LIBRAS EM SERVIÇO SOCIAL
Por Denis Douglas Gonçalves Martins | 06/06/2023 | EducaçãoRESUMO:
O Serviço Social é uma área que tem como objetivo promover a justiça social e defender os direitos humanos. Para que o Assistente Social possa cumprir essa função, é necessário que ele tenha uma postura ética, reflexiva e crítica, comprometida com a promoção da diversidade cultural e dos direitos das pessoas com deficiência, e que esteja constantemente se formando e atualizando. Além disso, é importante que o Assistente Social esteja engajado em uma prática colaborativa e participativa, que envolva a comunidade atendida na construção de soluções transformadoras e emancipatórias. Com essas características, o Serviço Social pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva Uma das formas de promover a inclusão e defesa dos direitos das pessoas com deficiência é por meio da formação em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Essa formação permite uma maior aproximação e compreensão da comunidade surda, além de contribuir para a promoção da diversidade cultural e para a inclusão social. Além disso, o compromisso ético do Assistente Social em sua atuação profissional é fundamental para a defesa dos direitos das pessoas atendidas. Essa postura implica em respeitar a dignidade humana e os valores éticos e democráticos, evitando qualquer forma de discriminação ou violação de direitos. Por fim, é importante destacar que o Serviço Social é uma área que busca promover soluções transformadoras e emancipatórias para a população, e que para isso é necessário que o Assistente Social esteja constantemente se atualizando e engajado em uma prática crítica e participativa, que envolva a comunidade atendida na construção de soluções conjuntas para os desafios enfrentados.
Palavras-Chave. Serviço Social. Surdo. Libras. Direitos humanos.
1 INTRODUÇÃO
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como uma língua oficial do Brasil desde 2002 e sua utilização é garantida pela Constituição Federal de 1988. O Serviço Social é uma profissão que tem como objetivo promover o bem-estar social e a justiça social, garantindo direitos e combatendo desigualdades.
Nesse sentido, é fundamental que os profissionais de Serviço Social tenham conhecimento e capacitação em Libras para atender e incluir pessoas surdas em suas práticas profissionais.
Libras, ou Língua Brasileira de Sinais, é a língua utilizada pela comunidade surda no Brasil e reconhecida oficialmente como meio de comunicação e expressão pela Lei nº 10.436/2002.
O Serviço Social é uma profissão que busca promover a justiça social e os direitos humanos, atuando principalmente na área da assistência social. Nesse contexto, a utilização da Libras é essencial para garantir o acesso e a inclusão das pessoas surdas nos serviços e programas sociais, bem como para promover sua autonomia e participação na sociedade.
O profissional de Serviço Social deve ter conhecimentos sobre a Língua Brasileira de Sinais e sobre a cultura surda, de forma a possibilitar a comunicação efetiva e a compreensão das demandas e necessidades dessa população. Além disso, é importante que os serviços e programas sociais sejam adaptados para atender as especificidades dos usuários surdos, garantindo a acessibilidade e a qualidade dos serviços prestados.
Assim, a utilização da Libras no Serviço Social é um instrumento fundamental para a garantia dos direitos das pessoas surdas e para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.
A justificativa para o estudo O estudo da utilização da Libras no Serviço Social é justificado pela importância da inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais. A Língua Brasileira de Sinais é reconhecida como meio de comunicação e expressão pela legislação brasileira, e sua utilização é essencial para garantir que as pessoas surdas possam ter seus direitos sociais e humanos garantidos.
Além disso, o Serviço Social é uma profissão que tem como objetivo principal promover a justiça social e os direitos humanos, atuando principalmente na área da assistência social. Para que essa atuação seja efetiva, é necessário que os profissionais de Serviço Social estejam preparados para atender as demandas e necessidades das pessoas surdas, adapte-se.
Nesse sentido, o estudo da utilização da Libras no Serviço Social é importante para identificar os desafios e as boas práticas na inclusão das pessoas surdas nos serviços e programas sociais, contribuindo para o aprimoramento da atuação profissional e para a construção.
