1 - INTRODUÇÃO

A literatura infantil vem com novas abordagens e com uma geração que transfigura a leitura, sendo um instrumento de suma importância na construção do conhecimento dos novos leitores da educação infantil. Fazendo com que o gosto pel a leitura seja despertado logo cedo e assim desperte nos educando o gosto pela leitura tornandoa prazerosa. Além do desafio de entrar em um mundo imaginário, a literatura iniciada desde a educação infantil pode ser a base para um ótimo aprendizado escolar. A globalização dos livros não é exclusivamente o mundo da comunicação, em seu amplo sentido, mas sendo um instrumento capaz de desenvolver a emoção humana. A criança que descobre o universo da leitura tem mais facilidade para aprender e assim desenvolver um bom aprendizado na sua vida escola. De acordo com Ferreiro (1997), “a pré-escola deveria permitir a todas as crianças a experimentação livre sobre as marcas escritas em um ambiente rico em escritas diversas, ou seja, escutar os adultos lendo em voz alta e vê-los escrever; tentar escrever (sem necessariamente copiar um modelo); tentar ler utilizando dados contextuais, como também reconhecendo semelhanças e diferenças nas séries de letras; brincar com a linguagem para descobrir semelhanças sonoras. Deve haver coisas para ler em uma sala de pré-escola. Um ato de leitura é um ato mágico. Alguém pode rir e chorar enquanto lê em silêncio, sem estar louco. Alguém nota formas estranhas na página, e de sua boca “sai linguagem”: uma linguagem que não é a de todos os dias, uma linguagem que tem outras palavras e organiza-se de outra maneira”. A percepção dos leitores e o interesse pela leitura, segundo mostram os sociolingüísticos é que os pais tenham livros em casa e que também haja a prática da leitura entre a família. Ler e escrever torna-se mais fáceis para quem se relaciona com a língua escrita de uma maneira cotidiana, sentimental e confiante. No que diz respeito às principais ideias que está em vigor ao assunto da aprendizagem que começa pela leitura e escrita, destacam-se duas: a certeza de que é o adulto que tem que motivar o movimento em que uma criança deve dar começo a essa aprendizagem e a motivar de que são os materiais escolares preparados para eles, que tornaram possíveis uma futura leitura e uma boa escrita desde a educação infantil. Não há aprendizado de fato sem que haja uma 11 motivação, a leitura deve aparecer diante dos olhos das crianças, um tanto indispensável e tentador desde cedo. De acordo com Soares (2004): “o acesso á escrita para as crianças, como sabemos, é simultaneamente o letramento e a alfabetização. À escola cabe explicar em ações que “a alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meios de práticas sociais de leitura e escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização” Leitura e escrita estão inseridas uma com a outra, tornando um conjunto de práticas permanentes onde um depende do outro. Por sua vez, possibilitam pactos e desafios, que quando aceitos e aprovados pelos leitores, resultam em ler. Portanto incentivar uma criança a interpretar signos verbais não a transforma em um leitor, deste modo como torna - lá apta a apresentar por meio de grafemas de regras considerando correto ou letrado não á estimular a exercer a escrita. Os discentes não alfabetizados vivem em um determinado fato, no espaço da educação infantil, elas não acham textos para estudar, mas estudam com eles. As crianças não procuram textos para adquirir conhecimentos ou para se alfabetizar, mas nessa convivência, é muito importante ter o cuidado para a mensagem que os livros transmitem, eles estudam a respeito de si mesmos, e também estudam os outros e sobre os jeitos de viver no coletivo. Os textos que cultivam a literatura não chegam aos alunos não alfabetizados sem a intervenção de um adulto, e muito menos, sem um propósito educativo que seja envolvido nessa mediação. Segundo Fronckowiak e Richter (2005): “Ler livros de imagens, narrativas, poesias ou poemas narrativos ás crianças que ainda não dominam o código escrito, significa que através da vocalidade do adulto contador, descortinar para elas o potencial do poético (no sentido de que a “poesia” é uma arte da linguagem humana, independente de seus modos de concretização, e fundamentada em estruturas antropológicas mais profundas) para a construção da autonomia oral e escrita, o que não acontece a partir de qualquer leitura. A leitura de viva voz considerada o valor das pausas, da alteração da voz, do jogo, do ritmo e das sensações que esses elementos poderão provocar no corpo da criança que ouve”. 12 Essa harmonia, que aparece a partir da proximidade com as sonoridades, em que cujo poder as crianças tem com o desenvolvimento que é seguido pelo manuseio livre das páginas, para visualizar as imagens, as cores e texturas que se torna outra dimensão de ver e ler. Depois quem sabe não podemos encontrar na educação infantil uma mão iniciando um gesto de escrita ou recontando as histórias que ouvirá dos adultos. Seria imaturo dispensar a educação infantil do objetivo pedagógico de desenvolver leitores, mas poderia ser solicitado por não haver propósito em alcançar tal objetivo, justamente na persistência com trabalhos que envolvam apenas letras e números. Ele segue o modelo do adulto e se concretiza em sua convicção de que aquela criança fará o seu trajeto onde ele poderá ajudar, em especial, tornando-a apta de compreender o que já ouve, já diz e que já senti o encantamento que as palavras são capazes de produzir. Para Abramovich (1993): “o ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatral, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal pode nascer dum texto! Essa perspectiva deve estar presente na metodologia da professora que utiliza as histórias de literatura infantil em sua atividade com a criança, estimulando-a imaginar e a se envolver.” A professora, ao narrar uma história tem a obrigação de encantar a criança e fazer com que a mesma se identifique com os personagens. As crianças começam a manifestar emoções como se estivessem ali vivenciando o seu mundo imaginário. Foi a partir deste mundo da leitura que escrevo sobre suas dificuldades, curiosidades e histórico deste mundo fantástico, o mundo da leitura, da literatura, do ler. [...]