice-versa. Coisa semelhante acontece no exagero (a “hipérbole” bíblica): quando o salmista diz, exagerando, que “não há quem faça o bem, nem um sequer” (Sl 14,1), ele nos faz refletir: será que realmente não há nenhuma pessoa que faça o bem? [...]. A verdade não está na letra da frase, mas na conclusão que o autor deseja que o ouvinte tire.

Isso, em certo sentido, vale para toda literatura. As letras são meras referências à realidade que o leitor ou ouvinte deve descobrir por sua própria cabeça. A letra não é verdadeira em si, mas aponta para a verdade fora de si; ou ainda, ela é verdadeira se aponta no sentido certo – ainda que seja ironicamente, fazendo o leitor/ouvinte refletir. Assim, em certos gêneros literários, não importa a exatidão material daquilo que é dito, mas a direção certa para a qual aponta. (KONINGS, 2003, p. 21. Grifo nosso)

Tendo isso presente somos levados a nos perguntar: quais os gêneros literários que estão presentes na bíblia? Vários! Existem os modelos literários que aparecem mais no antigo testamento e outros que caracterizam o novo tesamento.

Vários autores fazem suas classificações e os devidos comentários. Uma dessas classificações podemos encontrar o site abiblia.org, num texto em que Casonato (2011) mostra algumas diferenças e continuidades entre os gêneros literários do AT e do NT:

São Gêneros Literários do Antigo Testamento, mencionados pelo autor: Gênero Jurídico, por exemplo Ex 20,3-17; Gênero Narrativo, mencionando os tipos de narrativa: Epopeia, Épico, Tragédia e Romance. Um exemplo de narrativa é a história de Abraão. Também menciona o Gênero literário da Poesia, cujo principal exemplo é o livro dos salmos. Um dos gêneros mais presentes no imaginário das pessoas é o Gênero literário Profético ao lado do Gênero literário Apocalíptico. Embora ambos os gêneros tragam mensagens para o presente, o imaginário popular vê nesses escritos uma espécie de “previsão do futuro”. No antigo testamento também aparece o Gênero literário Sapiencial, no qual o autor sagrado mostra como a sabedoria popular entende a graça de Deus na história. Um exemplo da afirmação sapiencial é a frase inicial do livro de Eclesiastes: “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades, tudo é vaidade”(Ecl. 1,2).

Os Gêneros Literários do Novo Testamento relacionados pelo mesmo autor (Casonato, 2011) são: Gênero literário do Evangelho, que é uma coleção de textos sobre os ensinamentos de Jesus, contadas como se fosse uma espécie de biografia do mestre, mas que não podem ser vistas como tal, pois numa análise comparativa deixaria o leitor desconcertado em relação às lacunas e contradições. Neste gênero literário “encontramos ainda: Parábolas, narrativas de milagres, cânticos, provérbios, sentenças do Antigo Testamento encaixadas no texto, genealogias, histórias da infância de Jesus, narrativas etc...” (Casonato, 2011). Outro gênero neotestamentário é o Epistolar, cujo exemplo mais expressivo são as cartas paulinas. Mas do total de 21, temos também as cartas de Pedro, Judas e João. Este gênero responde sempre a uma necessidade específica da comunidade.

Seguindo o modelo veterotestamentário, o novo testamento nos brinda com o Gênero literário Narrativo, representado pelos Atos dos Apostolo. Tem também o Gênero literário das Genealogias segue o modelo do antigo testamento, como no caso do capítulo um do evangelho de Mateus. O Gênero literário Apocalíptico tem um livro específico além de textos espalhadas pelos evangelhos. O Gênero literários dos hinos e cânticos, tem seu correlato no antigo testamento nos salmos, representado aqui pelo canto de Maria (Lc 1,47-55) e o hino de filipenses 2,6-11. Casonato (2011) também afirma que é “muito utilizado no Novo Testamento, sentenças do Antigo Testamento, para explicar o texto descrito. São centenas destas sentenças utilizadas”.

