Alana Thaís Mayza da Silva

estudante no Colégio de Aplicação da UFPE

E-mail: [email protected]

 

Introdução a origem do ser humano

A Origem da Vida na Terra

De acordo com estudos científicos, o Universo teve origem a partir de uma grande explosão, chamada Big Bang, ocorrida há cerca de 15 bilhões de anos.

Observe.

Vamos destrinchar os eventos mostrados na imagem de 1 à 9, integrando com as disciplinas: ciências, geografia e geologia.

1. De acordo com a teoria do Big Bang, toda a matéria existente estava originamente concentrada em um único ponto, que apresentava elevada temperatura e densidade. Há cerca de 15 bilhões de anos, uma grande explosão cósmica espalhou essa matéria, dando origem ao Universo que, desde então, continua se expandindo.

2. Logo após a sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra era extremamente quente, não possibilitando o desenvolvimento dos seres vivos.

3. Lentamente, com o resfriamento da Terra, formou-se a crosta terrestre, uma camada que cobriu toda a superfície do planeta.

4. O processo de resfriamento levou à emissão de gases e vapores de água. Os gases deram origem à atmosfera, e os vapores, às chuvas. Essas chuvas caíram sobre o planeta durante milhões de anos, inundando as partes mais baixas da superfície, formando os oceanos. 

5. Nos oceanos, há cerca de 3,5 bilhões de anos, surgiram as primeiras formas de vida na Terra. Eram microrganismos como bactérias e algas.

6. Dos microrganismos originaram-se os primeiros animais invertebrados aquáticos, por volta de 500 milhões de anos atrás. Entre esses animais estavam os artrópodes, os moluscos e as medusas.

7. Entre 450 e 350 milhões de anos atrás, desenvolveram-se também os peixes, as plantas terrestres e os anfíbios.

8. Entre 245 e 65 milhões de anos atrás, o planeta era habitado por répteis gigantes, entre eles, os dinossauros. Nesse período também apareceram os primeiros mamíferos.

9. A extinção dos dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos, favoreceu o desenvolvimento de aves e mamíferos. Entre os mamíferos, surgiram os primatas, há cerca de 60 milhões de anos.

A Evolução do Ser Humano

Os seres humanos também são primatas, mas evoluíram de maneira diferente de outros primatas, como chimpanzés e gorilas. Estudos científicos indicam que o ser humano é descendente de hominídeos  que viveram há cerca de 7 milhões de anos.

Os hominídeos desenvolveram características próprias, por exemplo, pernas maiores que o tronco, face achatada e cérebros maiores. Além disso, andavam de forma ereta.

Veja algumas características dos principais hominídeos que são considerados ancestrais dos seres humanos modernos.

Vamos agora interpretar a imagem para o caro leitor. Vamos destrinchar a imagem através de características básicas como altura, origem, tamanho do cérebro e etc. Como podemos observar na imagem, há 13 primatas ancestrais do homem contemporâneo, vamos seguir a ordem da imagem para passar as características citadas.

1. Sahelanthropus tchadensis – Habitat: África. Altura: 1,3 metro. Cérebro: 350cm3. Provável bipedalismo.

2. Orrorin tugenensis – Habitat: África. Altura: 1,2 metro. Cérebro: 350cm3. Provável bipedalismo.

3. Ardipitecus ramidus – África. 1,2 metro. Cérebro: 400cm3. Bípede.

4. Ardipitecus anamesis – África. 1,3 metro. Cérebro: 450cm3. Bípede.

5. Australopithecus afarensis – África. 1,5 metro. Cérebro: 450cm3. Bípede.

6. Australopithecus africanus – África. 1,5 metro. Cérebro: 450cm3. Bípede.

7. Australopithecus aethiopicus – África. 1,4 metro. Cérebro: 410cm3. Bípede.

8. Australopithecus boisei – África. 1,4 metro. Cérebro: 500cm3. Bípede.

9. Homo habilis – África. 1,25 metros. 800cm3. Produtor de ferramentas.

10. Homo erectus – África, Europa, Ásia e Oceania. 1,7 metros. Cérebro: 950cm3. Migrou para outros continentes e controlou o fogo.

11. Homo heidelbergensis – África, Europa e Ásia. 1,8 metros. Cérebro: 1200cm3. Utilizava o fogo e adaptou-se a climas frios.

12. Homo neandertalensis – Europa, Oriente Médio e Ásia. 1,6 metros. Cérebro: 1400cm3. Adaptado a climas frios. Caçador. Enterrava os mortos.

13. Homo sapiens – Origem variável. Altura variável. Cérebro: 1400cm3. Facilidade de adaptação às mais diferentes situações.

Vejamos, agora, as espécies em imagem ampliada do tchadensis ao boisei.

 

Agora, as espécies do habilis ao sapiens.

A questão do polegar opositor

Os hominídeos compartilhavam com os demais primatas uma característica que teve grande importância no processo evolutivo: o polegar opositor, que tornava possível a realização do movimento de pinça.

O movimento de pinça permitiu aos hominídeos a realização de atividades complexas, como a fabricação e o uso de ferramentas, garantindo-lhes maiores chances de sobrevivência. Esses fatores combinados tiveram importante papel no desenvolvimento cerebral e na evolução dos ancestrais dos seres humanos modernos.

Por que Pré-História? 

O termo Pré-História foi criado por pensadores do século XIX para se referir ao período da história anterior ao desenvolvimento da escrita. Muitos historiadores acreditam que o uso desse termo é inadequado, pois já existia história antes da invenção da escrita. Foram os povos “pré-históricos”, por exemplo, que desenvolveram a agricultura e formaram as primeiras cidades.

