Em qualquer época ou qualquer circunstancia o conhecimento sobre a morte continua o mesmo mistério. Não tem como ignora-la, recuar ou retardar ela é infalível. A morte faz-se notória e ganha destaque especial ao ocorrer em seres humanos. Não há nenhuma evidência científica de que a consciência continue após a morte, entretanto, existem várias crenças em diversas culturas e tempos históricos que acreditam em vida após morte. A morte é verdadeiramente um assunto de grande importância para a humanidade. Tentar saber algo sobre a morte é tentar saber algo sobre a vida. Tudo indica que a morte representou um papel relevante na história da humanidade, assim como nos dias de hoje, na antiguidade ela era vista como sendo cruel, leviana e injusta por essa razão ela era detestada por todos. A morte não é somente um fator biológico, mas um processo construído socialmente, que não se distingue das outras dimensões do universo das relações sociais. O enfrentamento da morte tem por princípio o desenvolvimento da sua própria compreensão, tendo por dimensão os conceitos de irreversibilidade e universalidade. O Instituto Médico-Legal. (IML) é onde corpos sem vida encontram a morte e, por meio de técnicas da medicina-legal e de procedimentos burocráticos e policiais, são definidos como mortos, sendo a morte institucionalizada. A identificação humana post-mortem é uma das grandes áreas de estudo e pesquisa da Medicina Legal. Pois trabalha com o material, o corpo humano, em vários estágios do processo morte: realizando assim o exame necroscópico para identificação de vitimas, causas da morte e seus supostos autores. O objetivo deste trabalho é refletir sobre os procedimentos realizados pelo profissional Auxiliar de Necropsia durante o exame necroscópico. Partindo deste principio foi elaborado as seguintes indagações: qual é o papel do auxiliar de necrópsia?  Não seriam apenas corpos de pessoas inertes como já havia visto anteriormente talvez em filmes? O que faz deste profissional ser diferenciado dos demais? Seria a sua relação mais intima não só com a morte, mas, também com as ossadas, carbonizados, despojos, putrefatos, baleados, esfaqueados, corpos com dimensões e formas alteradas etc.? A metodologia aplicada foi revisão integrativa da literatura. Os resultados apontam que a necrópsia não serve apenas para identificar a causa da morte, como muitos pensam, ela tem diversas outra funções. Controle de qualidade do diagnóstico e do tratamento, fonte de informação para a Secretaria de Saúde, material de ensino para médicos residentes, alunos e professores e material para pesquisa cientifica. Conclui-se que o que faz deste profissional um profissional diferente dos demais é justamente a capacidade e facilidade de lidar com a morte, cuidar dos corpos já sem vida, dando-lhes dignidade e a oportunidade de elucidação dos fatos pós-mortes com os exames necroscópicos realizados. Possibilitando um sepultamento digno onde a alma/ espírito do individuo possa repousar em paz é a capacidade deste profissional em oferecer conforto sempre que possível às famílias dos pacientes, sempre respeitando a dor da perda e do luto.

Palavras-Chave: Morte, IML, Necrópsia e Perito Criminal.