Embora a Língua Brasileira de Sinais seja reconhecida como meio de comunicação e expressão pela legislação brasileira, muitas vezes ela ainda não é utilizada de forma efetiva nos serviços e programas sociais, o que dificulta o acesso e a participação das pessoas surdas nessas atividades.
Além disso, a falta de conhecimento dos profissionais de Serviço Social sobre a Língua Brasileira de Sinais e a cultura surda pode dificultar a comunicação e a compreensão das demandas e necessidades dessa população, comprometendo a qualidade dos serviços prestados.
Assim, é necessário investigar as dificuldades e desafios enfrentados na utilização da Libras no Serviço Social e identificar boas práticas e soluções para garantir a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais.
Assim diante desse contexto foi identificado como problema a ser abordado no estudo; como pode o serviço social utilizar do sinal de libras para fazer a inclusão das pessoas surdas nos serviços e programas sociais? Para responder a essa indagação foram criadas as hipóteses; a primeira a falta de recursos e adaptações nos serviços e programas sociais para atender às necessidades específicas das pessoas surdas, como intérpretes de Libras e materiais em formato acessível, é um fator que dificulta a participação e o acesso dessa população;
A segunda à falta de conscientização da sociedade em geral sobre a importância da inclusão e acessibilidade das pessoas surdas pode ser um obstáculo para a implementação de políticas e práticas inclusivas no Serviço Social; e a terceira a falta de articulação entre as diferentes esferas do poder público, como as áreas de assistência social e educação, pode dificultar a implementação de políticas
e práticas inclusivas que garantam a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais.
E por fim a utilização da Libras no Serviço Social pode contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa, ao garantir a participação e o acesso das pessoas surdas aos serviços e programas sociais.
Para direcionar Gil (2019), o estudo foi criado o objetivo geral descrever a efetividade da utilização da Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação e expressão para garantir a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais.
Para isso, busca-se identificar as boas práticas e os desafios enfrentados na implementação da Libras no Serviço Social, bem como as possíveis soluções para garantir a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais. O estudo visa contribuir para o aprimoramento da atuação profissional no Serviço Social e para a construção.
Alguns objetivos específicos que podem ser elencados para o estudo da utilização da Libras no Serviço Social são:
Identificar as legislações, normas e políticas públicas relacionadas à inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais.
Analisar o perfil socioeconômico e as demandas das pessoas surdas que acessam os serviços e programas sociais.
Avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de Serviço Social sobre a Língua Brasileira de Sinais e a cultura surda.
Investigar as boas práticas na utilização da Libras no Serviço Social, identificando as estratégias e recursos utilizados para garantir a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas.
Identificar os principais obstáculos e desafios enfrentados na utilização da Libras no Serviço Social, como a falta de recursos e adaptações nos serviços e programas sociais.
Propor soluções e estratégias para garantir a inclusão e acessibilidade das pessoas surdas nos serviços e programas sociais, como a capacitação de profissionais de Serviço Social em Língua Brasileira de Sinais, a contratação de intérpretes de Libras e a disponibilização de materiais em formato acessível.
Diante desse entendimento foi elaborado o estudo. Para realizar esta pesquisa buscou-se a desenvolver um seleto e extenso estudo a partir de análises e estudos, sendo que o método de pesquisa bibliográfica foi estritamente objetivo, descritivo e qualitativo através de uma metodologia exploratória, de forma que foi constituída principalmente por textos científicos já existentes como, por exemplo, livros e artigos científicos com exclusividade para as fontes bibliográficas.
Quanto à seleção das obras, foram incluídos estudos que atenderam aos seguintes critérios: publicações em periódicos acadêmicos indexados nos portais e/ou bases de dados, com acesso livre ao resumo e texto na íntegra, nos idiomas inglês, português. Os critérios de exclusão foram: textos incompletos; publicações sem resultados videntes, artigos que não se responde à questão norteadora, e duplicidade nas fontes de pesquisa.
