Dados preliminares do estudo que estamos fazendo sobre a Leishmaniose Visceral Canina em Dourados-MS, mostram que as residências onde existiam e foram retirados, cães positivos para LVC pelo CCZ, não volataram a registrar novos casos da doença nos cães.

A afirmativa é fruto de levantamento feito com os registros do Centro de Controle de Dourados, onde levantamos os dados de todos os casos registrados pelo órgão desde 2003, e não houve a repetição de casos no mesmo endereço, em nenhum deles. Obviamente os dados são preliminares, e fazem parte de um estudo epidemiológico maior que deverá ser publicado em breve, sendo que precisamos ainda passar por análises estatísticas e considerar fatores maiores, como o impacto disso no bairro por exemplo.

O fato é que concretamente desde 2003 em Dourados, as residencias que tiveram seus cães positivos recolhidos, não voltaram a ter novos casos , fato que pode dar pistas de o porque nosso municipio ser um dos poucos do Mato Grosso do Sul que nunca tiveram casos humanos registrados. O volume de registros analisados, e bastante importante, pois estamos falando de aproximadamente 3.000 exames realizados nesse periodo, sendo que desse total 185 foram positivos, em uma população canina de aproximadamente 40.000 animais.

Outra característica bastante importante é que esses casos positivos estavam distribuidos em mais de 60 bairros de toda a cidade. Dados do núcleo regional da secretaria estadual de saúde mostraram que a presença de plebotomineos Lutzomia sp, foram coincidentes com os locais onde tivemos os casos positivos em cães.

Vale destacar que em Dourados-Ms, é estabalecido que um cão somente é positivo de tiver positividade em pelo menos dois exames, no caso ELISA e RIFI, que são realizado pelo LACEN; Além disso o monitoramento da doença acompanhado de forte trabalho educativo e de conscientização da população que tem seu cão identificado como positivo é medida regular de atuação do órgão responsável municipal.