Invasão No Jardim
Publicado em 24 de novembro de 2006 por Maria Cristina Galvão de Moura Lacerda
Na medida em que vamos tendo que "engolir" sapos, guardando dissabores, deixando nos abater por palavras malévolas, desequilibramo-nos diante das demonstrações de ciúmes, incompreensão, insanidade, inveja, mesquinharia, insegurança plantamos em nossos jardins pés de mandioca e elas começam a enraizar.
Nossas decepções, tristezas, amarguras favorecem com que crescem, como se fossem um sol a estimular e na medida que nutrimos damo-lhes água e conseqüentemente preparamos o solo fértil e as ervas daninhas também deitam suas raízes no lugar onde dantes só haviam flores.
Uma ou outra ave com seus dejetos trazem sementes de árvores enormes e elas fecundam, desenvolvendo-se, tomando forma e ampliando, ampliando...
Chega o dia em que não temos mais vontade de regar, afinal nem o sol penetra mais devido as copas grandes que já estão interligadas, cobertas de cipó.
A indiferença passa a ser constante e já não temos vontade de sequer visitar o nosso pedacinho de terra, onde outrora havia um jardim, com bancos brancos, onde as borboletas dançavam em cimas das flores exóticas, únicas, pessoais e bem no centro dele tinha uma fonte que servia de bebedouro para os passarinhos e no entanto, só tem limbo e água estagnada.
Não mais nos interessamos por jardinagem, nem sequer temos confabulado, opinado ou visitado outros jardins, tudo fica morto de dentro de nós.
Nem ouvimos mais o canto do rouxinol, da gralha ou da bigorna, que insistia em outros tempos, chamar nossa atenção.
Os espinheiros derrubam as cercaduras e vão avançando mais e mais...uma estagnação só.
Medrou indiferença.
Porém, carecemos deixar a um visitante inesperado, do nosso inconsciente, da nossa memória espiritual, fazendo com que recordemos de quem somos, de quanto temos de pioneiros, de que vem geneticamente a vontade de lutar e o quanto temos ainda que mostrar a força e a garra.
Com o rugido de um leão, com a força de uma manada de elefantes, com a astúcia da cobra, com a sabedoria da coruja, com a velocidade do beija-flor, com a graça da gazela, com os olhos de lince, com todas as forças do universo, vamos ter que arrancar o que não presta ao horto, mesmo que tenhamos que usar enxadas, faca, fações, e ir apartando , removendo...
Restarão buracos, crateras, mas temos mudas de flores, as mais lindas, singelas, exóticas e preencheremos cada espaço e elas hão de propagar em muitas outras.
Nossas decepções, tristezas, amarguras favorecem com que crescem, como se fossem um sol a estimular e na medida que nutrimos damo-lhes água e conseqüentemente preparamos o solo fértil e as ervas daninhas também deitam suas raízes no lugar onde dantes só haviam flores.
Uma ou outra ave com seus dejetos trazem sementes de árvores enormes e elas fecundam, desenvolvendo-se, tomando forma e ampliando, ampliando...
Chega o dia em que não temos mais vontade de regar, afinal nem o sol penetra mais devido as copas grandes que já estão interligadas, cobertas de cipó.
A indiferença passa a ser constante e já não temos vontade de sequer visitar o nosso pedacinho de terra, onde outrora havia um jardim, com bancos brancos, onde as borboletas dançavam em cimas das flores exóticas, únicas, pessoais e bem no centro dele tinha uma fonte que servia de bebedouro para os passarinhos e no entanto, só tem limbo e água estagnada.
Não mais nos interessamos por jardinagem, nem sequer temos confabulado, opinado ou visitado outros jardins, tudo fica morto de dentro de nós.
Nem ouvimos mais o canto do rouxinol, da gralha ou da bigorna, que insistia em outros tempos, chamar nossa atenção.
Os espinheiros derrubam as cercaduras e vão avançando mais e mais...uma estagnação só.
Medrou indiferença.
Porém, carecemos deixar a um visitante inesperado, do nosso inconsciente, da nossa memória espiritual, fazendo com que recordemos de quem somos, de quanto temos de pioneiros, de que vem geneticamente a vontade de lutar e o quanto temos ainda que mostrar a força e a garra.
Com o rugido de um leão, com a força de uma manada de elefantes, com a astúcia da cobra, com a sabedoria da coruja, com a velocidade do beija-flor, com a graça da gazela, com os olhos de lince, com todas as forças do universo, vamos ter que arrancar o que não presta ao horto, mesmo que tenhamos que usar enxadas, faca, fações, e ir apartando , removendo...
Restarão buracos, crateras, mas temos mudas de flores, as mais lindas, singelas, exóticas e preencheremos cada espaço e elas hão de propagar em muitas outras.