Quanto aos aspectos éticos esta pesquisa procurará obedecer aos preceitos normativos que regem a pesquisa científica. Consoante PRODANOV e FREITAS, 2013), nos esclarece que ética na pesquisa científica “indica que o estudo em questão deve ser feito de modo a procurar sistematicamente o conhecimento, por observação, identificação, descrição, investigação experimental, produzindo resultados reprodutíveis, realizado de forma moralmente correta”. Assim segundo os autores acima cita alguns princípios éticos que devem ser observados na produção e na elaboração de trabalhos acadêmicos.
Dentre eles essa pesquisa seguirá os seguintes: enquanto pesquisador pensará e respeitará o processo investigativo e de seus produtos, cultivando a honestidade intelectual, o respeito e a justiça social; não haverá apropriação indevida de obras intelectuais de terceiros; mostrar-se-á autor do seu estudo, da sua pesquisa, com autonomia e com respeito aos direitos autorais, sendo fiel às fontes bibliográficas utilizadas no estudo; obedecerá as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que orientará a escrita e informará como proceder na apresentação dos trabalhos acadêmicos e científicos, sendo suas regras recomendadas a todo pesquisador, para ter seu trabalho reconhecido como original.
Após a finalização das etapas descritas nessa metodologia, será realizado a última etapa dessa pesquisa que será a redação do relatório que consistirá na preparação dos capítulos para dá monografia e a defesa dela. Para isso será
seguido a estrutura recomendada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. De acordo com GIL (2019), contemplará os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, além do estilo do texto, os aspectos gráficos. Convém lembrar que ainda de acordo com o autor acima o estilo do texto obedecerá às qualidades básicas da redação como: impessoalidade, objetividade, clareza, precisão, coerência, concisão e simplicidade.
O estudo foi feito através de pesquisas bibliográficas, através dos artigos encontrados nos sites do Google acadêmico e no Scielo, com autores renomados ao tema, O método utilizado foi através da qualitativa onde pode apresentar os fenômenos do estudo, descritiva pode descrever tudo que é pertinente ao estudo, exploratória porque explorou todo o universo e escreveu os conteúdos, utilizou-se da técnica da escrita, onde grifa-se as partes mais importantes e faz fichamento, para desenvolver a escrita.
2 DESENVOLVIMENTO
A utilização de Libras no Serviço Social implica na necessidade de formação específica para o seu uso adequado, seja por meio de cursos de Libras, treinamentos ou capacitações. O objetivo é proporcionar ao Assistente Social o conhecimento e as habilidades necessárias para se comunicar com pessoas surdas, compreender suas necessidades e demandas, e garantir sua participação nas decisões que afetam suas vidas.
Além disso, é importante lembrar que a acessibilidade não se resume apenas à utilização de Libras. Existem outras formas de tornar os serviços e informações acessíveis às pessoas surdas, como a disponibilização de materiais escritos em português claro e acessíveis, legendas em vídeos, interpretação em Libras em eventos e reuniões, entre outras estratégias.
O Código de Ética do Assistente Social também destaca a importância da inclusão e do respeito à diversidade cultural em sua atuação profissional. Assim, é fundamental que o Assistente Social esteja sempre atento e comprometido com a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo as pessoas surdas, e com
a promoção da justiça social. (CFESS, 2019)
Então o comprometimento do Assistente Social com a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo as pessoas surdas, é um dos princípios fundamentais do Código de Ética da profissão. Esse compromisso deve ser expresso em todas as ações profissionais, seja na defesa dos direitos das pessoas com deficiência nos espaços institucionais ou na mobilização da sociedade civil para a construção de políticas públicas inclusivas e não-discriminatórias.
FREIRE (2019) ressalva que para cumprir esse compromisso, é fundamental que o Assistente Social tenha um conhecimento profundo dos direitos das pessoas com deficiência, das legislações e políticas públicas relacionadas à inclusão e acessibilidade, além de conhecer a realidade vivida por essas pessoas. Esse conhecimento deve estar sempre atualizado e ser utilizado para orientar ações de intervenção profissional e políticas públicas.
No caso das pessoas surdas, por exemplo, isso significa lutar por políticas públicas que garantam a acessibilidade em Libras em todas as esferas da vida, desde a escola até os serviços de saúde, além de garantir a participação das pessoas surdas na construção e implementação dessas políticas.