O fato é que tanto no AT como no NT existem vários gêneros literário que ajudam a contextualizar a menagem bíblica. E isso, mais do que tudo, demonstra a marca humana na transmissão da palavra divina.

 

Referências complementares

ALVES, Alexandre; OLIVEIRA, Letícia F. Conexões com a história. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016

BÍBLIA comigo: disponível em: http://www.capuchinhos.org/biblia2/biblia-comigo acesso em 25/11/2017.

Disponível em:A Origem do Alfabeto. CAGLIARI, Luiz Carlos. http://dalete.com.br/saber/origem.pdf acesso em 26/12/1017

Disponível em: 26 de abril de 2008. em modificada Bíblia Sagrada. íblia on line/BCAPUCHINHOS.ORG. http://capuchinhos.org/biblia/index.php/B%C3%Adblia_Sagrada Acesso em: 12/11/2017.

In: O Nascimento da História ou o processo humano.CARNEIRO, Neri de P. www.webartigos.com. Publicado em 25 de Janeiro de 2010. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/o-nascimento-da-historia-ou-o-processo-humano/31570#ixzz4zqXSiVCy. Acesso em 29/11/2017.

_____________________. Canônicos e deuterocanônicos: diferenças que não separamIn: www.webaertigos.com. Publicado em 04 de agosto de 2017. disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/canonicos-e-deuterocanonicos-diferencas-que-nao-separam/152712. Acesso em 19/01/2018

In: abiblia.org. Publicado em: 10/11/2011. disponível em: Quais os gêneros literários encontrados na Bíblia? CASONATTO, Odalberto Domingos. http://www.abiblia.org/ver.php?id=2759. Acesso em: 17/11/2017

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. S. Paulo: Ática, 2000.

. Tradução L.W. King. Disponível em: O Épico Da CriaçãoENUMA-ELISH: http://docplayer.com.br/37012145-Enuma-elish-o-epico-da-criacao-l-w-king-tradutor.html . Acesso em 15/07/2013

EPOPEIA DE GILGAMESH - Tradução de Carlos Daudt de Oliveira. Disponível em: http://geha.paginas.ufsc.br/files/2017/04/A-Epop%C3%A9ia-de-Gilgamesh.-Tradu%C3%A7%C3%A3o-de-Carlos-Daudt-de-Oliveira.-Martins-fontes-2011.-ISBN-85-336-1389-X.pdf. Acesso em 02/09/2017

FLORENZANO, Maria Beatriz B. O mundo antigo: economia e sociedade. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, 1986

FITZMYER, Joseph A. Catecismo Cristológico. São Paulo: Loyola, 1997. Disponível em:

GIOVANI, Mário Curtis História da Antiguidade Oriental. 5 ed. Petrópolis: Vozes. 1981

vol.1 n.3. 2007. Disponível em: Revista Eletrônica da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas.Dialógica, In. .A escrita na História da humanidade GOMES, Eduardo de Castro. http://dialogica.ufam.edu.br/dialogican3.htm. Acesso em: 16/11/2017.

. In: ALDRIGUE, Ana Cristina de Sousa; FARIA, Evangelina Maria Brito de (org). Introdução aos estudos literários (fascículo). Editora Universitária UFPB. 2009. Disponível em: Introdução aos estudos literáriosGOUVEIA, Arturo. http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/introduaao_aos_estudos_literarios_1359989055.pdf. Acesso em 12/12/2017.

