Homenagem ao grupo Escolar Santo Antonio de Itapagipe.

Recordo-me e volto ao tempo.

 O  epoché de uma ideologia.

Não exotérica a intelecção.

Anos que passaram a existência.

A  Filosofia do eudemonismo.

As  letras indeléveis da minha formação.

Aquela Escola a primeira que estudei.

Exuberantemente inexorável.

Uma criança distante do mundo lexicológico.

Tímida mas que sonhava ser apenas um poeta.

Num canto da sala lembro-me que conversava reservadamente.

Duas  colegas, cujos nomes recordo  sempre.

 Com  quem às vezes revelava as minhas pretensões.

Lépido dizia aquelas meninas da Escola primária.

Tudo que sonho é ser poeta motivo pelo qual vou estudar.

Préstimo ao prelúdio saber um dia escreverei.

Majorarei etimologia por etimologia a esse canto que me ensina.

Uma vez disse a elas podem ter certeza que escreverei belos versos.

 Que o mundo conhecerá indescritivelmente minhas metáforas.

A intencionalidade delas e a maiêutica socrática.

Não ficarão no latíbulo os cantos que por aqui primariamente tive que pronunciar.

Uma das crianças.

A vosso pedido era única que designava as tarefas   legitimamente mimética a destinação.

Não sei se ela recorda desses acontecimentos naquela Escola.

Mas a ela devo as minhas primeiras palavras de um futuro poeta idiossincrático a desconstrução de uma Filosofia metafísica.

Com o olhar mádido a decifração melancólica das homenagens.

Recordo a cada data e algumas vezes, no término do primário disse as meninas, espero que um dia vocês possam ler os meus poemas.

Os anos passaram e não foram poucos, e cada poema que escrevia e escrevo recordo daqueles instantes que me pedia para recitar as primeiras poesias.

E todos aqueles pedidos foram feitos por essa menina, essa fazia questão que os poemas fossem recitados por mim.

O incentivo foi tanto que com maestria procurei desenvolver a arte da mimese poética.

Posteriormente, agnosticamente formulei tantos outros poemas.  

 Misantropicamente procurei ser essencialmente crítico.

A história dos meus sonhos foi mnemonizável ao vosso estímulo noético.

Confesso a miríade do tempo histórico realizado naquela Escola.

Não poderia deixar o tempo passar a existência acabar sem prestar uma homenagem ao Grupo Escolar Santo Antonio de Itapagipe.

Faço com referência ao simbolismo precedente ao propósito desejado.

Precípite a cada verso construído preexcelso ao tempo.

Aos sinais ínclito  inconcusso ao que foi determinado.

Não teria como não agradecê-la a mesma homenagem.

Tinha inclusive lhe prometido éramos crianças, imagino que tenha esquecido.

Mas o silêncio imperscrutável imiscuiu-se e determinou a promessa.

Devo tudo aquele momento teleológico, mesmo com a veleidade fruto do tempo histórico.

Agradeço a Escola Santo Antonio de Itapagipe.

Esse agradecimento se estende a Diretora da Escola da época, senhora Jurani Gonçalves, como também as professoras, quanto às meninas as quais me refiro, foram minhas colegas de classe do quarto ano primário, despertei o interesse pela poesia graças ao incentivo de uma delas, seu nome Ageuda Barbosa, motivo também da minha homenagem.  Nunca mais encontrei com as pessoas com as quais estudei naquele tempo.

Era na época uma pequena criança tímida e estudiosa.

Voltei a Itapagipe parei o carro de frente ao Grupo, com lagrimas nos olhos escrevi esse poema, com a intenção de imortalizar a Escola, sendo que o mesmo foi publicado por varias instituições e hoje encontra se a disposição na relação do Google.

Edjar Dias de Vasconcelos.