Assim, o comprometimento do Assistente Social com a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo as pessoas surdas, e com a promoção da justiça social é fundamental para garantir a inclusão e a participação plena dessas pessoas na sociedade. Esse compromisso deve ser expresso em todas as ações profissionais e políticas públicas, e requer conhecimento, atualização constante e mobilização da sociedade civil. (IAMAMOTO,2007, p.38).
As barreiras linguísticas e de comunicação enfrentadas pelas pessoas surdas não se limitam apenas ao contexto educacional, mas estão presentes em diversos âmbitos da vida, como no trabalho, na saúde, na justiça, entre outros. Isso evidencia a importância da promoção da inclusão e do acesso à informação e comunicação em Libras para essa população, a fim de garantir seus direitos e uma participação plena na sociedade. (BRAZ; TEIXEIRA, 2009, p.11).
Além disso, essa reflexão reforça a necessidade de uma atuação comprometida e consciente dos profissionais em todas as áreas, não apenas no Serviço Social, na promoção da acessibilidade linguística e na valorização da diversidade cultural.
As barreiras linguísticas e de comunicação enfrentadas pelas pessoas surdas são uma questão central no Serviço Social, que busca promover a inclusão social e a defesa dos direitos dessa população. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como a língua natural da comunidade surda e a sua aprendizagem é fundamental para a inclusão e a participação social dessas pessoas.
Nesse sentido, o Serviço Social tem um papel importante na promoção da acessibilidade linguística e na valorização da diversidade cultural, garantindo que as pessoas surdas tenham acesso à informação e comunicação em Libras em todos os âmbitos da sociedade. Isso envolve a formação dos assistentes sociais em Libras e a sua atuação comprometida com a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, incluindo as pessoas surdas, e com a promoção da justiça social. (CASTRO,2018, p.38)
Além disso, o Serviço Social deve estar engajado em uma prática reflexiva e crítica, que permita a construção de alternativas transformadoras e emancipatórias para a população, incluindo a comunidade surda. Isso implica em estar atento às barreiras linguísticas e de comunicação que podem se manifestar no processo de atendimento e buscar soluções para superá-las, garantindo uma escuta qualificada e uma intervenção adequada e respeitosa.
Portanto, o Serviço Social tem um papel fundamental de acordo Iamamoto (2010, p. 27) “o Assistente Social tem sido historicamente um dos agentes profissionais que implementam políticas sociais, especialmente políticas públicas. “na promoção da inclusão e na defesa dos direitos das pessoas surdas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Assim, a utilização de Libras no Serviço Social é fundamental para garantir a inclusão e o acesso das pessoas surdas aos serviços e informações disponíveis na sociedade, e para valorizar e promover a diversidade cultural e a cidadania da comunidade surda. Isso requer formação específica, respeito à diversidade cultural. CASTRO,2018, p.42)
Para promover a diversidade cultural e a cidadania da comunidade surda, é fundamental que o Assistente Social tenha uma formação específica em Libras e cultura surda, além de estar comprometido com a promoção da inclusão e respeito à diversidade cultural em sua atuação profissional.
Assim com base no autor acima a formação específica em Libras e cultura
surda é essencial para que o Assistente Social possa se comunicar de forma eficaz com as pessoas surdas, compreender suas necessidades e demandas, e atuar de forma sensível e adequada. Essa formação pode ser adquirida por meio de cursos de Libras, treinamentos, capacitações ou por meio do convívio com a comunidade surda. (IAMAMOTO,2007, p.52).
Além disso, é fundamental que o Assistente Social respeite a diversidade cultural e as particularidades da comunidade surda, valorizando suas formas de expressão e suas crenças e práticas culturais. Isso requer uma postura de abertura e sensibilidade cultural, capaz de reconhecer a diferença como um valor positivo e enriquecedor, e não como um problema ou obstáculo. (IAMAMOTO,2008, p.52).