A Teoria Evolucionista 

A teoria evolucionista, baseada na ideia de seleção natural, foi elaborada pelo naturalista inglês Charles Darwin, no século XIX. Leia o texto.

O que é a teoria da evolução?

Há três ideias importantes na teoria de Darwin. A primeira é que nem todos os indivíduos de uma espécie são idênticos – há variações naturais de tamanho ou cor, por exemplo. A segunda é que a prole pode herdar dos pais essas variações. A terceira: indivíduos cujos traços oferecem alguma vantagem competitiva sobre outros da mesma espécie têm maior probabilidade de sobreviver, se reproduzir e passar para a descendência essas características. (GALAN, M. Evolução da vida. Tradução de Noêmia e Leo de Arantes Ramos. Rio de Janeiro: Abril livros, 1996. p. 4-5). (Ciência e natureza).

O que é seleção natural?

Quando um organismo possui traço herdado que lhe confere uma vantagem em determinado ambiente, o processo de seleção natural começa. Tal organismo provavelmente sobreviverá por mais tempo e produzirá mais descendentes do que os outros de sua espécie e a descendência herdará as características vantajosas. Dessa forma, a espécie irá mudando gradualmente, durante as gerações, à medida que mais indivíduos possuírem aquele traço. 

A seleção natural explica por que muitas espécies possuem colorações que as ajudam a se confundir com o ambiente. Indivíduos com marcas que chamam a atenção são alvo mais fácil para predadores e assim têm menores chances de se reproduzir. As criaturas que conseguem se esconder têm maior oportunidade de se acasalar e passar seu gene de camuflagem para as gerações futuras. (GALAN, M. Evolução da vida. Tradução de Noêmia e Leo de Arantes Ramos. Rio de Janeiro: Abril livros, 1996. p. 4-5). (Ciência e natureza).

Wallace, “coautor” da teoria da evolução

Grandes descobertas científicas geralmente são resultado da contribuição de várias pessoas, as quais muitas vezes têm conhecimento sobre o trabalho que as outras estão desenvolvendo. Foi isso que aconteceu no caso da teoria da evolução: muitas ideias presentes na teoria de Darwin foram desenvolvidas de modo independente por outro cientista, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace (1823-1913).

Wallace realizou expedições à Amazônia e ao arquipélago malaio, coletando diferentes espécies animais e vegetais. Com base na análise das variações apresentadas pelos seres vivos, ele produziu um artigo chamado Sobre a tendência das variedades de se afastarem indefinidamente do tipo original, e o enviou para a apreciação de Darwin, em 1858.

Esse artigo continha, de modo resumido, as mesmas ideias nas quais Darwin estava trabalhando há vários anos. Com receio de perder a primazia sobre a teoria da evolução, Darwin publicou o artigo de Wallace juntamente com um texto de sua própria autoria, em que apresentava sua explicação para a seleção natural. No ano seguinte, Darwin finalizou e publicou sua grande obra, A origem das espécies, tornando-se, assim, o “pai” da teoria da evolução. Por causa da importância dos estudos de Wallace, no entanto, muitos cientistas atualmente o consideram coautor da teoria da evolução. Abaixo, o caderno de anotações feitas por Wallace em 1850, durante sua expedição ao arquipélago malaio.

O calendário cósmico 

O planeta Terra formou-se há cerca de 4,5 bilhões de anos. O Universo, no entanto, é bem mais antigo. De acordo com a teoria do Big Bang, ele formou-se há 15 bilhões de anos. Para facilitar a compreensão de uma história que envolve um período tão longo, o cientista norte-americano Carl Sagan (1934-1996) criou o calendário cósmico. Nesse calendário, os 15 bilhões de anos do Universo foram condensados em um ano de 365 dias. Observe. 

Para entendermos melhor o calendário, vamos destrinchar a imagem para uma melhor compreensão dos acontecimentos acima expostos.

Janeiro: Big Bang dá origem ao Universo.

Fevereiro, Março e Abril passam

Maio: Formação da Via Láctea, a galáxia que hoje habitamos.

Junho, Julho e Agosto passam

Setembro: Formação do nosso Sistema Solar e da Terra. Origem da vida na Terra.

Outubro: Primeiros microrganismos.

Novembro: Primeiras células providas de núcleo.

Dezembro

Dia 1: Começa a surgir na Terra a atmosfera de oxigênio.

Dia 19: Primeiros peixes. Primeiros vertebrados.

Dia 20: Plantas terrestres.

Dia 21: Animais terrestres.

Dia 24: Surgimento dos dinossauros.

Dia 26: Primeiros mamíferos.

Dia 27: Primeiras aves

Dia 28: Extinção dos dinossauros.

Dia 29: Primeiros primatas.

Dia 30: Primeiros hominídeos. Mamíferos gigantes prosperam.

Dia 31

22h30: Surgem os seres humanos modernos (homo sapiens). 

23h59min51s: Invenção da escrita.

Observando o calendário acima, podemos perceber que, em uma escala cósmica, toda a história da humanidade, desde as primeiras civilizações da antiguidade até os acontecimentos mais recentes de nossas vidas, ocupa apenas os últimos 9 segundos do dia 31 de dezembro.

 

 

 

BIBLIOGRAFIA

DIAS, A. M; GRINBERG, K; PELLEGRINI, M. C. Novo olhar história : 1. 2. ed. São Paulo: FTD, 2013. p. 26-31.

GALAN, M. Evolução da vida. Tradução de Noêmia e Leo de Arantes Ramos. Rio de Janeiro: Abril livros, 1996. p. 4-5.

 

 

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2018