Letrinha ridícula
Publicado em 14 de fevereiro de 2011 por Jean Carlos Neris de Paula
Letrinha ridícula
Em praticamente todos os aniversários, as crianças, ingenuamente, cantam: "Com quem será? / Com quem será? / Com quem será / Que o(a) fulano(a) vai casar? / Vai depender / Vai depender / Vai depender / se o(a) beltrano(a) vai querer. / Ele(a) aceitou / Ele(a) aceitou / Tiveram dois filhinhos / E depois se separou".
A letra dessa "musiquinha" é de péssima qualidade, pois apresenta um mau exemplo: primeiro, porque casar, ter filhos e se separar não deve ser uma ideia divulgada desde cedo para a meninada, como se fosse natural a desestruturação familiar; segundo, porque, para rimar com o verbo aceitou, a concordância verbal foi desrespeitada, já que o "adequado", linguisticamente, seria concordar os verbos nos versos: "Tiveram dois filhinhos / E depois se separaram". Entretanto, como essa concordância não rima, optou-se pelo desvio gramatical, o que, nesse caso, não convém, visto que não é recomendável conceder licença poética para frases deseducativas.
Assim sendo, observa-se que os versos finais da canção, obedecendo ou não às regras da gramática normativa, não são apropriados e precisam ser reformulados na forma e no conteúdo. O ideal é a criançada cantar de outra maneira, com novo sentido, sugerindo mensagem de responsabilidade familiar. Segue uma sugestão: "Com quem será? / Com quem será? / Com quem será / Que o(a) fulano(a) vai casar? / Vai depender / Vai depender / Vai depender / se o(a) beltrano(a) vai querer. / Ele(a) aceitou / Ele(a) aceitou / Tiveram dois filhinhos / E o casal sempre se amou".
Cantada dessa forma, mesmo mantendo a rima pobre, porque utiliza palavras de mesma classe gramatical, a "brincadeira" se torna muito mais educativa, com correção linguística e conceitual, apresentando mensagem respeitável, digna de ser cantada, principalmente em eventos de aniversário, quando os familiares se reúnem.
Jean Carlos Neris de Paula
Em praticamente todos os aniversários, as crianças, ingenuamente, cantam: "Com quem será? / Com quem será? / Com quem será / Que o(a) fulano(a) vai casar? / Vai depender / Vai depender / Vai depender / se o(a) beltrano(a) vai querer. / Ele(a) aceitou / Ele(a) aceitou / Tiveram dois filhinhos / E depois se separou".
A letra dessa "musiquinha" é de péssima qualidade, pois apresenta um mau exemplo: primeiro, porque casar, ter filhos e se separar não deve ser uma ideia divulgada desde cedo para a meninada, como se fosse natural a desestruturação familiar; segundo, porque, para rimar com o verbo aceitou, a concordância verbal foi desrespeitada, já que o "adequado", linguisticamente, seria concordar os verbos nos versos: "Tiveram dois filhinhos / E depois se separaram". Entretanto, como essa concordância não rima, optou-se pelo desvio gramatical, o que, nesse caso, não convém, visto que não é recomendável conceder licença poética para frases deseducativas.
Assim sendo, observa-se que os versos finais da canção, obedecendo ou não às regras da gramática normativa, não são apropriados e precisam ser reformulados na forma e no conteúdo. O ideal é a criançada cantar de outra maneira, com novo sentido, sugerindo mensagem de responsabilidade familiar. Segue uma sugestão: "Com quem será? / Com quem será? / Com quem será / Que o(a) fulano(a) vai casar? / Vai depender / Vai depender / Vai depender / se o(a) beltrano(a) vai querer. / Ele(a) aceitou / Ele(a) aceitou / Tiveram dois filhinhos / E o casal sempre se amou".
Cantada dessa forma, mesmo mantendo a rima pobre, porque utiliza palavras de mesma classe gramatical, a "brincadeira" se torna muito mais educativa, com correção linguística e conceitual, apresentando mensagem respeitável, digna de ser cantada, principalmente em eventos de aniversário, quando os familiares se reúnem.
Jean Carlos Neris de Paula