Por fim, é necessário que o Assistente Social esteja comprometido com a ética profissional e com a defesa dos direitos das pessoas surdas, garantindo a participação plena e efetiva dessas pessoas nas decisões que afetam suas vidas, e lutando contra todas as formas de discriminação e exclusão social. Isso implica em uma postura crítica e engajada, capaz de mobilizar a sociedade civil e as instituições públicas em prol da inclusão e da cidadania plena da comunidade surda. Essa postura requer sensibilidade cultural, abertura ao diálogo e à diversidade, e um engajamento crítico e transformador compromisso ético do Assistente Social em sua atuação profissional. (IAMAMOTO,2008).
O engajamento crítico e transformador é um compromisso ético do Assistente Social em sua atuação profissional. Ele implica em uma postura de reflexão crítica sobre a realidade social, a fim de identificar e combater as desigualdades, injustiças e exclusões existentes.
Esse engajamento requer que o Assistente Social atue de forma consciente e comprometida com os direitos humanos e a justiça social. Isso implica em uma atuação profissional que não se limita a uma simples prestação de serviços, mas que se compromete com a transformação social, por meio de ações que visem a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática. (IAMAMOTO,2008).
Esse engajamento implica em uma atuação crítica, que questiona as relações de poder e as estruturas sociais e econômicas que geram desigualdades e exclusões. O Assistente Social deve estar sempre atento às demandas da população, buscando compreender suas necessidades e demandas, e atuando de
forma a contribuir para a construção de soluções transformadoras e emancipatórias. (IAMAMOTO,2007).
Essa postura exige também uma atuação comprometida com a defesa dos direitos humanos e a promoção da justiça social, que se manifesta na luta contra todas as formas de discriminação e exclusão social, na defesa do acesso aos serviços públicos, na promoção da participação popular e da cidadania ativa, entre outros aspectos.
Para que o Assistente Social possa questionar as estruturas sociais e lutar pelos direitos humanos e a justiça social, é necessário que ele tenha uma formação teórica sólida e que esteja engajado na luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Isso implica em uma atuação crítica, que busca identificar as relações de poder existentes na sociedade e as formas de exclusão e opressão presentes no cotidiano das pessoas. (IAMAMOTO,2007).
Essa atuação crítica envolve, por exemplo, o questionamento das políticas públicas e das formas de gestão do Estado, a análise das relações de trabalho e de classe, a reflexão sobre as questões de gênero, raça e etnia, a compreensão dos processos migratórios e das formas de exclusão social, entre outros aspectos.
Para isso, é fundamental que o Assistente Social tenha um olhar atento às diferentes dimensões da realidade social e às múltiplas formas de opressão e exclusão presentes nessa realidade. Ele deve buscar compreender as necessidades e demandas da população, e estar comprometido com a defesa dos direitos humanos e a promoção da justiça social. (IAMAMOTO,2007).
Essa postura implica em uma atuação comprometida com a transformação social, por meio de ações que visem a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Isso pode ser feito por meio da articulação com os movimentos sociais, da participação em fóruns de debate e deliberação, da construção de políticas públicas participativas e da promoção da cidadania ativa e participativa.
Por fim, é fundamental que o Assistente Social esteja sempre atualizado e engajado na luta pelos direitos humanos e a justiça social. Ele deve estar atento às demandas da população, compreender as diversas formas de opressão e exclusão presentes na sociedade e estar comprometido com a construção de soluções transformadoras e emancipatórias.
O comprometimento do Assistente Social com a construção de soluções
transformadoras e emancipatórias requer uma atuação estratégica e propositiva. Isso implica em uma postura de busca por alternativas que possam contribuir para a superação das desigualdades e exclusões presentes na sociedade. (IAMAMOTO,2007).
Nesse sentido, o Assistente Social deve estar comprometido com a construção de políticas públicas participativas e inclusivas, que contemplem as necessidades e demandas da população e que possibilitem a construção de alternativas democráticas e igualitárias. Isso requer uma atuação crítica e propositiva, que questione as formas tradicionais de gestão e construção de políticas públicas, e que aponte para novos caminhos e possibilidades. (IAMAMOTO,2007).
