INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA A PARTIR DA IDENTIFICAÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM (NANDA)

Por rosa gomes dos santos ferreira | 05/12/2018 | Saúde

MARIANNE DA SILVA SANTOS1; ROSA GOMES DOS SANTOS FERREIRA2; DEBORA RIBEIRO CARDOSO3; JORGE LUIZ DO NASCIMENTO4; LUZIMAR APARECIDA BORBA PAIM5; JESSICA DO NASCIMENTO REZENDE6

INTRODUÇÃO: A cirurgia cardíaca é de intensa repercussão orgânica e altera a fisiologia dos pacientes, implicando em cuidados intensivos, no intuito do restabelecimento. 1 Como interferência terapêutica utilizada no tratamento dos portadores de afecções cardíacas, intervém na intenção da sobrevida e qualidade de vida, porém, podem emergir afecções de difícil controle, seqüelas ou óbito. 2,3 A determinação do planejamento empregado no pós-operatório é necessária e para tanto, a utilização de recursos subsidiados, a exemplo da classificação da taxonomia da Nursing Diagnosis Association (NANDA), colaboram para direcionar as ações de enfermagem, sob o aspecto do cuidado integral. 4 OBJETIVO: Apresentar o conhecimento do Enfermeiro cardiointensivista, acerca da classificação das intercessões de enfermagem, a partir de NANDA, relacionadas ao paciente em pós-imediato de cirurgia cardíaca, a partir da identificação dos diagnósticos de enfermagem, segundo a taxonomia Nursing Diagnosis Association. MATERIAIS E MÉTODOS: Abordagem quanti-qualitativa, descritiva, exploratória, interseccional, tipologia survey, com n= 30, por conveniência, realizada com enfermeiros cardiointensivistas, por tiragem em três hospitais do Rio de Janeiro, por questionário auto-aplicável de quatro questões fechadas, via internet. RESULTADOS: Emergiram sete diagnósticos de enfermagem, destacando-se: “Alto Risco para Infecção” (30%), “Risco para Padrão Respiratório Ineficaz” (20%), “Mobilidade Física Prejudicada” (25%), “Risco para Integridade Tissular Prejudicada” (20%), “Banho” (02%), “Confinamento” (02%) e “Ansiedade” (01%). Considerando a possibilidade de intervenções possíveis de serem implantadas pelo Enfermeiro e sua equipe supervisionada e a complexidade do atendimento, é imprescindível que o enfermeiro determine o que é prioritário, zelando pela segurança do paciente, dirigindo-se às necessidades e à recuperação. DISCUSSÃO/CONCLUSÕES: É essencial manter vigilância ao paciente e à equipe de enfermagem, não tão somente às necessidades orgânicas (curativos, feridas, cateteres), conforme o resultado destacado nesta survey. O estabelecimento do diálogo interdisciplinar, da capacitação, para que as informações recebidas e transmitidas, circulem, despertando o entendimento, de que a saúde é integral e de que há mais demandas que a tensionam (ansiedade, dor, confinamento) e que estes também são elementos constituintes para a sistematização de enfermagem e cuidado eficazes.

Palavras chave: Enfermagem; Cardiologia; Saúde Holística; Cuidados de Enfermagem

REFERÊNCIAS

  1. CARDOSO, S.B. Circulação Extracorpórea e Cirurgia Cardiovascular. Jornal da Sociedade Brasileira de Cardiologia/PI. Piauí. v.9, n.1, p.8, 2012.

  2. KUBRUSLY, L. F. Fatores de Risco em cirurgias cardíacas nos septuagenários. Portal do coração. São Paulo. [periódico na internet]. 2010.

  3. LAIZO, A.; DELGADO, F.E.F.; ROCHA, G.M. Complicações que aumentam o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva na cirurgia cardíaca. Rev Brasileira Cirurgia Cardiovascular, v. 25, n. 2, p.166-171, abr./jun, 2010.

  4. BARROS, A.L.B.L. et al, Diagnósticos de Enfermagem da NANDA –I: definições e classificação 2018-2020. 11ª Ed. Artemed. 2018.

 

1 Enfermeira Residente UNIRIO. Especializanda em Cardiologia.

2 Enfermeira. Doutoranda EEAN-UFRJ. Enfermeira Cardiointensivista.

3Enfermeira IPUB-UFRJ. Mestre EEAN-UFRJ

4 Enfermeiro Intensivista.

5 Enfermeira Nefrologista. Mestre em Enfermagem. Professora Assistente. FASE-Petrópolis.

6 Enfermeira Residente. IPUB-UFRJ

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