RESUMO CRÍTICO SOBRE O ENSINO DA LITERATURA NO ENSINO MÉDIO Amanda Gonçalves Bento ¹ Léia dos Santos Silva ² A inclusão de conteúdos em sala de aula ocorre pelo uso de materiais didáticos e raramente um professor ratifica a leitura de uma obra literária e o acompanhamento como atividade extraclasse, eles esperam que professor aborde de forma resumida nas aulas seguintes. Existem vários questionamentos sobre a ausência e falta de atenção para a disciplina Literatura, sendo que é de grande importância no currículo do ensino médio. Muitos autores como Eça de Queiroz, Rui Barbosa e outros, relatam em suas obras que a disciplina era uma identidade cultural, sempre mantida no patamar histórico da burguesia. Porém, o PCN Ens. Médio coloca que a determinação comercial foi a causa da perca de valores dos materiais literários, o que fez com que os textos se tornassem modernos, acompanhando o uso de novas técnicas de escrita, fator humano, a ponto de desmembrar-se em literaturas específicas (médica, científica e outros). A própria literatura justifica a importância da disciplina no currículo, considerando toda escrita uma arte que se constrói com palavras. No meio comercial essa arte busca atingir conhecimentos científicos que moldam o raciocínio humano, dando-lhes o direito de pensar por si mesmo. As Leis e Diretrizes Básicas da Educação Nacional trata da ausência desta disciplina, pois antes o ensino médio tinha caráter profissional, formando pessoas com mão-de-obra parcialmente especializado. Após algum tempo, essa disciplina tende então a consolidar e aprofundar mais o conhecimento que o alu- _________________________ 1. Acadêmica do Curso Licenciatura Plena em Letras – VI Período. Faculdade de Itaituba – Pará. 2. Acadêmica do Curso Licenciatura Plena em Letras – VI Período. Faculdade de Itaituba – Pará. no obtém durante o ensino fundamental, preparação básica para o trabalho e cidadania do educando e, o aprimoramento como pessoa humana, incluindo ética, autonomia intelectual e pensamento crítico. O conteúdo deste material aqui abordado não dita maneiras de como um educador deve realizar no ensino de literatura, mas é um portador de orientações destinadas ao núcleo escolar, que abre a visão de fatores importantes que facilitam a percepção e compreensão do mundo escolar. O livro didático, uma das principais ferramentas do docente é constituído de inúmeras obras, onde ele pode proceder na escolhas de algumas delas e, deve contar com estratégias orientadoras dos procedimentos. O PCN 2002 gerou vários problemas nos dias atuais, discutidos como: erigir as opiniões do aluno por critério de juízo de uma obra literária, deixando de lado a questão do ser ou não ser literário a cargo do leitor, foco total e exclusivo na história de determinada época. Sabemos que se deve privilegiar o conteúdo literário não apenas por ser obra tradicional, mas relacionar a sua significação na contemporaneidade. A Literatura como conteúdo curricular ganha perfis distintos conforme o nível de formação dos leitores. O ensino da Literatura no ensino fundamental, tem características de formação mais simples, aberta à escolhas de acordo com o ponto de vista, tendo a junção de vários temas literários, chamado de “literatura infanto-juvenil”. Na escolha de leitura que alunos fazem fora da sala de aula, é possível verificar muita s desordens na construção de repertório de leitura. Se o objetivo é formar leitores capazes de vivenciar toda a experiência do cotidiano a literatura deve deixar de ser apenas uma leitura. A leitura simples é apenas a forma mais determinada de esconder na aparência da simplicidade, toda a complexidade e as implicações contida no ato de ler e ser letrado. Justamente para ir além da simples leitura que o letramento literário é fundamental no processo educativo. Os objetivos são também importantes para a compreensão a formulação de hipóteses. O PCN afirma portanto, a necessidade de fazer da leitura uma atividade caracterizada pelo engajamento e uso do conhecimento linguístico, textual e de mundo devem ser ativados para poder chegar ao momento da produção de sentidos. A formação de um leitor literário significa a preparação para construções e significações. O mesmo tem de saber usar estratégias verbais de cunho artístico, que faça parte de seus afazeres e prazeres. Esse leitor descrito nessas orientações curriculares tem que saber usar estratégias de leitura adequadas aos textos literários, reconhecer até mesmo as marcas linguísticas de subjetividade, intertextualidade. Entende-se que o papel do professor não é apenas como leitor, mas principalmente mediador, no contexto das práticas escolares de leitura literária. O leitor parte para o ensino e aprendizagem desta disciplina, o professor para a execução de estratégias para fortalecer o andamento da leitura. A seleção de material ocorre por escolhas pessoais e também as exigências curriculares dos projetos pedagógicos da escola. É necessário que o professor se policie e esteja disposto para se habituar às potencialidades da literatura e faça um esforço para driblar as cobranças didáticas que o obrigam, o prendem à conteúdos pré-estabelecidos pela coordenação, em prejuízo de um conteúdo menos escolarizado e mais oculto, que é a leitura vagarosa da Literatura. Textos curtos, com densidade poética, sensibilizam o aluno para as coisas que o cercam (realidade). Oferecendo assim, ao aluno, a oportunidade de descobrir o sentido por meio da apreensão de diferentes níveis e camadas do poema (lexical, sonoro, sintático), em diversas e diferentes leituras do mesmo poema, as quais requerem dedicação de tempo a essa atividade e percepção de uma outra lógica analítico- interpretativa.