Além disso, o comprometimento do Assistente Social com a construção de soluções transformadoras e emancipatórias também implica em uma atuação que valorize a participação e o protagonismo da população. Isso significa que o Assistente Social deve estar sempre atento às demandas e necessidades da população, buscando compreender suas realidades e construir ações conjuntas que possibilitem a sua emancipação. (IAMAMOTO,2007).
Por fim, é importante destacar que a construção de soluções transformadoras e emancipatórias requer um comprometimento ético e político por parte do Assistente Social. Isso implica em uma postura de luta pela transformação social e pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A prática reflexiva e crítica é fundamental para o Assistente Social na construção de alternativas transformadoras e emancipatórias para a população. Essa abordagem implica em uma postura de questionamento e análise constante da realidade social, buscando compreender as causas das desigualdades e exclusões e identificar possíveis caminhos de transformação. (IAMAMOTO,2007).
A prática reflexiva envolve uma análise crítica das relações de poder presentes na sociedade e das estruturas sociais que perpetuam desigualdades. O Assistente Social deve questionar as formas de opressão e discriminação e buscar compreender como essas questões afetam a vida das pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade. (IAMAMOTO,2007).
Além disso, a prática reflexiva também envolve uma análise das próprias ações e intervenções profissionais. O Assistente Social deve refletir sobre as consequências de suas ações, avaliar os resultados alcançados e identificar
possíveis melhorias. Isso implica em uma atuação crítica em relação às práticas institucionais e à burocracia, buscando sempre aprimorar a qualidade dos serviços e a efetividade das ações realizadas. (IAMAMOTO,2007).
Essa reflexão crítica é essencial para identificar as limitações das práticas tradicionais e abrir espaço para o surgimento de alternativas transformadoras. O Assistente Social deve buscar novos enfoques e abordagens, que possam promover mudanças estruturais e contribuir para a emancipação das pessoas atendidas. (IAMAMOTO,2007).
Além disso, é importante que o Assistente Social esteja aberto ao diálogo e à participação da população. A construção de alternativas transformadoras e emancipatórias não deve ser feita de forma imposta, mas sim em conjunto com as pessoas envolvidas. O Assistente Social deve ouvir as vozes das comunidades e grupos sociais, valorizando suas experiências e conhecimentos, e buscando construir soluções que sejam adequadas e contextualizadas. (IAMAMOTO,2007).
Em suma, a prática reflexiva e crítica é essencial para o Assistente Social na construção de alternativas transformadoras e emancipatórias. Isso implica em questionar as estruturas sociais, refletir sobre as próprias ações e intervenções, buscar novas abordagens e dialogar com a população. Essa postura é fundamental para a promoção da justiça social e a construção de uma sociedade mais igualitária e inclusiva.
4. CONCLUSÃO
Em suma, o Serviço Social é uma área que se dedica à promoção da justiça social e à defesa dos direitos humanos. Para que o Assistente Social possa desempenhar sua função de forma efetiva, é necessário que ele esteja comprometido com uma prática reflexiva e crítica, que permita a construção de alternativas transformadoras e emancipatórias para a população.
Nesse sentido, é fundamental que o Assistente Social esteja atento às desigualdades presentes na sociedade e às estruturas sociais que as perpetuam, buscando identificar possíveis caminhos de transformação. Além disso, é importante que ele esteja comprometido com a promoção da diversidade cultural e da cidadania da comunidade surda, respeitando a diversidade cultural e os direitos das pessoas com deficiência.
Em síntese, a atuação do Assistente Social deve ser pautada por um engajamento crítico e transformador, que busque promover mudanças estruturais e contribuir para a emancipação das pessoas atendidas. Essa postura é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva, em que todas as pessoas possam exercer plenamente sua cidadania e seus direitos humanos.
Além disso, para que o Assistente Social possa promover soluções transformadoras e emancipatórias, é necessário que ele esteja constantemente se atualizando e se formando, buscando conhecimentos específicos e aprimorando suas habilidades técnicas. A formação em Libras pode ser uma ferramenta importante nesse sentido, pois permite uma maior aproximação e compreensão da comunidade surda, além de contribuir para a promoção da diversidade cultural.
REFERÊNCIAS
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