Disponível em: O que é Formgeschichte? IZIDRO, D. F. http://exegesedont.blogspot.com.br/2007/02/exegese-de-mt1613-20.html Publicado: 13 de fevereiro de 2007. Acesso em: 15/11/2017

In: abiblia.org. Publicado em: 06/10/2010. Disponível em: A influência dos aspectos culturais nos escritos do Novo Testamento. KALLARRARI, Celso. http://www.abiblia.org/ver.php?id=1288&id_autor=59&id_utente=&caso=artigos. Acesso em 20/12/2017

. Publicado em 14/01/2017. Disponível em: Os Apócrifos e os pseudepígrafos judaicos, B. G. L. KIBUUKAhttp://briankibuuka.com.br/apoacutecrifos-do-antigo-testamento/os-apocrifos-e-os-pseudepigrafos-judaicos. Acesso em 12/01/2018

. In: Vida Pastoral. São Paulo: Paulus. Setembro-Outubro de 2003 (pp. 20-25). Versão eletrônica disponível em: Gêneros literários e verdade BíblicaKONINGS, Johan. http://www.vidapastoral.com.br/artigos/temas-biblicos/generos-literarios-e-verdade-biblica/. Acesso em 27/12/2017.

Cidade do Vaticano: Libreria Editrice Vaticana. Disponível em: Divino Afflante Spiritu. PIO XII. http://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_30091943_divino-afflante-spiritu.html. Acesso em: 06/01/18.

in. Laboratório de Interação Mediada por Computador - UFRGS. Portal da escrita coletiva - links. 2005. Disponível em: virtual.A informação escrita: do manuscrito ao texto QUEIROZ, Rita de C. R. de. http://www.ufrgs.br/limc/escritacoletiva. Acesso em 16/11/2017

. In: infoescola.com. Diponível em: Crescente FértilSANTIAGO, Emerson. https://www.infoescola.com/geografia/crescente-fertil/ acesso em: 30/ 11/ 2017.

SOARES, Angélica . Gêneros literários. 7.ed. São Paulo: Ática. 2007.

uma interpretação histórico-social . in. Perspectiva Teológica. v. 26. 1994. p. 47-60. Disponível em: nticos: âdos CO Cântico STADELMANN. Luís I. J. faje.edu.br/periodicos/index.php/perspectiva/article/download/1201/1608. Acesso em 15/12/2017.

Neri de Paula Carneiro

Mestre em educação; filósofo, teólogo, historiador.

Rolim de Moura – RO

1A crítica das formas foi mais uma das ferramentas teóricas desenvolvidas com a finalidade de melhor acessar o ambiente em que se formou o texto bíblico. De acordo com Izidro (2007) “O Estudo das Formas literárias do texto bíblico começou com as pesquisas de Herman Gunkel, em suas análises de Salmos e Gênesis”. Em seu Catecismo Cristológico (Loyola, 2007) o padre Joseph A. Fitzmyer (1997) apresenta uma síntese a respeito da crítica das fontes que, em seus desdobramentos produziu outros estudos críticos como a crítica das formas e os estudos dos gêneros literários principalmente em relação ao novo testamento. O livro pode ser acessado em: https://books.google.com.br/books?id=Hr5O7csbOCgC&pg=PA30&lpg=PA30&dq=cr%C3%ADtica+das+formas&source=bl&ots=sYJRGpWnuR&sig=3Gmw8GPRbaWW4XA-s0cEv0RLJ8w&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjIuZv0gqLZAhVCHJAKHSrRCM8Q6AEIPzAD#v=onepage&q=cr%C3%ADtica%20das%20formas&f=false

2Contexto vital: conceito apresentado pelos teólogos alemães, como se lê no site Missão Jovem: “Na crítica bíblica Sitz im Leben é uma frase alemã que pode ser traduzida como “posição na vida”. Em outras palavras, não há texto sem contexto. O termo se originou com o teólogo protestante alemão Hermann Gunkel. Na sua forma mais simples, descreve o que foram escritas em algumas passagens da Bíblia no que seria o “gênero” da Bíblia” (http://www.missaojovem.org/sitz-im-leben/). Do ponto de vista da leitura popular da bíblia pode ser entendido como o chão em que nasce a bíblia, como propõe uma metodologia de estudo desenvolvida pelo CEBI (Centro Ecumênico de estudos Bíblicos).