Lia
Publicado em 27 de dezembro de 2011 por Claudio Cordeiro
Lia quase adormecido
o que parecia ser a sombra
da madrugada de todos os livros.
Uma sensação urdia os seios
onde adormece uma criança
triste, arfando pausadamente
o é brio colar dos oceanos estelares.
Eis-me absorto nas margens
do vento amargo das fábulas
em que viaja a claridade
das tempôras nubelares.
É incerto o mundo
em que dorme um monge
de alma doente...
Esquece o balançar da água
rumorosa, a avena que rufa
de um porto assombrado.